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Pilatos entre justiça e salvação

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26 Novembro 2013

Independentemente do valor propriamente jurídico do processo de Jesus, o que se destaca com evidência é o caráter real, não fictício, do drama que se desenrola diante do prefeito romano. Como se a sentença não estivesse já escrita, e o êxito processual estivesse aberto.

A opinião é do filósofo italiano Massimo Adinolfi, professor da Universidade de Cassino e do Lácio Meridional. O artigo foi publicado no jornal Il Messaggero, 24-11-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Quem era Pôncio Pilatos? A figura do procurador romano diante do qual um jovem judeu de Nazaré, chamado Jesus, foi levado não deixa de interrogar os estudiosos: teólogos, biblistas, antiquários, mas também literatos. Mais dificilmente, os filósofos ocupam-se dela. Foi o que fez Giorgio Agamben, em um breve livrinho, Pilato e Gesù, recém-lançado pela editora Nottetempo, junto à qual Agamben publicou inúmeros outros ensaios, dentre os quais, mais recentemente, Il Giorno del Giudizio e La Chiesa e il Regno. Como demonstração de um interesse constante pelas temáticas teológicas, as quais o filósofo romano chegou depois de ter atravessado os domínios da crítica literária e os da teoria política.

E esse percurso já mereceria uma pequena reflexão: porque um dos maiores filósofos italianos, entre os mais lidos e traduzidos no exterior, acima de tudo pelos seus estudos sobre a máquina política do Ocidente, dedica as suas pesquisas às figuras, às palavras e aos conceitos da teologia cristã?

Certamente, há uma instância de radicalidade em tal percurso, que se manifesta, acima de tudo, nisto: que nada ou quase nada do léxico político e econômico contemporâneo parece ser hoje utilizável para Agamben, como se a crise que atravessamos se referisse antes ainda do que às instituições, aos balanços ou às fábricas, aos instrumentos e às categorias para interpretar o nosso tempo.

O papel

Mas voltemos a Pilatos, cuja figura Agamben traça com a costumeira inserção de citações: qual papel Pilatos teve na condenação de Jesus? A dificuldade em responder a essa pergunta depende do fato de que os quatro evangelistas não relatam o processo com a preocupação do historiador ou com a acribia do jurista: o seu interesse está, evidentemente, em outro lugar. Isso não descarta que a Pilatos tenha para os cristãos um destaque eminentemente histórico. Mas justamente aqui está o problema que Agamben coloca no centro da sua releitura: em que relação está a história com a economia da salvação, de que modo a justiça dos homens pode se medir ou ser medida pelo juízo de Deus?

A absoluta criticidade do processo torna-se evidente, particularmente, se aproximarmos o debate de Pilatos com Jesus ao que Jesus teve com Judas, ao invés, a quem o Filho de Deus dirige estas palavras, na noite da traição: "O que tu deves fazer, fá-lo logo". A entrega aos guardas, de fato, deve se realizar, sem dúvida, segundo um indefectível desígnio divino. Pilatos não: Pilatos discute com Jesus ("O que é a verdade", pergunta-lhe, pronunciando a piada mais sutil de todos os tempos, segundo a pérfida interpretação de Nietzsche); Pilatos tenta se isentar da responsabilidade que os judeus do Sinédrio, ao invés, queriam que ele assuma e busca não se manchar com o sangue de Jesus (pedindo ao povo para libertar um homem, como era o costume no dia de Páscoa, diz o Evangelho); Pilatos chega até a afirmar que não vê culpas no homem que lhe foi entregado.

Pilatos, em suma, tergiversa. Agora, independentemente do valor propriamente jurídico do processo (que, porém, não é irrelevante, de fato, para os fins da sua interpretação), o que se destaca com evidência é o caráter real, não fictício, do drama que se desenrola diante do prefeito romano. Como se a sentença não estivesse já escrita, e o êxito processual estivesse aberto.

Providência

Eis, portanto, a pergunta de Agamben: como entra essa história nos planos providenciais de Deus? Como ela pode neles entrar neles sem se reduzir a simples comédia? E como, por outro lado, ela pode não sair deles, se o desígnio divino só é tal se deve se realizar de todos os modos?

Agamben não desfaz a contradição, porque não pode ser desfeita. Sobre as lajes de pedras do pretório de Roma, enfrentam-se, sem nunca realmente se comporem juntos, os dois mundos: a justiça e a salvação, o humano e o divino, o temporal e o eterno. A história, conclui Agamben, é justamente essa insolúvel contradição, a impossibilidade de "evacuar" essa cruz.

A menos que se possa permanecer às margens da história. Como o Pôncio Pilatos imaginado por Anatole France, em O procurador da Judeia. Ali, um Pilatos já idoso relembra os anos distantes do governatorato na Palestina, e, à pergunta sobre ele se lembra daquele tal Jesus que foi crucificado por algum motivo obscuro, depois de alguns instantes de silêncio, ele responde: "Jesus, Jesus, o Nazareno? Não, não me lembro".

Bem, talvez não a salvação, mas sim uma pequena sabedoria – a única, talvez, ao alcance dos homens – está na possibilidade de a gente se pôr de lado com relação ao curso decisivo dos eventos, cumprindo certamente o próprio ofício – ou cultivando o próprio jardim, como diria Voltaire – para depois, serenamente, quando chegar a hora, aceitar sair de cena.


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