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O papa latino-americano: de Bergoglio a Francisco

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22 Janeiro 2014

Neste 2014 em que sete presidentes latino-americanos serão eleitos e outros dois assumirão o cargo para o qual foram votados no ano passado existe, entretanto, um presidente in pectore de toda a América Latina: o papa de Roma, cujo trânsito inicial despertou enormes esperança no mundo inteiro, e não apenas nessa família de 1,1 a 1,2 bilhão de fiéis que a Igreja computa como seus. Jorge Mario Bergoglio, como se chamava antes de ascender ao trono pontifício com o nome do Francisco, entusiasmou por seu jeito singelo, direto, nada eurocêntrico, disposto a combater a corrupção no Vaticano e o esbanjamento de uma Igreja que um dia foi concebida como amparo aos necessitados. Mas a carga de profundidade implícita com sua eleição, em março passado, está dirigida para a América Latina.

A reportagem é de Miguel Ángel Bastenier, publicada pelo jornal El País, 20-01-2014.

Ainda hoje, os países das Américas reúnem o maior contingente de católicos – ou seria melhor dizermos “batizados”? – do planeta. Dos seus 540 ou 550 milhões de habitantes – dos quais dois terços falam espanhol, e o restante, o português –, entre 75% e 80% permanecem dentro da Igreja de Roma, ao passo que há apenas meio século eram bem mais de 90%. A maior parte dessa diáspora da fé se converteu a uma ou outra seita do protestantismo norte-americano pós-calvinista, os chamados “evangélicos”. E o Vaticano, por fim, fez as contas e percebeu em qual cesto precisa colocar todos os ovos se quisesse ter voz normativa no emergente mundo latino-americano.

Dos 12 primeiros cardeais eleitores – com idade inferior a 80 anos e direito a voto no conclave – que o papa nomeou no último dia 12 de janeiro, nove procedem da América Latina, e os demais são da Ásia e da África. No próximo dia 22 de fevereiro, receberão o barrete cardenalicio, entre outros, os arcebispos de Manágua, Leopoldo José Brenes; do Rio de Janeiro, Orani João Tempesta; de Santiago, Ricardo Ezzati Andrello; de Buenos Aires, Mario Aurelio Poli; e, numa homenagem à periferia da periferia, Chibly Langlois, do Haiti. Dias antes das nomeações, ele rebaixou na estrutura burocrática três conhecidos prelados do Primeiro Mundo: o norte-americano Raymond Burke e os italianos Mario Piacenza e Guido Pozzo. Já não era sem tempo, porque, dos 120 cardeais eleitores, 60 são europeus, sendo metade deles italiana, embora o catolicismo do Velho Continente demonstre uma decrepitude que alguns consideram quase terminal. E é precisamente um papa ítalo-argentino, filho de imigrante e portanto latino-americano apenas de primeira geração, que tenta desitalianizar as hostes que lideram a Igreja.

O papa Francisco não parece especialmente interessado em modificar o dogma e o ensino secular da Igreja, mas está dando uma nova imagem à instituição e, acima de tudo, parece empenhado em reformar a maneira como ela opera e é dirigida, para torná-la mais inclusiva e compatível com seu calibre pastoral. Na América Latina, tudo isso se traduz em um esforço para conter e cortar a hemorragia de conversões rumo a uma variedade de igrejas milagreiras, propensas ao happening cristológico. Sem os países das Américas o catolicismo não é o mesmo, porque aqui se deu a evangelização por antonomásia. E a política externa espanhola se ressente gravemente desse retrocesso, porque a imagem da ex-metrópole está intimamente ligada a tal evangelização, embora ela tenha sido efetuada a sangue e fogo, como recorda frequentemente o presidente boliviano Evo Morales, enquanto valoriza divindades ancestrais, como a Pachamama (ou Mãe Terra). A eventual conversão da América Latina a outras modalidades autoproclamadas do cristianismo seria muito negativa para a Espanha e em menor medida para o Portugal, porque uma elite dominada por representantes das igrejas reformadas terá sido educada entre a indiferença e a hostilidade com relação aos países ibéricos.

Essa penetração do protestantismo afeta tanto a América andina e caribenha quanto a mesoamericana e mexicana, e, embora esteja presente em todas as camadas da sociedade, recruta grande número de seguidores entre a população não branca, como negros, indígenas e racialidades intermediárias. Provavelmente é preciso procurar na América Central aquela que poderia ser sua maior cabeça de ponte, pois lá a desigualdade e o domínio político-econômico do criollato foram, junto com a Colômbia, excepcionalmente visíveis.

Na Guatemala, onde já existem evangélicos de terceira ou quarta geração, há quem estime em 40% a 50% o número de adeptos desses credos. A Igreja Católica adota uma cifra mais modesta, de 25%, o que é perfeitamente compatível com o anterior, porque, assim como em outros países centro-americanos, é normal uma “dupla contagem”, ou seja, que um mesmo paroquiano apareça nos cômputos do catolicismo em que nasceu e entre os irmãos de uma ou outra doutrina, sem que por isso tenha sido excluído da fé originária. A Guatemala já teve dois presidentes evangélicos, o general Ríos Montt, por meio de um golpe, e o convertido Jorge Serrano Elías, por via eleitoral – embora também dado a tentações golpistas. Lá está ocorrendo uma penetração que abrange o que há de mais central no poder, o Exército, uma instituição onde não funcionam, tanto como no caso da aristocracia econômica e burocrática, os critérios de exclusão por motivos raciais. Do mesmo modo, o Brasil deveria atrair um maior interesse do papa, já que, com mais de 140 milhões de seguidores, esse ainda é o país com mais católicos do mundo. Mas a Igreja de Roma experimenta uma hemorragia de proporções amazônicas, com o que hoje não haverá mais do que 70-75% de batizados.

Bergoglio tem também uma conversão pessoal pendente. Diante da tarefa de escolher um papa periférico, os 120 eleitores se decidiram pelo menos ibero-americano da tribo, um ítalo-argentino, que é como dizer o mínimo denominador comum do latino-americano. Mas, significativamente, o papa escolheu para exercer seu ministério um nome tão universalmente espanhol como Francisco. Estamos perante um processo de latino-americanização, o que na Argentina parece menos evidente, porque o número de cidadãos de ascendência não europeia não passa de 10%. Por todo o anterior, o desenvolvimento da imagem papal estará provavelmente voltado para que ele deixe progressivamente de ser Jorge Mario Bergoglio e passe a encarnar o pontífice Francisco.


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