Fundações privadas e associações sem fins lucrativos no Vale do Sinos

  • Segunda, 13 de Maio de 2013

Em 2010, no Brasil existiam 290.692 fundações privadas e associações sem fins lucrativos segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE em parceria com e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, com a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais - ABONG e o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas - GIFE. A partir da base nos dados do Cadastro Central de Empresas - CEMPRE do IBGE.

Foram analisadas instituições dos municípios com pelo menos cinquenta mil habitantes e que atendessem cinco critérios: (1) privadas, não integrantes, portanto, do aparelho de Estado; (2) sem fins lucrativos, isto é, organizações que não distribuem eventuais excedentes entre os proprietários ou diretores e que não possuem como razão primeira de existência a geração de lucros – podendo até gerá-los, desde que aplicados nas atividades fins; (3) institucionalizadas, isto é, legalmente constituídas; (4) autoadministradas ou capazes de gerenciar suas próprias atividades; e (5) voluntárias, na medida em que podem ser constituídas livremente por qualquer grupo de pessoas, isto é, a atividade de associação ou de fundação da entidade é livremente decidida pelos sócios ou fundadores.

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Fundações privadas e associações sem fins lucrativos no estado do Rio Grande do Sul – RS em 2010 representam 8,7% em relação ao total destas no país. Nos sete municípios pesquisados do Vale do Rio dos Sinos representam 5,9% em relação ao total do estado.

Das 1.508 organizações pesquisadas em 2010 nos sete municípios da região a maior parte delas, 32,8%, foram identificadas como “Religiosas”, havendo grande concentração destas nos municípios de Canoas e Novo Hamburgo, 131 e 130 respectivamente.

O município que apareceu com o maior número de entidades relacionadas à cultura e recreação, pesquisa e educação foi São Leopoldo. Conforme a pesquisa nos municípios do Vale do Sinos não foram identificadas organizações com atuação no campo da “Habitação”.

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16.910 pessoas ocupavam vínculos formais de trabalho nestas organizações naquele ano. Novo Hamburgo era o único município pesquisado onde 946 pessoas possuíam vínculo assalariado em organizações classificadas na área da “Saúde” e dois vínculos formais em organizações ligadas ao “Meio ambiente e proteção animal”. A média salarial destes trabalhadores no município e nestas organizações era de 2,6 salários mínimos.

Canoas foi o município que no período possuía mais vínculos assalariados, 39% do total de vínculos da região. Organizações de “Educação e pesquisa” e “Desenvolvimento e defesa de direitos” empregavam 3.732 pessoas, 56% do seu total. Sendo que, a média salarial para quem trabalhava na área de educação 7,11 salários mínimos e com defesa de direitos de 3,59. A médio de remuneração do município de Canoas era de 4,58 salários mínimos.

As mulheres representam 65% destes trabalhadores. São elas a maioria nas organizações relacionadas à “Assistência social” e o “Desenvolvimento e defesa de direitos”, 70% das pessoas ligadas às organizações classificadas nessas categorias. A média salarial dos trabalhadores, homens e mulheres, nestas organizações variam nos municípios pesquisados de 1,5 a 2,73 salários mínimos relacionados à assistência social e de 1,85 a 7,8 salários mínimos.

Dos 5.915 homens relacionados a fundações privadas e associações sem fins lucrativos 55,6% se encontram nas classificadas como “Educação e pesquisa”. A média salarial dos trabalhadores, homens e mulheres, nestas organizações de ensino variam nos municípios pesquisados de 2,34 a 7,11 salários mínimos.