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Descobrindo a "Amoris laetitia": a objeção de Dante e a resposta de Francisco (de Assis). Artigo de Andrea Grillo

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26 Abril 2016

É natural a surpresa diante de uma "evolução" da disciplina eclesial na Amoris laetitia, mas ela não deve ser interpretada como "traição da doutrina".

O comentário é do teólogo italiano Andrea Grillo, leigo casado, professor do Pontifício Ateneu S. Anselmo, de Roma, do Instituto Teológico Marchigiano, de Ancona, e do Instituto de Liturgia Pastoral da Abadia de Santa Giustina, de Pádua.

O artigo foi publicado no seu blog Come Se Non, 22-04-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.
 
Em um comentário arguto, um bom observador de coisas vaticanas, que tem o blog www.rossoporpora.org, depois de reconstruir as primeiras reações à Amoris laetitia com boa documentação e constatar – talvez com uma honesta pitada de relutância – a objetiva evolução da disciplina eclesial em matéria de "amor", levanta uma questão curiosa – forçada, ma non troppo –, que ele coloca até nos lábios de Dante Alighieri.

Reproduzo-a no seu coração aqui abaixo, trazendo-a do blog [disponível aqui, em italiano]. Depois, replico, com base em um "sonho franciscano".

Por vias misteriosas e celestialmente transversais, chegou até nós, nesse ponto, uma pergunta etérea feita pelo florentino Dante Alighieri: justamente ele, o Sumo Poeta, que não deixa de acompanhar – presumivelmente do alto – as vicissitudes políticas, sociais e eclesiais da diversa humanidade em que estamos imersos. Ele não podia deixar de ser atraído, como grande leitor que continuou sendo, pela Amoris laetitia, um texto já a partir do título muito cativante. Depois, reconhecendo as interpretações dadas à exortação por diversos ilustres pensadores e cardeais, e por bispos e párocos – alguns deles em estreita amizade com o escritor deste texto –, o autor da Divina Comédia não pôde evitar de se fazer algumas perguntas e de expressar (pelas vias misteriosas e celestialmente transversais já mencionadas) uma primeira e fundamental solicitação, justificada pela simpatia que, em vida, ele sempre demonstrou em relação a um casal particular em situação de vida irregular.

Que solicitação? Dada a evolução claramente em curso na Igreja de Roma, ninguém poderia reconsiderar a colocação de Paolo Malatesta e Francesca da Polenta? Hoje, eles ainda estão lá, no segundo círculo do inferno, expulsos pelo rosnante Minos ("che giudica e manda secondo ch’avvinghia" [que julga e manda de acordo com quem aferra]): e sofrem a pena reservada aos luxuriosos que, arrastados em vida por uma paixão desenfreada (submeteram a razão ao talento), estão à mercê da "bufera infernal che mai non resta" [tempestade infernal que nunca descansa].

Paolo e Francesca não são divorciados recasados, mas, mesmo assim, um casal irregular: ela, esposa de Gianciotto Malatesta, apaixonou-se, correspondida, pelo irmão dele, Paolo. Corresponde ainda à reta práxis pastoral que tais amantes sejam feitos objetos da perseguição eterna, infernal? Se, observa o Sumo Poeta, "discernimento" deve ser, então discirnamos a sério. Sejamos objetivos: aqui, os atenuantes não faltam. A pobre Francesca foi dada como esposa por razões políticas (paz entre os casarios dos Da Polenta e dos Malatesta) a Gianciotto Malatesta. Depois: Gianciotto, na verdade, relatam as crônicas, era de aspecto decididamente desagradável. E ainda: a responsabilidade pessoal de Francesca e de Paolo pelo adultério certamente deve ser redimensionada. Sabe-se que, como escreve o Sumo Poeta, o Amor é bastante astuto e atinge rapidamente e de surpresa: "Amor ch’al cor gentil ratto s’apprende" [Amor que ao coração gentil logo prende]... Não só isso, há coisa pior: o Amor não suporta que aqueles que são amados não amem de volta... "Amor ch’a nullo amato amar perdona"... [Amor que a nenhum amado perdoa amar].

Em suma: como se pode sustentar que Paolo e Francesca podiam resistir ao poder esmagador do Amor? Que, além disso, para curvar totalmente os dois ao seu destino e torná-los plenamente conscientes do seu vínculo que, naquele ponto, estavam conscientes de que era pecaminoso, tinha pensado uma coisa irresistível: ele os tinha levado a ler o romance de Lancelot, que tinha se apaixonado, correspondido, pela rainha Guinevere, mulher de Arthur... até mesmo as páginas fatais em que, escreve Dante, "il disiato riso" [o desejado riso] de Guinevere foi beijado "da cotanto amante" [por tão grande amante]... Uma grande armadilha amorosa em que caíram por completo Paolo e Francesca, imitando os gestos daqueles que os tinham precedido... "quel giorno più non vi leggemmo avante" [aquele dia não lemos mais adiante].

Pergunta-se, então, com razão, o Sumo Poeta – parado no último Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, aprovado e promulgado com um motu proprio pelo Papa Bento XVI no dia 28 de junho de 2005, em que o adultério ainda era assinalado como "grave pecado" – se a nova "pastoral" católica, articulada na misericórdia, também não justifica a transferência (excepcional, com certeza... mas o "caso particular" já domina) de Paolo e Francesca, ao menos, ao Purgatório, quase ao cume do monte, onde os luxuriosos se purificam entre as chamas à espera de subir ao Paraíso. Terá resposta o Sumo Poeta por parte de alguns dos intérpretes mais credenciados da Amoris laetitia?

Acho bonita a ideia de colocar "na boca de Dante" uma exceção de senso comum, que diz respeito justamente à natural surpresa diante de uma "evolução" da disciplina eclesial, que corre o risco de ser interpretada como "traição da doutrina".

Mas, em comparação com essa hesitação, eu também tive a minha bela ajuda do alto: apareceu-me em sonho Francisco, o santo de Assis, que deu uma resposta para a dúvida de Dante, com estas palavras, que transcrevo pela memória que eu conservei ao acordar...

Outro dia, eu ouvi Alighieri que dizia, em um pequeno grupo e em voz baixa. "Agora eu deverei mudar o meu texto... agora ninguém mais vai entendê-lo…" Virgílio também o escutava – Virgílio que, há 50 anos, mudou-se para cá, depois de Ad Gentes – e logo começou a falar assim: "Dante, Dante, tu não lembras quantas vezes, agora, tu tiveste que te converter? Não te lembras de quando, de repente, também se começou a ouvir falar da América aqui embaixo? Tu dizias: 'Não pode ser'. E Ulisses então – dizias –, deverei mudar o final? Depois das colunas de Hércules, há 'o nada', não pode haver um continente. Esse novo mundo me parece contrário à razão... E, depois, tu não te lembras de quando começou a se ouvir primeiro sussurrar e, depois, a se afirmar que, na 'harmonia das esferas', a Terra não estava mais no centro? Também naquele caso tu protestavas fortemente e querias ter uma conversa com as autoridades... E quando os homens começaram a pensar que eram 'todos iguais'? Oh, quantas noites passadas insones! Não te lembras mais? E, no momento em que os escravos não foram mais tais, e todos começaram a ter os mesmos direitos e deveres, não sentiste entrar em colapso algo dentro de ti? E as mulheres? Não lembras como tu sofreste também com essa novidade dos 'direitos das mulheres'? Não temias, talvez, que Beatrice também não fosse mais a mesma de antes? Não sentiste o chão tremer debaixo dos teus pés? No entanto, como tu vês, o mundo não entrou em colapso, mas encontrou o seu caminho, caminho que também se move em direção a Deus, mesmo sem uma hierarquia incontestável, mesmo sem as honras que todos nós, naquela vida, prezávamos tanto... Eu cantei as pastagens, as campanhas e os comandantes, mas não me admiro dessa grande mudança..."

Assim falou Virgílio, e Dante o escutou em silêncio, meditando. E eu, Francisco, limitei-me a acrescentar, dirigindo-me ao Poeta: "Dante florentino, tu ouves o teu mestre falar assim, com base na sua grande experiência dos homens, que também brilha em Deus. Mas é o mesmo Deus que quer as suas criaturas capazes de entendimento e de liberdade. Laudato sia Deus por todas as suas criaturas. Entre elas, também há esta vida de amor que chamamos de matrimônio e família. É uma criatura que caminha, mas que não é sempre a mesma. Ao longo do tempo, ela conhece alegrias e tristezas, a Igreja a acompanha sempre, mas nunca pode substituí-la. Se tu escreveste sobre Paolo e Francesca, também deste voz àquilo que homens e mulheres viviam no teu tempo. Mas, antes, não foi sempre assim e, depois, pode ser bem diferente do que era.

"Isso não significa que o que é grave não é mais grave. Não, Dante, não é esse o ponto. O ponto é como a Igreja reage diante da gravidade das rupturas e que remédios e medicamentos trazem novamente a justiça ao mundo. Olha para a tua vida e medita sobre ela: nos nossos tempos, a pior punição era a morte ou o exílio. Hoje, em muitas partes do mundo, ninguém mais é exilado e ninguém mais é morto. Nem por isso a vida ou a pátria contam menos do que então. Apenas as formas da 'sanção' não são mais as mesmas.

"Mas não é suficiente. O matrimônio também mudou e não só para pior. Hoje, cada vez menos são aqueles que se casam 'por vontade alheia'. A Igreja fez muito para que fosse assim, para que cada um tivesse apenas no próprio coração o próprio sim. Ela confiou nos sujeitos que se casavam. Esse é um passo arriscado, mas é a única via de graça. Uma madonna pobreza habita o matrimônio. Por isso, é uma coisa grande, mas tão frágil. E tu não podes olhar apenas a sua riqueza, mas também deves considerar a sua pobreza.

"Assim também é para o pecado de 'luxúria'. Se amanhã, um novo Paolo e Francesca tiverem não que morrer por aquilo que fizeram, mas se arrepender e viver de novo, isso não deverá te entristecer. E a tua obra-prima de poesia vai brilhar ainda mais luminosa. Talvez aqueles que não conhecem mais a guerra ainda não leem Homero? Ainda lerão a tua Comédia também aqueles que não viverão mais luxúria e adultério como crimes para sempre e causas de morte."

Assim eu ouvi São Francisco de Assis falar. Ele estava sereno e tinha uma voz doce e clara. Ao primeiro despertar, eu pensei que, nesse sonho, tinha encontrado outros motivos para entender por que o nosso Papa Francisco quis se chamar justamente assim.

Veja também:
 
  • Amoris Laetitia e a ‘ética do possível’. Limites e possibilidades de um documento sobre ‘a família’, hoje. Revista IHU On-Line, no. 483
 

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