• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Francisco: um profeta que faz as coisas

Mais Lidos

  • BCG, a poderosa empresa de consultoria dos EUA que ajudou Israel a planejar secretamente seus piores planos para Gaza

    LER MAIS
  • A entrevista foi respondida por três pesquisadores que são organizadores do livro ‘Artificial Intelligence and Bioethics: Perspectives’ (Routledge, 2025)

    No meio do caminho da IA há a vida. Entrevista especial com Leandro Modolo, Luiz Vianna Sobrinho e Karla Figueiredo

    LER MAIS
  • Ameaça de Trump de investigar Brasil atende a pressão de Big Techs

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    15º domingo do tempo comum – Ano C – Compaixão e solidariedade: o mandamento do amor em ação

close

FECHAR

Revista ihu on-line

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • X

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

24 Agosto 2015

"Se o Banco do Vaticano é o nosso principal exemplo, o segundo vai ser, certamente, a encíclica Laudato Si’ – o chamado corajoso de Francisco a amarmos e protegermos a Terra em época de mudanças climáticas devastadoras", escreve Christine Schenk, irmã da Congregação de São José, em artigo publicado pelo sítio National Catholic Reporter, 20-08-2015. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Irmã Christine Schenk, da Congregação de São José, trabalhou junto a famílias carentes por 18 anos como parteira antes de ajudar a fundar o projeto FutureChurch, onde atuou por 23 anos. É mestre em Enfermagem e em Teologia.

Eis o artigo.

No último sábado, voltei da Filadélfia após visitar alguns amigos e amigas. Nesta cidade, as autoridades locais há pouco tinham anunciado novas medidas de segurança para a visita, em setembro, do Papa Francisco. Um novo muro está sendo construído; ele irá circundar grandes áreas das avenidas centrais da cidade, onde o papa irá aparecer.

Nenhum automóvel tem permissão para trafegar, o que está causando grandes transtornos para os moradores e trabalhadores. Bilhetes para o transporte público estão sendo disponibilizados apenas por sorteio, e os que desejam obtê-los são avisados de que terão de fazer longas caminhadas e passar por alguns detectores eletrônicos. Todas as escolas municipais e prédios governamentais estarão fechados durante a visita.

Embora os cidadãos da Filadélfia estejam entre os católicos mais animados da visita papal ao país, duvido que estes transtornos não acabem tirando a paciência de muitos deles. E embora tantos preparativos de segurança sejam elementos necessários em um mundo pós-11 de setembro, eles tendem a alimentar uma angustiante “papolatria” – uma idolatria que o Papa Francisco lamenta.

Por outro lado, se algum papa alguma vez mereceu ser aclamado, ele é o Papa Francisco.

Este nosso papa é um homem extraordinariamente pastoral, apaixonado pelos marginalizados e quer que usemos a riqueza eclesiástica em nome deles.

Mas este papa é mais que um pastor.

Francisco é uma notável combinação de profeta e administrador astuto, características raramente vistas em uma única pessoa – e muito menos em um papa.

Francisco, o profeta, denuncia o capitalismo selvagem, a exploração ambiental e o ostracismo de coração duro para com os imigrantes carentes.

Dentro da própria Igreja ele desafia os clérigos no sentido de se despojarem dos trajes eclesiásticos extravagantes e buscarem “cheirar como as ovelhas”.

O seu empenho em descentralizar as tomadas de decisão pastoral e em empoderar as conferências episcopais locais evoca um novo momento magnífico de “derrubar do trono os poderosos e elevar os humildes” (Lc 1, 46-56). Isto vem numa época em que, sem dúvida, mais poder eclesial acabou se concentrando no Vaticano do que em qualquer outro período da história da Igreja.

Sim, com certeza é disso que se trata o idealismo profético da “Palavra do Senhor”.

Mas fazer esses ideais proféticos se tornarem realidade é outra história.

É aí que entra Francisco, o astuto administrador/organizador que, até agora, tem um histórico impressionante de sacudir as coisas e fazê-las acontecer.

O principal exemplo é a muito esperada “limpeza” do Banco do Vaticano. Durante séculos, esta instituição transferia secretamente fundos – por vezes de maneira legítima – a ordens religiosas que necessitavam contornar governos corruptos de forma que os seus membros pudessem ministrar aos pobres e explorados.

Mas, muitas vezes, agentes obscuros do submundo usaram o banco para lavar dinheiro derivado de transações criminosas, e funcionários corruptos buscaram ajudar os seus clientes a evitar as leis tributárias.

Depois do 11 de setembro, os bancos do mundo todos deixariam de fazer negócios com qualquer banco que não fosse transparente.

Mesmo assim, o Banco do Vaticano mostrou-se intransigente e resistiu a todo tipo de reforma. O Banco da Itália finalmente precisou instruir todos os seus filiados a se livrar das contas vaticanas. No dia 1º de janeiro de 2013, o Deutsche Bank [instituição financeira alemã] acabou com todos os seus caixas eletrônicos e desativou os seus cartões de crédito que operavam na Cidade do Vaticano, resultando em uma perda de 40 mil euros por dia.

O Papa Bento tentou reformar o Banco do Vaticano, mas foi traído por terceiros. Ele renunciou ao papado algumas semanas depois das ações do Deutsche Bank na cidade-Estado.

Novamente, entra o Papa Francisco em cena, eleito com a tarefa de limpar o Banco, trazendo cardeais de fora da Cúria – religiosos que estavam cansados de tantas lutas internas e corrupção.

O pontífice começou reduzindo para 25 mil euros o bônus anual extravagante pago aos cinco cardeais supervisores do banco. Em seguida, trouxe consultores da área de administração, incluindo Elizabeth McCaul. Ex-superintendente de bancos para o estado de Nova York, McCaul ajudou a estabilizar o setor bancário regional após os ataques de 9 de setembro.

Membro do grupo financeiro Promontory, sediado nos EUA, McCaul foi com 25 especialistas em regulamentação para o Vaticano com o objetivo de rever todas as contas bancárias da instituição vaticana. Os consultores encontraram vários problemas graves, incluindo falhas básicas nos procedimentos de diligência, verificações de fluxo de caixa pobres e ofuscação quanto a quem realmente controlava grande parte das contas.

Depois que os especialistas financeiros deram as suas recomendações, Francisco nomeou o cardeal australiano George Pell para reformular o sistema financeiro instalado. Pell havia renovado com sucesso o sistema financeiro na Arquidiocese de Melbourne e na Arquidiocese de Sidney. Ele também é um dos nove cardeais assessores do Papa Francisco.

Embora já estando de posse de tanto poder, Pell seria também o responsável por um conselho supervisor presidido por outro membro do próximo de Francisco, o Cardeal Reinhard Marx, arcebispo de Munique.

Enquanto Pell é conhecidamente um conservador, Marx tende mais para o lado progressista, atestando a capacidade incomum deste pontífice de, ao mesmo tempo, separar e equilibrar o poder dentro do Vaticano.

Apesar das tentativas de desacreditar Pell (provavelmente por pessoas descontentes de dentro da Cúria), Francisco apoiou vigorosamente as suas reformas.

Se o Banco do Vaticano é o nosso principal exemplo, o segundo vai ser, certamente, a encíclica Laudato Si’ – o chamado corajoso de Francisco a amarmos e protegermos a Terra em época de mudanças climáticas devastadoras.

Por causa da Laudato Si’, as dioceses americanas e organizações católicas estão, cada vez mais, desafiadas a desinvestir de bilhões de dólares antes investidos em combustíveis fósseis. Há um ano, a University of Dayton, instituição marista nos EUA, prometeu desinvestir em empresas de combustíveis fósseis. Em junho, uma campanha liderada por um aluno convenceu a Universidade de Georgetown a anunciar que não mais iria investir diretamente em empresas de carvão.

Recentemente, a Arquidiocese de Chicago disse à Reuters que iria rever os seus investimentos de 100 milhões dólares em combustíveis fósseis.

Ken Hackett, embaixador americano no Vaticano, acredita que a reunião do presidente Barack Obama com Francisco em março de 2014 pode ter contribuído para a decisão corajosa, tomada em 3 de agosto daquele ano, de reduzir as emissões de carbono em 32% com base nos níveis de 2005 até 2030.

Provavelmente não é coincidência que o Movimento Católico Global pelo Clima foi lançado nas Filipinas pelo Cardeal Luis Antonio Tagle em 7 de julho, apenas três semanas depois que a encíclica do Papa, Laudato Si’, havia sido emitida.

Tagle é alguém especial para o Francisco. Este recentemente o nomeou como um dos três presidentes do Sínodo dos Bispos sobre a família a acontecer em outubro próximo em Roma.

O Movimento Católico Global pelo Clima é uma coalizão de 140 organizações católicas que buscam coletar pelo menos 1 milhão de assinaturas antes da cúpula das Nações Unidas sobre o clima a se realizar em Paris em novembro deste ano. Em maio, o Papa Francisco endossou a campanha, quando ele se reuniu com representantes do próprio movimento no Vaticano.

Para coincidir com o anúncio de Francisco de proclamar 1º de setembro como o “Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação”, o Movimento Católico Global pelo Clima pensou atividades e celebrações destinadas a educar as pessoas sobre o tema e defender o meio ambiente. (Os materiais produzidos estão disponíveis neste link.)

Com a ajuda de prelados progressistas como Tagle, Francisco está conseguindo se conectar com os movimentos de base que apoiam esta prioridade de seu papado.

Talvez devêssemos acrescentar “organizador comunitário” à extensa lista de atributos do papa.

Aposto que o presidente Obama iria gostar deste apelido.

Com estes dois líderes, talvez possamos inspirar as pessoas comuns em todo o planeta a louvar e proteger a nossa bela casa.


  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados