''Houve escândalos, mas não renunciamos ao poder'', afirma membro do Comunhão e Libertação

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09 Março 2015

"Quero esclarecer que, na primeira parte do seu discurso, o papa disse que o carisma originário do Comunhão e Libertação não perdeu a sua vitalidade." Luigi Amicone, antigo membro do Comunhão e Libertação, fundador e diretor da revista católica Tempi, faz questão de salientar que o papa também pronunciou palavras de apreço ao movimento.

A reportagem é de Virginia Della Sala, publicada no jornal Il Fatto Quotidiano, 08-03-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis a entrevista.

Por que o Papa Francisco criticou o Comunhão e Libertação nesse sábado?

Mas não é verdade. O papa não nos criticou. Ele só advertiu para não permanecermos atolados no passado e para olhar para o futuro. Além disso, aquilo que o papa diz é ouro puro.

De fato, ele escolheu termos bem precisos: falou de "meros empresários", de "espiritualidade de etiqueta". A que ele se referia?

Àquilo que devemos evitar. Se existe uma realidade distante do conformismo do poder é precisamente o Comunhão e Libertação. Por isso somos agredidos por toda a parte.

Será que ele não se referia, ao contrário, aos escândalos que abalaram o Comunhão e Libertação e ao seu poder político?

Pode ser. Mas se trata de casos individuais que não envolvem todo o movimento. É como se me culpassem se um amigo meu rouba um carro. O papa queria dizer apenas: 'Voltem a incendiar a realidade como antigamente'. Talvez, hoje, sejamos um pouco mais tímidos.

Quando houve essa conversão à timidez?

Nos últimos anos, talvez justamente em função dos eventos que fizeram uma má publicidade para o movimento. O movimento Comunhão e Libertação curvou-se sobre si mesmo.

Então, o que um ciellino [como é chamado o membro do Comunhão e Libertação] vai fazer amanhã para seguir as palavras do papa?

Vai se interessar pela vida dos outros, pelos seus problemas, pela sociedade. Sairá dos seus interesses.

E sairá também dos palácios do poder?

Não. Ao contrário, eu gostaria de entrar em um palácio. Talvez o papa riria disto, mas eu estou convencido de que, se não entrarmos nos palácios, não podemos fazer nada. É preciso usar o poder para mudar o mundo. Não é negativo. Sem poder, você não muda as coisas.

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