Ordenação das mulheres? “Não, não está entre as questões reformáveis

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03 Fevereiro 2015

Na Igreja católica a ordenação das mulheres e muito menos a consagração das mulheres como bispo não é possível. Di-lo com clareza Stella Morra, vice-residente das teologias italianas e docente na Pontifícia universidade Gregoriana e no Pontifício ateneu Santo Anselmo: “Não está entre as questões reformáveis”.

A entrevista é de Alberto Bobbio, publicada por Famiglia Cristiana, 28-01-2015. A tradução é de Benno Dischinger.

Eis a entrevista.

Por quê?

É excluído pela Carta apostólica de João Paulo II, Ordinatio sacerdotalis, de 22 de maio de 1994 sobre a ordenação sacerdotal reservada somente aos homens. Aqui encontramos expostas de maneira precisa e exaustiva as razões teológicas sobre as quais o Magistério pontifício baseia a exclusão das mulheres do sacerdócio ministerial. Por ora vale este texto.

E no futuro?

Pode dar-se que se retorne sobre a questão. Mas, por ora a questão está fechada do ponto de vista formal. Além disso, há o n. 1577 do catecismo da Igreja católica que responde assim à pergunta sobre quem pode receber a ordem sacra: “Recebe validamente a sacra ordenação exclusivamente o batizado de sexo masculino. O Senhor Jesus escolheu homens para formar o colégio dos doze Apóstolos, e os Apóstolos fizeram o mesmo quando escolheram os colaboradores que os sucederiam no ministério. O colégio dos Bispos, com os quais os presbíteros estão unidos no sacerdócio, torna presente e atualiza até o retorno de Cristo o colégio dos Doze. A Igreja se reconhece vinculada por esta escolha feita pelo próprio Senhor. Por este motivo a ordenação das mulheres não é possível.

Portanto não é uma questão de pares oportunidades?

Absolutamente não. Até é errado dizer que as mulheres na Igreja, para contar mais, devem ser como os homens, isto é, ter o sacerdócio. Não é uma questão de poder, nem de quotas rosa, pelo menos se o ministério sacerdotal é entendido, como deveria ser, como um serviço.

Mas, as mulheres devem contar mais na Igreja?

Repito que não é uma questão de espaços de poder. É repensado o papel da mulher e é atuado o Concílio. Mas, quero recordar que as mulheres já têm uma presença muito atuante na vida da Igreja. O problema é que muito frequentemente o seu trabalho não aparece na fisionomia pública da Igreja. Todavia, limitar-se ao debate sobre o sacerdócio feminino só correria o risco de fornecer um álibi e depois não resolver nada.

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