Papa decide: o pálio não será mais entregue aos arcebispos em Roma

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30 Janeiro 2015

O Papa Francisco decidiu que a cerimônia pública de investidura do pálio aos arcebispos metropolitanos, a partir de agora, irá ocorrer nas dioceses de origem dos prelados e não no Vaticano, como ocorria com os pontífices recentes.

A reportagem é de Gerard O'Connell, publicada no sítio da revista America, 28-01-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Ele acredita que, dessa forma a cerimônia "favorecerá mais a participação da Igreja local em um momento importante da sua vida e história". O monsenhor Guido Marini, mestre de cerimônias das liturgias papais, afirmou isso, quando deu a notícia em uma carta do dia 12 de janeiro aos núncios nos países onde há arcebispos metropolitanos que esperavam receber o pálio do papa no Vaticano, no dia 29 de junho, festa de São Pedro e São Paulo.

Além disso, disse ele, o Papa Francisco acredita que esse novo costume pode servir para fazer avançar "aquela jornada de sinodalidade na Igreja Católica que, desde o início do seu pontificado, ele constantemente enfatizou como particularmente urgente e precioso neste momento da história da Igreja".

O pálio é um paramento litúrgico que simboliza "os vínculos da comunhão hierárquica entre a Sé de Pedro e do Sucessor do Apóstolo e aqueles que são escolhidos para exercer o ministério episcopal como arcebispo metropolitano de uma província eclesiástica", escreveu o Mons. Marini. Também é um símbolo da jurisdição do arcebispo metropolitano na sua própria diocese e nas outras dioceses da sua província eclesiástica.

Uma nota no site do Vaticano explica que o "pálio" do arcebispo metropolitano, na sua forma atual, é uma estreita faixa de tecido de cerca de cinco centímetros, tecida em lã de cordeiro branca, encurvada no centro de modo a poder apoiá-lo sobre as costas, em cima da casula romana ou gótica, e com duas abas pretas que pendem para a frente e para trás, de forma que, visto de frente ou de trás, o paramento lembra a letra "Y". É decorado com seis cruzes pretas de seda, uma em cada extremidade e quatro na curvatura, e é decorado, na frente e atrás, com três pinos feitos de ouro e joias.

Bento XVI explicou "o simbolismo do pálio" de uma forma muito concreta em sua homilia quando inaugurou o seu ministério petrino, no dia 24 de abril de 2005, ao dizer que "a lã do cordeiro pretende representar a ovelha perdida ou também doente e a fraca, que o pastor coloca sobre as suas costas e leva para as águas da vida".

Em sua carta de janeiro aos núncios, o Mons. Marini revelou que o Papa Francisco tomou a sua decisão referente ao pálio "depois uma longa reflexão e de receber conselhos que ele tinha solicitado". Ele disse que o Santo Padre decidiu que "o pálio será abençoado durante a missa da festa de São Pedro e São Paulo no Vaticano, mas será investido ao arcebispo metropolitano na sua própria diocese, pelo seu representante, o núncio apostólico".

O mestre das cerimônias papais também afirmou que os novos arcebispos metropolitanos "são convidados a concelebrar" a missa com o papa no dia 29 de junho, festa de São Pedro e São Paulo. No fim da missa, disse ele, eles receberão o pálio "de uma forma privada, das mãos do Santo Padre".

Depois disso, será "a responsabilidade" do núncio determinar com o arcebispo metropolitano a data mais oportuna, as circunstâncias e o modo de investir sobre ele, "pública e oficialmente", o pálio "por mandato do Santo Padre" e com a participação dos bispos sufragâneos da província.

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