Tsipras afirma que não vai "se submeter" e exige acordo "justo"

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

29 Janeiro 2015

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, declarou nesta quarta-feira (28/01) que não deseja entrar em confronto com os credores do país, mas também não pretende continuar a "política de submissão" dos governos anteriores.

A reportagem foi publicada por Deutsche Welle, 28-01-2015.

Ele exigiu um acordo "justo" com os credores do país e disse que busca uma solução viável, que beneficie ambos os lados para a "catástrofe humanitária" que a Grécia enfrenta, resultado de uma série de medidas de austeridade que são a contrapartida para o bilionário programa de resgate do país.

"Nosso povo já sofreu muito e exige respeito. Temos de sangrar para defender a sua dignidade", declarou Tsipras, na primeira reunião com o seu gabinete de ministros, em Atenas. Os credores do país são a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, que bancaram um programa de resgate de 240 bilhões de euros para a Grécia.

Tsipras também anunciou que o novo governo – segundo ele, "de salvação social" – vai "acabar com o clientelismo político e a corrupção" e iniciar reformas que não puderam ser feitas em 40 anos. "Estamos aqui para acabar com o clientelismo político e com a corrupção e para pôr fim ao Estado que funcionava contra os interesses da sociedade", afirmou.

Antes, o novo governo havia anunciado a suspensão da privatização do porto de Pireu, que uma empresa chinesa pretendia transformar num dos principais da Europa. O ministro da Energia, Panayiotis Lafazanis, anunciou que o governo também vai suspender imediatamente o processo de privatização da maior empresa de energia do país, controlada pelo Estado.

O ministro alemão da Economia, Sigmar Gabriel, apelou ao novo governo da Grécia para que mantenha os acordos firmados e seja justo com os cidadãos dos demais países da União Europeia. Segundo o ministro, os contribuintes dos demais países bancaram o programa de resgate dos gregos, e têm agora todo o direito de esperar que os acordos sejam cumpridos. Ele descartou um novo corte na dívida da Grécia.