“O Vaticano deve aplicar tolerância zero contra os sacerdotes pedófilos e aqueles que os encobrem”, diz cardeal

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17 Novembro 2014

O cardeal de Boston e responsável da Comissão de Vítimas de Abusos Sexuais do clero criada pelo Papa Francisco, Sean O’Malley, sustentou que o Vaticano deve aplicar uma política de tolerância zero com os sacerdotes pedófilos e aqueles que os encobrem.

A informação é divulgada por Religión Digital, 15-11-2014. A tradução é de Benno Dischinger.

A Santa Sé deverá “atender com urgência” o caso do bispo Robert Finn, ainda em funções na diocese de Kansas City-Saint Joseph, pese a que foi declarado culpado, faz dois anos, de não denunciar um delito de pedofilia cometido por um sacerdote, declarou o cardeal à cadeia CBS.

A Igreja é acusada de tentar ocultar estes problemas. Os bispos simplesmente transladam os culpados de uma paróquia a outra para não inquietar seus superiores.

“O Papa Francisco é consciente” destes problemas, indicou o cardeal numa entrevista que se emitirá hoje, e da qual se divulgaram alguns extratos.

A Igreja Católica dos Estados Unidos ainda não consegue limpar sua imagem após o escândalo de pedofilia que envolve vários de seus sacerdotes, e o qual começou nos anos 1980 e lhe custou quase três mil milhões de dólares em indenizações.

O’Malley assinalou que já estão “pensando na idéia de estabelecer protocolos, para saber como responder quando um bispo não assegura a proteção das crianças de sua diocese”.

Seguindo os passos de seu predecessor, Bento XVI, Francisco preconizou desde o início de seu papado a tolerância zero contra a pedofilia, mas o Vaticano tem sido criticado em numerosas ocasiões por falta de iniciativa a respeito.

Não obstante, em setembro o Papa anunciou o início de um juízo penal por pedofilia contra o antigo núncio na República Dominicana, José Wesolowski, o primeiro destas características no Vaticano.