Evo Morales pede no Vaticano o fim do bloqueio a Cuba

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Por: André | 30 Outubro 2014

O presidente boliviano Evo Morales pediu, na terça-feira, dia 28 de outubro, no Encontro Mundial de Movimentos Populares, que aconteceu no Vaticano, o fim do bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba.

A reportagem é publicado por Agência PL, 28-10-2014. A tradução é de André Langer.

Morales recordou o pouco respeito que as potências imperialistas, sobretudo os Estados Unidos, têm com o que se decide na Organização das Nações Unidas e exortou o cumprimento das resoluções do referido organismo.

“Para mim, o Conselho de Segurança é um conselho de insegurança. Por que não levanta o bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba?”, perguntou e recordou que “apenas três ou quatro países apóiam o bloqueio e os Estados Unidos o mantém”.

Ao mesmo tempo, enfatizou a política hostil dos Estados Unidos contra os países que buscam sua libertação econômica e política e se vangloriou de não ter tremido a mão ao expulsar o embaixador de Washington de La Paz.

“Onde há embaixador dos Estados Unidos há golpe militar. Por isso, não há golpe militar nos Estados Unidos”, comentou Morales em meio a aplausos dos delegados do Encontro Mundial de Movimentos Populares, para o qual foi o único presidente convidado.

Por outro lado, o primeiro presidente indígena boliviano recordou o quanto o seu país avançou desde a nacionalização dos principais recursos naturais, em 2006, e rememorou que na época do neoliberalismo os governos tinham que pedir dinheiro para pagar gratificações.

“Desde o dia 1º de maio de 2006 cumprimos com o mandato do povo boliviano de nacionalizar os hidrocarbonetos e esse ano não tivemos que pedir dinheiro para pagar gratificações. Sobrou dinheiro e criamos o Bônus Juancito Pinto para evitar a evasão escolar”.

“Graças aos irmãos cubanos erradicamos o analfabetismo. Antes, a evasão escolar era superior a seis pontos e agora é pouco mais de 1%. E logo mais já não haverá mais analfabetos”, insistiu.

Segundo Morales, em seu país “já não manda o Fundo Monetário Internacional, agora mandam os bolivianos” e recalcou que “por trás da luta contra o narcotráfico há interesses geopolíticos. Sem embaixada dos Estados Unidos, sem bases militares, sem a DEA (Agência norte-americana para a luta contra o narcotráfico) estamos melhor”.

“Os governos neoliberais nos deixaram com 35.000 hectares de coca e no ano passado chegamos a 23.000. Lamentavelmente, sempre haverá alguma quantidade para uso ilegal, mas avançamos”, enfatizou.