Centenas de chilenos protestam em defesa dos padres Aldunate, Puga y Berríos

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20 Outubro 2014

Centenas de chilenos protestaram no sábado em frente à Catedral de Santiago, em apoio a três sacerdotes católicos julgados por um tribunal eclesiástico depois de várias manifestações feita por eles, algumas relacionadas ao aborto e aos direitos dos homossexuais.

Sob o lema “Iglesia somos todos”, diversas organizações sociais chegaram até o lugar, na Plaza de Armas de Santiago, para expressar apoio aos religiosos Mariano Puga, José Aldunate e Felipe Berríos.

A informação é publicada por Religión Digital, 18-10-2014. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

O protesto surgiu após o comportamento da Igreja durante as últimas semanas, quando o arcebispo de Santiago, Dom Ricardo Ezzati, através de uma solicitação da Nunciatura Apostólica, entregou alguns relatórios sobre as críticas dos três sacerdotes feitos à postura com que a Igreja aborda estes e outros temas relacionados com a desigualdade. As críticas serão analisadas pela Congregação para a Doutrina da Fé.

Os religiosos denunciados questionaram as posturas da Igreja diante da reforma educacional promovida pelo governo da socialista Michelle Bachelet, assim como diante de sua recusa em discutir o aborto terapêutico e o casamento homoafetivo.

Puga, padre nonagenário que trabalhou toda a sua vida entre os pobres, e Aldunate, jesuíta de 97 anos, foram também importantes defensores dos direitos humanos durante a ditadura de Augusto Pinochet.

Em junho, Puga, apelidado de “padre operário”, afirmou que a “Igreja, em vez destruir o conceito de classe, o fortaleceu: escolas para os pobres, outras para os indígenas, outras para a classe alta”.

Aldunate, ex-professor de moral, por sua vez, se declarou a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo. “A pessoa homossexual tem o direito de amar e compartilhar sua vida com outra pessoa; a Igreja é antiquada”, disse o jesuíta.

Berríos, também sacerdote jesuíta, criou a iniciativa chamada “Um teto para o Chile”, de construção de moradias com a ajuda de jovens voluntários aos moradores de acampamentos precários, iniciativa ele estendeu para vários países da região. O religioso regressou recentemente ao país depois de vários anos trabalhando como missionário na África.