10 de abril de 1836 – Morre Anthony Kohlmann SJ, gigante da Companhia restaurada

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16 Abril 2014

Lembramos a morte do jesuíta Anthony Kohlmann, uma figura marcante da primeira geração da Companhia de Jesus depois da Restauração.

A nota é publicada por Jesuit Restoration 1814, 11-04-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Anthony Kohlmann, nascido na França, fugiu para a Suíça, devido à Revolução Francesa, onde foi ordenado sacerdote. Entrou no noviciado jesuíta na Rússia em 1803, após a publicação de Catholicae Fidei por Pio VII. Muito competente e versátil, logo foi enviado para Georgetown, em Washington, nos EUA, depois de um apelo para que fossem enviados jesuítas. Imediatamente, tornou-se o assistente do mestre de noviços.

O ex-jesuíta e agora líder da Igreja dos EUA, John Carroll, fazia questão de bons homens para ajudá-lo a restabelecer a ordem na Igreja. A importante cidade de Nova York, o primeiro porto de escala para tantos imigrantes, muitos deles católicos, estava passando por uma depressão financeira, e a Igreja por lá estava um caos.

Carroll nomeou Kohlmann para assumir o cargo de administrador apostólico – foi ele que lançou as bases da primeira versão da famosa Catedral de St. Patrick, estabeleceu uma escola para meninas, administrada pelas freiras ursulinas irlandesas, e também fundou uma escola clássica de sucesso – a New York Literary Institution.

Seu legado mais importante foi o de preservar o sigilo do confessionário na legislação. Ele convenceu um penitente a retornar bens roubados, mas se recusou a identificar o agressor ao proprietário, mesmo no tribunal. O caso chamou a atenção em todo o país e levou o juiz a decidir em seu favor.

Ao retornar a Georgetown, quando um novo bispo para Nova York foi empossado, ele fundou o Seminário de Washington e assumiu o controle das faculdades de Georgetown entre 1817 e 1820. Seus talentos foram logo solicitados por Roma - onde Pio VIII tinha restaurado os cuidados da Universidade Gregoriana aos jesuítas. Ele se tornou o presidente da faculdade de teologia, tendo ensinado, dentre outros, o futuro Papa Leão XIII. Dois papas sucessivos, Leão XII e Gregório XVI, confiaram em seu conselho, fazendo dele um consultor para o Colégio dos Cardeais e nomeando-o a várias Congregações importantes. Era procurado por muitos para ser confessor na Igreja do Gesù e contraiu uma pneumonia durante uma quaresma bem pesada. Foi talvez um mártir do confessionário, bem apropriado para o homem que preservou o selo do sigilo nos EUA.