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Uma ninfo no trabalho

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08 Abril 2014

"A sociedade do desejo é um engodo", escreve Luiz Felipe Pondé, filósofo, comentando o filme "Ninfomaníaca", volumes 1 e 2, de Lars von Trier, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 07-04-2014.

Eis o artigo.

Sade idealiza o sexo como libertação e, como ele, toda a baboseira da revolução sexual posterior.

O que você faria, minha cara leitora, caso tivesse uma amiga ninfo por perto ou uma colega ninfo no trabalho? Diria que considerar uma mulher ninfomaníaca é opressão patriarcal e deixaria ela viajar com seu marido?

O filme "Ninfomaníaca", volumes 1 e 2, de Lars von Trier, parece dizer que o cineasta dinamarquês decidiu por encerrar seu percurso melancólico com um enquadramento mais psicológico.

No "Anticristo" e em "Melancolia", o universo dramático girava tanto em torno do mundo psicológico (claramente desqualificado no "Anticristo", materializado no marido psicólogo bobo), quanto do teológico e cosmológico.

Do jardim do Éden no "Anticristo" a um planeta chamado Melancolia (no filme que recebe seu nome) em rota de colisão com a Terra, o cineasta dava objetividade (teológica e cosmológica) ao que poderia ser compreendido como "apenas" um estado subjetivo.

Em "Ninfomaníaca", esta vastidão parece se reduzir ao drama de Joe e sua infância traumática (pai amoroso e fraco, mãe "cold bitch"), objeto para uma "simples" sessão de terapia. Mas, não nos enganemos, a devastação que a compulsão de Joe causa vai muito além das "manias" de uma paciente tarada. O espectro social de sua condição levanta inúmeros temas que avançam e definem, por exemplo, diferenças entre Lars von Trier e Marquês de Sade, seu "parceiro" em termos de concepção cosmológica de mundo nos dois filmes anteriores.

Em Sade a natureza é cruel e nos cria para nos devorar, nos fazer sofrer, e goza em nos matar (relembrando conteúdos gnósticos e maniqueus do velho cristianismo nascente nos primeiros séculos de nossa era, com exceção da sacanagem por que esses cristãos estranhos eram um purinhos).

Lars von Trier se afasta do Sade político (a perversão em Sade é "republicana") e dessa chatice de dizer que sexo é política porque a repressão sexual seria política. Sade idealiza o sexo como libertação e, como ele, toda a baboseira da revolução sexual posterior. Von Trier não idealiza o sexo e vê a perversão como tédio da repetição. Ele já se afastara da política quando sua heroína no "Anticristo" abandona sua tese de doutorado em que defendia a hipótese de que bruxas más eram mulheres reprimidas pelo patriarcalismo. Para ela, que sabe que preferiu gozar a salvar o filho (pecado quase repetido por Joe), a crueldade está nela como em toda a mãe natureza.

Em "Ninfomaníaca" ele volta a tirar sarro de quem acha (como o confessor-virgem-traidor para quem Joe conta sua história) que Joe seja uma vítima social de repressão patriarcal. Nossa heroína até tenta se esconder atrás disso para se safar da baixaria que era sua terapia em grupo, mas não cola nem por dois minutos. Em Joe a perversão não é revolucionária nem republicana.

Von Trier se aproxima mais da crítica que faz Kierkegaard, dinamarquês como ele, do "estágio estético" da vida, aquele pautado pela busca da sensação como sentido para vida. A vida para o gozo do corpo define nossa existência contemporânea marcada pelo tédio do desejo. Joe é nossa profetisa.

E aqui voltamos à pergunta que fiz acima: que tal uma amiga ninfo perto de seu marido ou namorado?

Joe tem problemas no trabalho porque quer dar para todos os homens. Para homens incapazes, uma ninfo é uma bênção do céus. Sua chefe a intima a fazer terapia, ela vai para salvar sua carreira, mas não dá muito certo. E aí chegamos a um dos tópicos mais interessantes da sociologia do sexo que faz o cineasta.

Uma ninfo que não respeita a regra básica de não seduzir todos os homens a sua volta torna a vida insuportável; portanto, a liberdade sexual pura e simples (sem entrar na questão do sofrimento psicológico dela, que é óbvio) é inviável. Só gente semiletrada podia pensar, como se pensou um dia, que o sexo livre nos liberta. A proibição do sexo livre, inclusive, evita torná-lo entediante, como é para Joe.

A sociedade é baseada em você crer que a colega de trabalho não vai dar pra todo mundo na empresa, mesmo que você seja uma inteligentinha gostosa contra a repressão do sexo. A sociedade do desejo é um engodo.


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