“Descentralização? Alarmismo injustificado”, afirma bispo

Mais Lidos

  • Seja feliz no seu novo ano. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS
  • A fome, o dragão e o Mercosul: o Brasil na encruzilhada da nova ordem mundial. Entrevista com Fernando Roberto de Freitas Almeida

    LER MAIS
  • Para além dos consensos, a possibilidade de uma vida plural em comum. Entrevista especial com Rita Grassi

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Por: André | 20 Janeiro 2014

“Descentralizar, então, nesta perspectiva não significa perder o centro, mas aliviá-lo do peso de tudo o que não lhe diz respeito diretamente. Os alarmismos diante desta palavra, por isso, podem ser motivados, mas não justificados”. Marcello Semeraro (na foto), bispo de Albano e secretário do C8, o conselho dos oito cardeais escolhidos por Francisco para que o ajudem na reforma da Cúria e no governo universal da Igreja, explicou à revista Jesus a visão que anima as iminentes mudanças e as próximas reformas da Igreja. Além disso, o bispo sublinhou que “quem está descontente com o Papa provavelmente faz a comparação com as próprias ideias, sem entrar em discussões”.

 
Fonte: http://bit.ly/1eFkTWx  

A reportagem é publicada por Vatican Insider, 16-01-2014. A tradução é de André Langer.

Uma longa entrevista, na qual Semeraro, teólogo especialista em eclesiologia e um dos conselheiros de maior confiança do Papa, falou sobre todos os temas postos sobre a mesa: desde a descentralização até a sinodalidade. “O Papa falou com frequência sobre a sinodalidade e a imagina como uma forma de vida na Igreja. O Papa, está claro, não coloca e não pode colocar em discussão a estrutura da Igreja, que é hierárquica por vontade de Cristo. São antes as formas de comportamento, os estilos, que são postos em discussão”.

E também responde às perguntas críticas: “A realidade não pode ser ocultada, mas deve ser estudada. A vida da Igreja não pode ser projetada em um escritório, em Roma, por exemplo, e depois ser posta em prática em todas as partes de maneira uniforme. As citações presentes na Exortação (Evangelii Gaudium) que aludem aos documentos de algumas Conferências Episcopais são um unicum na prática dos documentos papais. À luz de tudo o que aconteceu, algumas citações parecem inclusive estratégicas. Basta ler as alusões ao Celam e aos bispos dos Estados Unidos. Também aparece uma mensagem da Ação Católica Italiana e interpreto isto como um gesto de atenção para com a Igreja italiana.

Em relação ao questionário divulgado em vista do próximo Sínodo sobre a Família: “Há pessoas que não aceitam que suas certezas sejam postas em discussão. A beleza deste momento é, ao contrário, que as Igrejas se sintam animadas para fazer perguntas. A Igreja não tem apenas respostas a dar; também necessita fazer perguntas de maneira correta. Quanto ao questionário, existe por parte de alguns o temor de que tenha o sabor de uma pesquisa e que depois tenha que ser convalidada pela maioria. Nada disso, porque o carisma do papa ou dos bispos não é o de se converterem em notários de uma maioria”.