A JMJ e a presença argentina

Mais Lidos

  • A ideologia da Vergonha e o clero do Brasil. Artigo de William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • Juventude é atraída simbolicamente para a extrema-direita, afirma a cientista política

    Socialização política das juventudes é marcada mais por identidades e afetos do que por práticas deliberativas e cívicas. Entrevista especial com Patrícia Rocha

    LER MAIS
  • Que COP30 foi essa? Entre as mudanças climáticas e a gestão da barbárie. Artigo de Sérgio Barcellos e Gladson Fonseca

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

Por: Jonas | 18 Julho 2013

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) será no Brasil dos “cariocas”, claro. Contudo, com as bandeiras de tom azul e branco da Argentina, será também o clássico “derby” de sempre no Rio de Janeiro. Efetivamente, os jovens do país do papa Francisco que estão se preparando para participar no Rio de Janeiro, local onde voltarão a abraçar seu ex-cardeal, que se tornou surpreendentemente o protagonista mais esperado do grande encontro mundial dos jovens. Em 1987, Buenos Aires recebeu a única JMJ que se realizou em terra latino-americana; e, graças à herança que o cardeal Eduardo Francisco Pironio deixou (o purpurado argentino que ajudou João Paulo II na concepção dos encontros de jovens católicos, nos anos 1980), os argentinos sempre tiveram uma forte presença nas JMJ. Todavia, no último dia 13 de março, tudo mudou no país dos pampas. Iniciou-se uma verdadeira corrida, entre os jovens de Buenos Aires, para irem ao Rio de Janeiro.

 
Fonte: http://goo.gl/aBwEA  

A reportagem é de Giorgio Bernardelli, publicada no sítio Vatican Insider, 17-07-2013. A tradução é do Cepat.

Os últimos dados do jornal argentino “El Clarín” apontam que mais de 50 mil jovens participarão da próxima JMJ, sendo que 3 mil deles serão da delegação oficial da Arquidiocese de Buenos Aires e mais de 700 de Rosário. As dioceses menores e pobres do país também querem marcar presença no encontro. Por exemplo, da Diocese de Añatuya, em Santiago del Éstero, 120 jovens irão. Inclusive, também há alguns que escolheram viagens simbólicas, como Alberto Pérez, de 27 anos, que optou ir a pé ao Rio de Janeiro. Ele saiu da Argentina no dia 9 de maio e percorreu 2.174 quilômetros para apoiar uma iniciativa de solidariedade em favor de uma criança enferma. Já se encontra no Rio de Janeiro.

Além disso, junto com os argentinos que participarão, é preciso somar os 460 jovens que se inscreveram como voluntários e dois responsáveis da sala de imprensa da JMJ (Benjamín Paz Vermal e Inés San Martín) que estão recebendo os jornalistas de todo o mundo. O país do Papa também será responsável pela maior parte das catequeses em língua espanhola: são 13 os bispos argentinos que pregarão durante os três dias.

Pelo que parece, os mais visíveis no Rio de Janeiro serão os jovens de Buenos Aires, os concidadãos de Bergoglio. Para ajudar o Papa a reconhecê-los, vestirão uma camiseta “ad hoc”. A cor é de um azul intenso, destacando o logo da JMJ do Rio de Janeiro, a bandeira argentina e a assinatura de Francisco. Junto com eles, levarão uma imagem da Virgem de Luján e ao final será doada à favela de Varginha, que receberá a visita de Bergoglio, da qual todos eles também participarão. Estar ao lado dos pobres é a lição que aprenderam com seu ex-arcebispo.

E os que não poderão ir à JMJ? Poderão acompanhá-la ao vivo de Buenos Aires. Na Praça de Maio haverá grandes telões para essa ocasião. Espera-se que cerca de 90 mil pessoas assistam, pois, é claro, o papa Francisco irá ao Brasil, mas para os argentinos será quase como se ele retornasse para casa.