Projetos de Eike dependem cada vez mais do BNDES

Mais Lidos

  • “O Papa Francisco está isolado. Nas redes sociais a ala tradicionalista da Igreja está muito mais viva”. Entrevista com Enzo Bianchi

    LER MAIS
  • “A Economia, ela está morta, porque ela deveria estar a serviço das pessoas”, afirma cardeal Steiner na inauguração da 1ª Casa de Francisco e Clara na Amazônia

    LER MAIS
  • São Charles de Foucauld. O irmão universal, místico do silêncio no deserto

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

03 Março 2013

Desde a crise de 2008, captar recursos tornou-se uma operação mais difícil para o bilionário Eike Batista e seu rol de empresas X. O BNDES ganha cada vez mais importância no financiamento dos projetos. De 2006, quando sua primeira empresa foi listada na bolsa brasileira, a mineradora MMX, até o lançamento de ações do estaleiro OSX, em 2010, o empresário levantou R$ 13,6 bilhões em IPOs, conforme dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). De 2005 até agora, o empresário obteve R$ 10 bilhões do BNDES, com os maiores empréstimos ocorrendo a partir de 2009.

A reportagem é de Ana Paula Ragazzi, Vera Saavedra Durão, Cláudia Schüffner e Francisco Góes e publicada pelo jornal Valor, 01-03-2013.

A dependência de recursos oficiais pode aumentar. No momento, a MMX aguarda aprovação de financiamento de R$ 3 bilhões do BNDES para a expansão da mina de Serra Azul (MG). A operação está em análise no banco, última etapa antes da aprovação. A OSX, empresa de construção naval, também entrou com pedido para construção de plataforma de petróleo.

Há um mês, quando Eike Batista manifestou o desejo de fechar o capital da CCX Carvão da Colômbia com pagamento por meio de ações de empresas do grupo EBX, em vez de dinheiro, a intenção foi vista pelo mercado como sinal de que ele enfrenta dificuldades para obter crédito.

As cinco empresas de capital aberto da holding EBX (MMX, OGX, MPX, LLX e OSX) tinham dívida líquida consolidada de R$ 15,8 bilhões, pelos balanços do terceiro e do quarto trimestres de 2012, segundo o Valor Data. A posição do caixa no fim de 2012 era de R$ 8,3 bilhões. O valor de todas essas ações está abaixo de quando estrearam em bolsa. Uma preocupação no mercado é que o empresário teria contraído empréstimos como pessoa física nos bancos privados e dado ações de suas empresas em garantia. Diante das quedas de sua blue chip - só em 2012 a OGX desvalorizou 67,84% -, ele teria renegociado as garantias, mas estaria difícil conseguir novas linhas.

Procurado, Eike Batista não se manifestou. Por e-mail, o grupo EBX informou estar "capitalizado, com recursos suficientes para garantir a execução dos projetos desenvolvidos" e com "funding substancialmente equacionado para os próximos anos". Fonte do BNDES diz que o empresário tem ativos para vender e pagar seus empréstimos, o que já começou a fazer.

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Projetos de Eike dependem cada vez mais do BNDES - Instituto Humanitas Unisinos - IHU