Os bispos da Alemanha autorizam a pílula do dia seguinte em caso de violência

Mais Lidos

  • O drama silencioso do celibato sacerdotal: pastores sozinhos, uma Igreja ferida. Artigo de José Manuel Vidal

    LER MAIS
  • O documento que escancara o projeto Trump: um mundo sem regras, sem Europa e sem democracia. Artigo de Maria Luiza Falcão Silva

    LER MAIS
  • “A esquerda é muito boa em apontar injustiças, mas isso pode ser uma desculpa para não fazer nada”. Entrevista com Rutger Bregman

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

Por: André | 21 Fevereiro 2013

A Conferência Episcopal da Alemanha aprovou nesta quinta-feira a prescrição da chama “pílula do dia seguinte” em hospitais católicos para mulheres vítimas de violência, após o escândalo em torno de uma jovem que não foi atendida em duas clínicas de Colônia após sofrer abusos sexuais.

A reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 21-02-2013. A tradução é do Cepat.

Não obstante, os bispos esclareceram que a prescrição é legítima, mas só no caso em que o medicamento for tomado para evitar a fecundação e não para eliminar um óvulo já fecundado.

As vítimas de uma violação devem receber, segundo os bispos, “cuidado humano, médico, psicológico e espiritual”, durante o qual poderão decidir se querem tomar a pílula.

Com sua decisão, os bispos seguem a iniciativa do cardeal de Colônia, Joachim Meissner, que, após o recente escândalo, autorizou o uso da pílula do dia seguinte, embora com restrições, nos hospitais católicos de sua diocese.

Meissner, segundo declarações que fez dias atrás à imprensa local, tomou sua decisão após consultar o Vaticano e o secretário do papa Bento XVI, Georg Ganswein.

Na Alemanha vendem-se há vários anos dois preparados da “pílula do dia seguinte” – que não devem ser confundidos com as pílulas abortivas –, cuja função principal é reprimir a ovulação na mulher e que devem ser administrados nas primeiras 72 horas depois do ato sexual.

A decisão dos bispos tem base ginecológica. As modernas “pílulas do dia seguinte”, cujo componente ativo é o acetato de ulipristal, impedem a fecundação do gameta feminino ao evitar a ovulação durante um prazo de 120 horas ou mais, que costuma ser suficiente para que os espermatozoides não sobrevivam no útero feminino. As pílulas anteriores evitam que o zigoto, isto é, o óvulo já fecundado, se instale na parede do útero. A Igreja católica considera que a gravidez – e com ela a vida humana – começa no mesmo momento da fecundação. O Estado alemão estima que a gravidez começa quando o zigoto é implantado na parede do útero da mãe.