René Bruelhart, novo responsável pelo controle das finanças vaticanas

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Por: André | 09 Novembro 2012

O Vaticano dá um passo rumo à transparência financeira. Com o objetivo de ser incluída na “lista branca” dos países que lutam contra a lavagem de dinheiro, a Santa Sé contratou há alguns meses aquele que é conhecido no mundo financeiro como o “James Bond”, o suíço René Bruelhart. Na quarta-feira, o Vaticano o nomeou diretor geral da Autoridade de Informação Financeira (AIF), o organismo máximo na luta contra a fraude fiscal.

A reportagem é de Jesús Bastante e está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 07-11-2012. A tradução é do Cepat.

Bruelhart substitui o advogado italiano Francesco De Pasquale, que entra no Conselho diretivo da AIF. O suíço, que foi diretor da unidade de informação financeira de Liechtenstein e vice-presidente do grupo Egmont (rede internacional de informação financeira), era, desde setembro passado, assessor da Santa Sé em matéria de prevenção e luta contra a lavagem de dinheiro.

O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, destacou que a nomeação de Bruelhart se dá no contexto da “potencialização” da AIF e representa um “novo passo na luta contra a lavagem de dinheiro e contra o financiamento do terrorismo”.

Tudo isto acontece depois que, neste verão, o órgão de controle do Conselho da Europa para a luta contra a lavagem de capitais e o financiamento do terrorismo, o Moneyval, instou a Santa Sé a reforçar seus organismos supervisores, embora tenha reconhecido que percorreu um “longo caminho em muito pouco tempo”.

O Vaticano expressou sua “satisfação” com o relatório do Moneyval, que destacou que a Santa Sé cumpre nove das 16 recomendações centrais do Grupo de Ação Financeira Internacional do Conselho da Europa (GAFI), criado em 1989 para combater a lavagem de capitais, ao passo que quanto ao resto tem que melhorar.

O Vaticano “foi aprovado” em pontos como a prevenção e luta contra a reciclagem, medidas de confisco ou cooperação internacional. O Moneyval recomendou ao Vaticano que elabore uma “avaliação dos riscos” relacionados à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e que o Instituto para as Obras de Religião (IOR), conhecido como o Banco do Vaticano, seja supervisionado de maneira independente, ao mesmo tempo em que pôs reparos nos poderes e independência da AIF.

O prelado Ettore Balestrero, subsecretário para as Relações com os Estados (“subsecretário de Exteriores”) precisou naquela ocasião que o Vaticano não é um centro financeiro e que, portanto, os fatores de risco de lavagem são “muito baixos”.

Não obstante, reconheceu que isso não quer dizer que não tivessem que ter mais cuidado em relação a esse ponto e afirmou que isso já está acontecendo.

Em relação à AIF, reconheceu que tinham que potencializá-la, e nessa linha devem ser entendidas as nomeações desta quarta-feira.

Em 30 de dezembro de 2010, Bento XVI aprovou uma lei de luta contra a lavagem de dinheiro nas instituições financeiras do Vaticano, que entrou em vigor no dia 1º de abril de 2011, e para vigiar a aplicação da mesma criou a Autoridade de Informação Financeira.

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