'Chávez deveria preparar sua sucessão', afirma Lula

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19 Outubro 2012

Em entrevista ao jornal argentino "La Nación", o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que Hugo Chávez "deveria começar a preparar sua sucessão".

Questionado pelo jornalista sobre seu apoio a Chávez nas eleições venezuelanas, Lula negou ter feito campanha por sua reeleição.

"Não tenho incidência na política venezuelana. Havia uma eleição na Venezuela, em que duas pessoas concorreram, [Henrique] Capriles e Chávez, e eu acreditava que Chávez seria melhor para a Venezuela", afirmou.

A informação é publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 19-10-2012.

O jornal argentino lhe havia perguntado se a terceira reeleição de Chávez, que ocupa a presidência de seu país desde 1999, era boa para a democracia e para a região.

"Agora também creio que o companheiro Chávez deve começar a preparar sua sucessão. Porque a Constituição permite que Chávez seja candidato pela quarta vez, mas, quando perder, os adversários também poderiam se candidatar quantas vezes quiserem, e isso eu não creio que seja bom", disse Lula.

"Por isso que eu mesmo não quis um terceiro mandato [no Brasil]. Porque, se o tivesse feito, teria querido um quarto mandato, e depois um quinto. E, para a democracia, a alternância de poder é uma conquista da humanidade, e, por isso, é preciso conservá-la", concluiu.

Um referendo popular solicitado por Chávez em 2009 aprovou uma emenda constitucional que permite a reeleição ilimitada para todos os cargos do Executivo no país.

Graças a esta emenda, Chávez pôde concorrer este ano ao seu quarto mandato presidencial.

Hugo Chávez costuma invocar Lula para legitimar suas posições e frequentemente cita uma frase do ex-presidente da República, que declarou haver "um excesso de democracia" na Venezuela.

CÂNCER

A discussão sobre sucessão ganhou fôlego na semana passada, quando Chávez nomeou o chanceler Nicolás Maduro como seu vice.

Chávez admitiu tratar de um câncer em junho de 2011, submetendo-se a cirurgias e quimioterapia dede então -ele se disse "milagrosamente curado" da doença em julho passado.

Segundo a Constituição, caso o presidente se ausente nos primeiros quatro anos de mandato, eleições têm de ser convocadas em 30 dias. Nos dois anos seguintes, o vice assume e termina o mandato.