Massacre do Carandiru. Perplexidade e indignação depois de 20 anos

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05 Outubro 2012

"Perplexidade e indignação ocorrem, hoje, ao se constatar que, passadas duas décadas, a ação penal proposta pelo Ministério Público de São Paulo, para apuração da responsabilidade criminal pela chacina, ainda não foi julgada, ocasionando a permanência de uma inaceitável impunidade que, como se sabe, é estímulo à violência", afirma nota da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), divulgou hoje (04), sobre 20 anos do massacre do Carandiru.

Eis a nota.

Há vinte anos, no dia 2 de outubro, o Brasil assistiu, estarrecido, ao massacre que vitimou 111 presos na Casa de Detenção de São Paulo, conhecida como Carandiru. O massacre foi perpetrado por tropa integrante da Polícia Militar de São Paulo que em operação inaceitável a pretexto de conter motim de detentos, em que não haviam sido feitos reféns, invadiu o Pavilhão 9 do presídio e assassinou, sem chance de defesa, presidiários desarmados, como ficou demonstrado no inquérito instaurado pela Portaria n. 00488 de 07/10/91do Ministro da Justiça, na qualidade de Presidente do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana.

Mais perplexidade e indignação ocorrem, hoje, ao se constatar que, passadas duas décadas, a ação penal proposta pelo Ministério Público de São Paulo, para apuração da responsabilidade criminal pela chacina, ainda não foi julgada, ocasionando a permanência de uma inaceitável impunidade que, como se sabe, é estímulo à violência.

A Comissão Brasileira Justiça e Paz, organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB vem cobrar do Poder Judiciário e do Ministério Público, a quem o processo está submetido, a adoção das providências urgentes para que seja julgada a ação penal, fazendo-se Justiça.

Brasília – DF, 04 de outubro de 2012

Pedro Gontijo

Secretário Executivo da
Comissão Brasileira Justiça e Paz
Organismo da CNBB