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16 Julho 2012

Não existe uma classificação de mortes terríveis. No entanto, morrer de sede em uma extensão de água nos parece ainda mais absurdo e monstruoso, assim como se afogar em um lamaçal no deserto do Saara. Só que este último é um paradoxo mental; o outro, uma trágica realidade cotidiana.

A opinião é de Alfonso Gianni, diretor da fundação italiana Cercare Ancora, em artigo publicado no jornal L'Unità, 12-07-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

"Pego o jornal e leio que não há justos no mundo". Assim começava a Mondo in M7, uma canção que subiu nas paradas musicais. Era 1966 e bastava colocar uma moeda de 50 liras na juke-box para que os bares do centro e da periferia das cidades ficassem repletos com a voz de Adriano Celentano e se enchessem de indignação.

O seu rap ante litteram soprava sobre o fogo que jazia sob as cinzas. Estávamos nas preliminares da grande contestação de 1968. Desde então, a justiça no mundo não aumentou, ao contrário da habituação com as terríveis notícias.

Na quarta-feira, 11 de julho 2012, pego o jornal e leio que 54 imigrantes provenientes de Trípoli morreram no mar.

Mas a notícia não faz muito barulho. Um naufrágio da Costa Cruzeiros faz mais audiência. Eles morreram de sede, e não afogados, como aconteceu ao invés com Flebas, o fenício, cuja flutuação de seus membros nas águas marinhas foi cantada por Thomas Stearn Eliot, tornando-o tão eterno.

Não existe uma classificação de mortes terríveis. No entanto, morrer de sede em uma extensão de água nos parece ainda mais absurdo e monstruoso, assim como se afogar em um lamaçal no deserto do Saara. Só que este último é um paradoxo mental; o outro, uma trágica realidade cotidiana. A água é um bem comum. Sim, mas às custas de grandes lutas e também não no mar. Lá, a sua não posse traça a fronteira entre a morte e a vida.

Haviam partido em 55; um só pode contar a progressão da mortal desidratação coletiva. Mas que vida viverá? Os submersos e o salvo. Primo Levi, na conclusão da sua esplêndida trilogia, escrevia que, no fundo, tudo o que ele quis dizer é que a imensa tragédia do Holocausto, pela simples razão de ter acontecido, poderia se repetir. É verdade, mas aqui a tragédia se repete com frequência infinita.

A bela estação é amiga da morte, ainda mais da morte malvada. 170 mortos desde o início de 2012? Esses são os seguramente confirmados. Ou seja, não menos, mas ninguém pode realmente dizer quantos foram na realidade. E de tudo isso resta somente algumas declarações do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.

O nosso ministro Riccardi desejou o reforço do diálogo e da cooperação. Outros, nem mesmo isso. Algo se moveu no nosso país para regularizar as presenças de cidadãos extracomunitários. Too little too late, diriam os ingleses. Enquanto isso, o mare nostrum continua funcionando como um cemitério líquido de capacidades ilimitadas. A velha Europa se afunda na crise criada pelas absurdas regras impostas pelas elites que a comandam, enquanto as jovens gerações da África morrem de guerra, de fome, de sede. É o novo mundo, contra o qual se precisaria rebelar, não mais no M7, mas sim no G20.


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