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A crise ceifa vidas na Itália

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Por: André | 24 Abril 2012

Diariamente, um pequeno empresário e um trabalhador se tiram a vida sufocados pelas dívidas e a falta de expectativa para vencer as dificuldades.

A reportagem é de Pablo Ordaz e está publicada no jornal espanhol El País, 21-04-2012. A tradução é do Cepat.

Se há uma palavra proibida, essa é suicídio. Muito mais para as sociedades – como a italiana ou a espanhola – que há séculos viveram à sombra ética e estética da religião. Embora sempre se tenha negado aos suicidas um lugar no céu, no cemitério e nos jornais, os italianos estão se tirando a vida por motivos econômicos. A um ritmo de dois por dia. Um pequeno empresário e um trabalhador se sentem impelidos diariamente aos trilhos do trem ou à forca pelo desespero provocado pela crise. Ainda não se chega ao recorde espantoso dos gregos – 1.725 suicídios nos dois últimos anos –, mas a progressão é tão alarmante que até o primeiro ministro Mario Monti, tão católico, chamou o diabo pelo nome. “Todos os dias lutamos para não cair no dramático precipício da Grécia, com tantos empregos perdidos e tantos suicídios”, disse. Não falava, por uma vez, do bendito prêmio de risco ou do déficit das contas públicas. Finalmente, falava do custo humano. De Vicenzo, de 28 anos, ou de Roberto, de 62, que se enforcaram mergulhados em dívidas. Ou de Mário, de 59 anos, que fugiu da crise com um tiro no peito.

A situação é tão dramática que, na noite da quarta-feira passada, pequenos empresários e trabalhadores acorreram com velas ao Panteão para exigir, em silêncio: “Basta de suicídios”. Algumas horas antes, o próprio Monti havia admitido publicamente que a crise está impondo “um altíssimo preço às famílias, aos jovens, aos trabalhadores... Às vezes com experiências que acabam no desespero”. Nos últimos meses, raro é o dia em que os jornais italianos não trazem a notícia de um pequeno empresário que se joga nos trilhos do trem, de um trabalhador autônomo ou de um desempregado que se enforca mergulhado em dívidas e sufocado pela falta de saída. Segundo Giuseppe Bortolussi, secretário geral da Cgia de Mestre, uma associação de artesãos, é um gesto de rebelião contra um sistema surdo e insensível que não quer entender a gravidade da situação. É um verdadeiro grito de alarma lançado por quem já não pode mais”.

Há um dado dramaticamente representativo para Bortolussi. Dos 23 suicídios de pequenos empresários registrados desde o começo de 2012, 40% aconteceram no Vêneto, região nordeste da Itália que sempre foi um motor de desenvolvimento econômico baseado na pequena e média empresa. Os chamados “suicídios econômicos” são provocados por um coquetel fatal formado pelos restos da velha Itália e a nova crise global. “A lentidão da burocracia, a dificuldade para tratar com bancos e administrações”, segundo se colocou de manifesto ao lado do Panteão, “se unem agora a empresas endividadas, pagamentos que se atrasam e jamais são pagos... O pequeno empresário se vê obrigado a despedir pessoas com as quais trabalhou a vida inteira, a verdadeiros amigos, inclusive a familiares... Procura aguentar até que um dia já não pode resistir e...”. Tudo parece indicar que a situação seguirá se agravando. Daí que ao menos cinco associações – da Cáritas até organizações empresariais – já tenham posto em funcionamento serviços de ajuda psicológica a empreendedores e trabalhadores em apuros. A mais representativa, a que apenas com o título diz tudo, foi criada na segunda-feira passada em Vigonza, na província de Pádua, a 25 quilômetros a oeste de Veneza. Seu nome: “Associação de Familiares de Empresários Suicidados”.

O horizonte é muito obscuro. Sobre a mesa vão se avolumando relatórios, um mais pessimista que o outro. Nos últimos três meses, 146.000 empresas italianas fecharam as portas. E o temporal não passou. Segundo a associação de comerciantes, 2012 será o pior ano da crise e, segundo o Governo, até 2013 a tendência não se inverterá.

Do ponto de vista do consumo, não se estava tão mal desde os anos do pós-guerra. A metade das famílias, dito pelo próprio Monti, tem problemas para seguir em frente. Se em junho de 2011, 28% dos italianos ainda conseguia economizar algo por mês, agora apenas 9% o consegue. 87% já cortou na cesta do supermercado e já há mais de um milhão e meio de famílias necessitadas de ajuda. Não seria estranho, portanto, que os dados sobre suicídios que aparecem no último estudo do Eures – o portal europeu da mobilidade profissional – não se agravassem: em 2010, suicidaram-se 362 desempregados e 336 empresários ou autônomos. E isso que, naquela época, nem a economia estava tão mal, nem existia ainda na Itália uma nova classe de deserdados, esses que aqui [em Roma] são chamados de esodati.

Vincenzo Sgroi é um deles, seu caso ilustra muito bem a angústia de muitas famílias. É um dos 500 pré-aposentados da La Posta, o serviço de correios que também atua como caixa econômica. Aceitou renunciar à indenização de 70.000 euros que lhe ajudaria a chegar na aposentadoria em troca de que um de seus filhos tivesse a oportunidade de se colocar, fixo, na empresa pública. Um sistema muito discutido pelos sindicatos, que o consideram medieval. No entanto, foram chegando à crise primeiro e o Governo de Monti depois. Vincenzo ficou sabendo depois que o emprego fixo de seu filho é apenas de tempo parcial – 15 trabalhando e 15 em casa – e que o salário não chega aos 700 euros. Mas o mais grave é que a reforma das pensões posta em marcha pelo novo Governo o afastou do horizonte da aposentadoria. Quando aceitou a pré-aposentadoria, restava-lhe apenas um ano para se aposentar; agora lhe restam quatro... Toda a impotência se reflete em seu rosto, em sua pergunta: “O que eu faço agora?!”.

Ele e outros 65.000 pré-aposentados – 350.000 segundo os sindicatos – acreditavam que haviam chegado finalmente à praia da tranquilidade e agora se encontram a três ou quatro anos da costa, em águas mais frias e mais profundas que nunca, sem forças para aprender a nadar, com a vida arruinada. Todo o sofrimento que se reúne nas olheiras de Vincenzo, toda a sensação de ter sido enganado, se converte em um fator de risco. É o grito da Itália contra a crise. Um grito dramático. O tiro de escopeta apontada ao contrário. O apito de um trem que se aproxima no meio da noite...


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