Metas do fórum da água serão trazidas para conferência no Rio

Mais Lidos

  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS
  • Promoção da plena credibilidade do anúncio do evangelho depende da santidade pessoal e do engajamento moral, afirma religiosa togolesa

    Conversão, santidade e vivência dos conselhos evangélicos são antídotos para enfrentar o flagelo dos abusos na Igreja. Entrevista especial com Mary Lembo

    LER MAIS
  • Decretos de Natal. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

19 Março 2012

Na prática, não é lei e não há nenhuma obrigatoriedade. Mesmo assim, 140 países se comprometeram na última sexta-feira a aumentar o acesso à água potável, ao tratamento de esgoto e a promover o uso inteligente da água na conclusão do Fórum Mundial da Água.

A reportagem é de Sabine Righetti e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 19-03-2012.

O evento, coordenado por um engenheiro da USP, Benedito Braga, reuniu 20 mil pessoas na semana passada em Marselha, na França.

Mesmo em crise econômica, a França abriu a carteira e doou € 600 milhões para iniciativas de água na África -uma das regiões que mais sofrem no mundo por falta de saneamento básico.

Os acordos tomados em Marselha não têm caráter vinculante. Isso significa que ninguém vai cobrar quem disse que ia fazer e não fez.

A ideia, no entanto, é levar o documento de Marselha para a Rio+20, conferência da ONU para o desenvolvimento sustentável que acontecerá em junho no Brasil.

O tema "água" ficou praticamente de fora do rascunho zero da Rio+20, de onde partem as discussões.

Isso incomodou o Brasil. Ministérios como o do Meio Ambiente e das Relações Exteriores e a ANA (Agência Nacional de Águas) propuseram durante o encontro de Marselha a criação de um Conselho de Desenvolvimento Sustentável na ONU para tratar de temas como a água.

Essa ideia será levada pelos brasileiros para a Rio+20, de acordo com o presidente da ANA, Vicente Andreu.

"Não adianta criarmos uma agência para tratar de ambiente na ONU [que é a proposta dos europeus para a Rio+20]. Precisamos deixar os assuntos como a água mais focados e menos transversais", disse à Folha.

Hoje cerca de 28 agências ligadas à ONU lidam com água sob várias abordagens, como produção de energia e agricultura. Mas a água, por si só, não é o foco do trabalho de nenhuma delas.

O governo brasileiro havia sugerido a criação de uma aliança para a gestão global da água, mas a ideia ficou de fora do rascunho zero.

Para Andreu, o encontro em Marselha serviu para fortalecer a entrada da água na agenda nacional e para melhorar a imagem do Brasil como um produtor de tecnologias sustentáveis.

A delegação do Brasil foi a maior de todas, de acordo com a organização do evento. Eram 250 pessoas -ongueiros, políticos, cientistas e empresários. Todas as hidrelétricas do país estavam representadas no fórum.

O estande do Brasil era o mais frequentado pelos estrangeiros -não se sabe se por causa das iniciativas sobre água ou devido à caipirinha, que era de graça em alguns momentos do dia, acompanhada de samba.

"Somos o país da água. Temos 12% da água doce do mundo", analisa Braga.

Mas há problemas: 70% dela está na bacia amazônica, longe dos maiores centros urbanos. E só 45% dos brasileiros têm água tratada