''Centro de Proteção à Criança'' é lançado na cúpula vaticana sobre pedofilia

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11 Fevereiro 2012

Como o ato final de uma reunião de cúpula de quatro dias no Vaticano sobre a crise dos abusos sexuais, um novo "Centro de Proteção à Criança", sediado na Internet, foi apresentado na tarde desta quinta-feira, em Roma, projetado para formar padres, diáconos e outros membros da Igreja na luta contra o abuso infantil.

A reportagem é de John L. Allen Jr., publicada no sítio National Catholic Reporter, 09-02-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

De acordo com o diácono alemão Hubert Liebhardt (foto), cientista educacional que atua como diretor do novo centro, seu objetivo é "promover uma cultura da vigilância em ambientes católicos".

Com um orçamento de 1,6 milhão de dólares ao longo dos seus três primeiros anos, o centro irá fornecer programas online de formação e de certificação em alemão, inglês, italiano e espanhol. É um projeto conjunto da universidade jesuíta Gregoriana, de Roma, a arquidiocese de Munique e da Universidade de Ulm, na Alemanha.

Mais informações sobre o centro podem ser encontradas aqui: elearning-childprotection.com.

O lançamento do centro fez parte da conclusão da cúpula do Vaticano entre os dias 6 a 9 de fevereiro, intitulada Rumo à cura e à renovação. O evento reuniu mais de 100 bispos e superiores religiosos de todo o mundo para discutir a resposta da Igreja aos escândalos de abuso do clero.

Liebhardt explicou que o currículo online será composto por cerca de 30 horas de formação, com tópicos que vão desde a detecção de sinais de alerta de abuso aos requerimentos para a denúncia em diversos países. Além de exames e de outras formas de avaliação, os empregados da Igreja que concluírem a formação receberão um certificado da Gregoriana.

No lançamento desta quinta-feira, o cardeal Reinhart Marx (foto), de Munique, que contribuiu com parte do financiamento para a cúpula desta semana, disse que o impulso surgiu a partir da massiva crise de abusos sexuais que abalou a Igreja Católica na Alemanha em 2010.

"2010 foi o pior e mais amargo ano da minha vida", disse Marx. "A percepção da extensão dos abusos sexuais e dos maus-tratos às crianças na Igreja chocou profundamente muitas pessoas no mundo, e isso me chocou".

A partir dessa experiência, Marx concluiu que a crise é "uma oportunidade para a renovação", e esse centro é "uma parte dessa renovação, do caminho pelo qual a Igreja deve seguir no futuro".

"Esta hora histórica", disse Marx, "está praticamente nos forçando a tomar uma atitude de humildade e de ação simultâneas".

Com relação a essa ampla renovação, Marx a definiu em termos de "recuperar a autenticidade e a credibilidade". "Não devemos permitir que a aparência e a realidade desmoronem", disse Marx. "Nossas palavras e nossas ações devem caminhar de mãos dadas".

"O núcleo de tudo isso não é a sobrevivência da Igreja, nem a sua importância externa, ou a sua influência política", afirmou. "É saber se ela cumpre a sua missão de mostrar às pessoas o caminho para Deus".

Marx observou que a Igreja Católica tem uma reputação de ser fortemente pró-vida, e assim é como deve ser, disse. No entanto, o lançamento do Centro de Proteção à Criança, disse Marx, é um lembrete de que o compromisso da Igreja com a vida deve ser abrangente.

"Toda a vida precisa de educação, proteção e amor", disse.

Marx disse que uma coisa parece estar clara como resultado não só da sua experiência na Alemanha, mas também das discussões do simpósio desta semana: "O trabalho de lidar com a crise dos abusos está longe do fim", comentou.

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