18 Novembro 2011
O arcebispo Timothy Dolan pronunciou seu primeiro discurso como presidente na Assembléia plenária da Conferência Nacional dos Bispos dos EUA - USCCB (sigla em inglês) desde quando assumiu o direção da Conferência episcopal no ano passado.
A reportagem é de Michael Sean Winters e publicada pelo National Catholic Reporter, 14 de novembro de 2011. A tradução é de Benno Dischinger.
“O amor por Jesus e sua Igreja deve ser a paixão de nossa vida”, começou dizendo Dolan, citando o beato João Paulo II, e apoiando-se na conexão necessária entre Cristo e a Igreja, com uma citação do grande teólogo Henri de Lubac, “Eu jamais teria conhecido a Ele, sem ela”. Dolan reconheceu depois a dificuldade que este elo enfrentou nos últimos anos: “Como nos revelam as estatísticas certamente não exaltantes que não podemos ignorar: sempre menos pessoas do nosso amado povo – para não falar daquelas que estão fora da família da fé – estão convencidas que Jesus e sua Igreja sejam um todo uno”.
Muitos comentadores haviam antecipado que Dolan iria enfrentar a questão da liberdade religiosa com certa amplitude, mas a questão foi apenas tocada de leve em seu discurso. Deteve-se, ao invés, na necessidade para a Igreja de concentrar-se no tema da evangelização e numa re-apresentação da Igreja como veículo para o encontro com Cristo: “A Igreja que ama o homem com tudo o que é não é de fato um camburão embaraçoso, um clube de pernósticos fora de moda, acabrunhada por um aparato burocrático de cunho medieval, e por uma série absurda de regras para os homens baseadas em pura fantasia, nem é um dos tantos movimentos carregados de litigiosidade e opiniões contrastantes. A Igreja é o próprio Jesus: seu ensinamento, sua capacidade de curar, sua gratuidade, seu serviço; e, como Jesus, com freqüência é “golpeada até o sangue, ridicularizada, amaldiçoada, profanada”.
Dolan continuou reconhecendo alguns dos problemas da Igreja de hoje. “Já que nós constituímos uma grande família espiritual, não deveremos surpreender-nos se a Igreja tem problemas ou angústias... Como dizia Dorothy Day: “A Igreja é a esposa fulgurante de Cristo, mas os seus membros às vezes agem com mais freqüência como as prostitutas da Babilônia”. Dolan também citou o seu mentor, o lamentado mons. John Tracy Ellis, notando que ele teria costumado usar esta expressão para introduzir os seus cursos sobre a história da Igreja: “Senhoras e senhores, preparai-vos para descobrir que o corpo místico de Cristo tem na realidade uma enorme quantidade de verrugas. E nós somos chamados a amar com paixão a nossa esposa com suas rugas, suas verrugas e suas feridas, e amá-la sempre mais”.
Se alguns esperavam na véspera uma declaração de guerra contra o governo Obama sobre a questão da liberdade religiosa, isso não ocorreu.
A reportagem é de Michael Sean Winters e publicada pelo National Catholic Reporter, 14 de novembro de 2011. A tradução é de Benno Dischinger.
“O amor por Jesus e sua Igreja deve ser a paixão de nossa vida”, começou dizendo Dolan, citando o beato João Paulo II, e apoiando-se na conexão necessária entre Cristo e a Igreja, com uma citação do grande teólogo Henri de Lubac, “Eu jamais teria conhecido a Ele, sem ela”. Dolan reconheceu depois a dificuldade que este elo enfrentou nos últimos anos: “Como nos revelam as estatísticas certamente não exaltantes que não podemos ignorar: sempre menos pessoas do nosso amado povo – para não falar daquelas que estão fora da família da fé – estão convencidas que Jesus e sua Igreja sejam um todo uno”.
Muitos comentadores haviam antecipado que Dolan iria enfrentar a questão da liberdade religiosa com certa amplitude, mas a questão foi apenas tocada de leve em seu discurso. Deteve-se, ao invés, na necessidade para a Igreja de concentrar-se no tema da evangelização e numa re-apresentação da Igreja como veículo para o encontro com Cristo: “A Igreja que ama o homem com tudo o que é não é de fato um camburão embaraçoso, um clube de pernósticos fora de moda, acabrunhada por um aparato burocrático de cunho medieval, e por uma série absurda de regras para os homens baseadas em pura fantasia, nem é um dos tantos movimentos carregados de litigiosidade e opiniões contrastantes. A Igreja é o próprio Jesus: seu ensinamento, sua capacidade de curar, sua gratuidade, seu serviço; e, como Jesus, com freqüência é “golpeada até o sangue, ridicularizada, amaldiçoada, profanada”.
Dolan continuou reconhecendo alguns dos problemas da Igreja de hoje. “Já que nós constituímos uma grande família espiritual, não deveremos surpreender-nos se a Igreja tem problemas ou angústias... Como dizia Dorothy Day: “A Igreja é a esposa fulgurante de Cristo, mas os seus membros às vezes agem com mais freqüência como as prostitutas da Babilônia”. Dolan também citou o seu mentor, o lamentado mons. John Tracy Ellis, notando que ele teria costumado usar esta expressão para introduzir os seus cursos sobre a história da Igreja: “Senhoras e senhores, preparai-vos para descobrir que o corpo místico de Cristo tem na realidade uma enorme quantidade de verrugas. E nós somos chamados a amar com paixão a nossa esposa com suas rugas, suas verrugas e suas feridas, e amá-la sempre mais”.
Se alguns esperavam na véspera uma declaração de guerra contra o governo Obama sobre a questão da liberdade religiosa, isso não ocorreu.
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A peculiaridade dos cristãos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU