Bispo ortodoxo grego diz que islamismo é uma falsa religião

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23 Janeiro 2011

O bispo ortodoxo de Pireo, Serafín, disse que o islamismo é uma religião falsa e incompatível com a constituição grega. Ele reagiu ao ataque suicida que causou a morte de 21 pessoas na congregação copta de Alexandria, no Egito, durante celebração do Advento, no ano passado.

A reportagem é de Manuel Quintero e publicada pela Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 21-01-2011.

Serafin descreveu o incidente como “um delito espantoso perpetrado por muçulmanos, o que revela de modo claro a verdade que foi escondida, de forma desonesta, sob a pregação pacifista nos chamados diálogos inter-religiosos”.

Ele exortou o governo grego a revogar a autorização para a construção de mesquita em Atenas, necessária para atender a crescente população muçulmana da capital.

A construção da mesquita “é uma aberração”, pois ela seria como um dinamite para a coesão social e a paz, “já que o principal objetivo dessa falsa religião e alcançar o predomínio por medo e violência”, declarou.

A posição do bispo Serafin motivaram manifesto do Santo Sínodo da Igreja rechaçando “qualquer forma de discriminação racial e religiosa”. Mesmo que os bispos tenham direito de expressar suas opiniões, eles também devem assumir a responsabilidade de prová-las, apontou o Sínodo.

O porta-voz do governo, George Petalotis, disse que os comentários do bispo Serafín “instigam o ódio racial e religioso”. Nos últimos meses, a Grécia presenciou cenas de ataques contra imigrantes, principalmente contra os que professam a fé islâmica.

Muitos desses ataques ocorreram em Aghios Panteleimonas, um distrito de Atenas, onde o partido neonazista Amanhecer Dourado alcançou 20% dos votos da população local e uma cadeira na Câmara de Vereadores da capital.

Em outubro, manifestantes trancaram as portas de local destinado à oração da comunidade muçulmana e lançaram bombas incendiárias pelas janelas, ferindo quatro pessoas.

O presidente da Associação Muçulmana da Grécia, Naim Elghandour, que está em Atenas desde 1970, está alarmado. “Acostumei-me a ser tratado como um deles e agora estou recebendo ameaças de morte”, revelou.

A Igreja Ortodoxa Oriental de Cristo é a religião predominante na Grécia, pais que tem, segundo estimativas, uma comunidade entre 100 mil a 140 mil muçulmanos. O clero da Igreja Ortodoxa recebem salários e pensões do Estado.