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O Google criou uma imagem de intocável

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23 Janeiro 2011

A União Europeia atualmente investiga se a empresa que administra o buscador manipula os resultados dos dados que aparecem na tela. Chareyre explica por que está convencido de que existe tal manipulação.

A reportagem é de Eduardo Febbro, publicada no jornal Página/12, 17-01-2011. A tradução é de Anne Ledur.

O grande devorador universal de livros e informação começa a ter alguns problemas com a imagem de credibilidade que resumiu seu êxito. O Google é objeto de uma investigação aberta pela União Europeia para verificar se a empresa que administra o buscador manipula os resultados dos dados que aparecem no buscador. A multinacional dos dois "O`s" procede de uma forma que está longe de coincidir com a honestidade e a transparência que formaram sua imagem. Os europeus suspeitam desde muito tempo que o Google manipula os esquemas de seu motor de busca não só para se favorecer economicamente, mas também para instaurar uma situação de monopólio no mercado.

O gigante do duplo "O" não parece honrar o propósito da empresa, "Não faça o mal". O Google vem fazendo as coisas muito mal há algum tempo. Em 2006, preparou uma versão autocensurada destinada ao mercado chinês para desenvolver um confronto com o poder comunista de Beijing; logo, empreendeu uma poderosa campanha para digitalizar os livros, com intenções nem sempre honradas; mais tarde, apareceu espiando as contas dos correios e os acessos; internet, com seu sistema Street View; e, por último, o Google foi denunciado inúmeras vezes por espiar os usuários de internet com o objetivo de estabelecer um perfil personalizado e adaptar a publicidade segundo cada pessoa.

O Departamento de Competência da Comissão Europeia, a cargo do vice-presidente da Comissão, Joaquín Almunia, investiga hoje se o Google não está violando as regras do Tratado da União. No ano passado, o portal britânico de comparação de preços, Founden, o portal de compras online Ciao! e o buscador jurídico francês ejustice.fr incriminaram o Google pela maneira com que o Google os relega aos últimos postos dos resultados das buscas. Ciao! debate com o Google sobre as condições artificialmente elevadas que fixa nas tarifas publicitárias. As autoridades da União Europeia enviaram umas cem perguntas  a empresas e organizações para determinar se a empresa californiana manipula ou não os resultados.

Renaud Chareyre não tem a menor dúvida sobre essa manipulação. Em um livro de perfil rigoroso, Google Spleen, esse investigador esmiuçou o lado menos brilhante do Google, o famoso sistema AdWords, mediante o qual o Google associa a publicidade aos resultados na busca. E quando mais se paga, mais em cima se aparece. Renaud Chareyre demonstrou que as respostas que o buscador oferece estão, de fato, manipuladas, passadas pelo crivo do proveito. Nessa entrevista com o Página/12, em Paris, o autor de Google Spleen (www.googlespleen.com) expõe as práticas de uma empresa que tudo o que faz aponta a um só objetivo: fazer mais e mais dinheiro com o conhecimento humano.

Eis a entrevista.

O Google sempre gozou de uma imagem muito positiva. Para as pessoas, o gigante que domina noventa por cento do mercado dos motores de busca sempre apareceu como um anti-Microsoft por excelência. Contudo, pouco a pouco, quem era como um antídoto do demônio começou a perder seus atributos de anjo.

O Google é um empresa extremamente poderosa, tanto no plano econômico como da imagem. O tema Google é muito complexo. Tem muitos parâmetros e é extremamente difícil fazer as pessoas verem a realidade do Google. Com o Google, temos uma empresa que soube desenvolver uma estratégia de marketing muito eficaz, que lhe serviu para construir uma imagem quase de intocável, o que se apoia em grande parte sobre o princípio de gratuidade das soluções que propõe. Mas por detrás disso, está o modelo econômico que financia as soluções propostas pelo Google. Esse modelo é pouco claro. A entidade que financia o Google é o AdWords. O utilizador não paga quando lança uma busca. Tudo repousa sobre a publicidade dos anunciantes, que contribuem no orçamento do sistema Google. Agora, resta saber como se organizam esses anúncios.

Isso se deve ao fato principal de que a resposta do buscador depende do que pagou ou não o anunciante. Ou seja, se fazemos uma busca sobre um objeto, a resposta que aparece primeiro está regulada segundo o que pagou o anunciante. É, em suma, uma resposta organizada segundo um critério comercial?

Efetivamente, na lógica do sistema AdWords. O Google assegura aos anunciantes que o que pagou o preço mais alto aparecerá melhor localizado nas respostas. O Google também estuda a taxa de cliques e modula sua resposta em função dela. Os mecanismos quem intervêm nesse processo são extremamente complexos. Mas nos damos conta de que, no final, é o Google que decide que lista aparece na tela dos internautas e isso sem que os anunciantes possam decidir algo. O Google também decide a classificação dos anúncios. Mais ainda, as respostas do Google variam de uma tela para outra. A aparição ou não de determinadas publicidades está determinada pelo Google em função do perfil de A ou de B. Um usuário A verá em sua tela um tipo de anúncio, enquanto que o B verá outro.

Isso implica uma vigilância constante.

O Google trabalha com um algoritmo permanente que analisa os resultados das publicidades a fim de modular a aparição ou não dos links subvencionados. O objetivo de tudo isso consiste em modelizar de maneira permanente a gestão dos cartazes publicitários.

Google é como Deus: está em todas as partes. O encontramos como motor de busca; como correio eletrônico através do G-mail; também tem seu próprio sistema operacional, o Androide; o temos como devorador de livros; enfim, é uma máquina com uma filosofia expansionista única.

O Google é uma empresa que faz dinheiro com as relações cognitivas. Buscará se apoderar de tudo o que permitir um indivíduo estender o campo de seus conhecimentos para tirar proveito disso. Daí a lógica de propôr a publicidade segundo o que se conhece do internauta, do perfil que se estabeleceu dele, da tipificação de seus centros de interesse. O mesmo princípio é válido no que se refere ao projeto de numerização dos livros. O Google quer oferecer uma abertura gratuita à cultura, mas, por detrás, esse princípio o permite seguir cada internauta segundo seus interesses. Pode-se saber muitas coisas conhecendo os livros que uma pessoa lê. Pode-se conhecer suas ideias, seus gostos, etc. O projeto de digitalização dos livros é um espelho do que o Google fez com o YouTube. Põe-se livros ao alcance das pessoas, daí estabelece-se um perfil da pessoa e tiram-se benefícios com a publicidade. O Google poderá conhecer os autores favoritos de cada internauta e, paralelamente, fazer publicidade sobre os livros que vende na sua livraria.

Muitos analistas se perguntam hoje se, por acaso, o Google não se converteu em algo tão grande que possa representar um perigo para a democracia, para o princípio de eleição.

Sobre o princípio de eleição, a partir do momento em que sabemos que o Google está em condições de regular a informação que oferece ao internauta – e tudo isso com uma imagem de pertinência – vemos em seguida que há uma ameaça forte sobre a liberdade de eleição do consumidor. Isso nos leva a perguntar-nos se, com este modelo, estamos mesmo na economia de mercado, em um modelo de livre circulação da oferta e da demanda. Nossa tese, no livro, é que o Google está em uma posição em que pode dar uma informação comercial coma cobertura da pertinência – os internautas têm uma confiança cega – para orientar o internauta para preferências de consumo.

No plano político também há muitas perguntas. Quando contamos com uma ferramenta útil como o Google, que é capaz de prever a evolução da gripe A em função das consultas dos internautas ao motor de busca, igualmente podemos pensar que o Google é capaz de antecipar as tendências da opinião, as tendências eleitorais. Consequentemente, o Google pode regular o fluxo da informação segundo as ideias ou as opiniões.

Qual é o maior segredo do Google?

Seu primeiro segredo é ter sido capaz de montar um sistema econômico que vende algo que não corresponde com o que os clientes compram. O segundo, e graças a uma extrema inteligência, consiste em fabricar uma imagem de extrema credibilidade. Os internautas utilizam o Google quando, na realidade, não têm muita credibilidade nesse sistema. O segredo é a imagem que apaga toda a realidade e as incoerências de seu sistema econômico.

 


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