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Chacina no Rio, uma operação sincronizada. Artigo de Edelberto Behs

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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31 Outubro 2025

"Certamente há métodos menos macabros que recorrem à inteligência policial para combater o tráfico de drogas do que enviar 2,5 mil policiais pros morros. Não tem como fiscalizar a entrada de cocaína pelo Rio de Janeiro? Não tem como sufocar a movimentação de dinheiro das gangues do crime? Não tem como combater a venda de armamento para as gangues?", escreve Edelberto Behs, jornalista. 

Eis o artigo.

O mega resultado da Operação Contenção, que matou 121 pessoas nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, foi uma ação sincronizada da extrema direita, que está um tanto perdida e sem um projeto nacional articulador com vistas às eleições do próximo ano. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, seguidor do bolsonarismo e que classificou a operação como “um sucesso” (se teria morrido duas vezes mais pessoas nas favelas seria, então, um super sucesso), se prestou a essa articulação.

O próprio governador revelou que a operação vinha sendo preparada há mais tempo. Há mais tempo? Para ser deflagrada a poucos dias do início da COP30, quando o Brasil está numa visibilidade positiva nas vitrinas do mundo, é isso? A Operação Contenção colocou uma tarja preta nessa exposição. Depois, mais um detalhe dessa articulação: tramita no Congresso projeto de lei que quer enquadrar organizações, tipo Comando Vermelho, como “narcoterrorismo”. Cláudio Castro se referia, na entrevista coletiva após o massacre, aos “narcoterroristas”.

O crime de terrorismo, nessa perspectiva, pode envolver as Forças Armadas, e também intervenções estrangeiras, como o governo de Donald Trump está fazendo no mar do Caribe, bombardeando barcos que supostamente transportam drogas, uma operação que até o momento, na escala de Cláudio Castro, não alcançou o sucesso, pois nem chegou a eliminar 100 pessoas.

O sincronismo continua. Não é que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sugeriu a intervenção dos Estados Unidos para que jogassem algumas bombas na Baía da Guanabara, assim como o fazem no Caribe! Fora de sincronia, mas em tempo oportuno, a operação macabra desencadeada no Rio veio bem a propósito do, até aqui, sucesso da diplomacia brasileira que está negociando as tarifas de importação com os Estados Unidos. A química produzida entre Lula e Trump estragou a estratégia bolsonarista.

O interessante é que o “narcoterrorismo” só encontra campo de combate em favelas pobres. Como destacou o prof. Dr. José Cláudio Alves, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em entrevista para o portal IHU, “o Projeto Antifacção é meramente uma dimensão de descarga punitiva das leis. O sistema judiciário pune quem? Os mais pobres, os favelados, os periféricos. E os caras que estão nas fintechs da Faria Lima? Os que são do agronegócio e os políticos que recebem tanta grana por causa do tráfico? O Antifacção vai chegar no cara do topo, que financia tudo isso e tem interesse nos 2 milhões de dólares (cerca de 10,8 milhões de reais) de cocaína que chegam no Rio de Janeiro? O cara que pega cocaína na Bolívia e na Colômbia, que está financiando tudo isso, vai ser identificado e trazido para prestar esclarecimentos?”

Serão massacrados?

Certamente há métodos menos macabros que recorrem à inteligência policial para combater o tráfico de drogas do que enviar 2,5 mil policiais pros morros. Não tem como fiscalizar a entrada de cocaína pelo Rio de Janeiro? Não tem como sufocar a movimentação de dinheiro das gangues do crime? Não tem como combater a venda de armamento para as gangues? Aliás, foi Bolsonaro, enquanto presidente, que queria a população armada! As gangues aproveitaram essa brecha. Não tem como atacar a outra ponta, a dos consumidores? E se, ao invés dos 2,5 mil policiais, o Estado do Rio enviasse 2,5 mil professores/as e agentes de saúde para os complexos? Como lembra o sociólogo Loïc Wacquant, quando o Estado social se retrai, o Estado penal se impõe.

Essas operações policiais, que ocorrem às centenas todos os anos no Rio de Janeiro, “não têm efetividade nenhuma e a própria polícia e o governo do Estado sabem muito bem disso”, disse a socióloga Carolina Grillo, coordenadora do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense, em entrevista ao IHU. Ações como essa “evidenciam o descaso do poder público estadual no Rio de Janeiro, como o direito à vida da população pobre, moradora de favelas e periferias de maioria negra, que são as principais vítimas dessa política de extermínio que é adotada na cidade”.

A professora pontua ainda que essas falas visam capturar capital eleitoral nas eleições de 2026. “O que eu observo é que o Cláudio Castro está apostando nos retornos eleitorais a partir desse massacre”, afirma. “Historicamente, a prática de chacinas tem servido para atrair atenção e votos dos setores mais conservadores, porque autoridades públicas têm se aproveitado do medo, da sensação de insegurança da população face ao crime, para oferecer ‘soluções fáceis’ para a criminalidade e propagar o ódio, adotando discursos que costumamos chamar de populismo penal”, complementa.

Então, por que acontecem? Na análise de José Cláudio Alves, o grupo político da extrema-direita “está empastelado e não está conseguindo reagir. Vejo a operação como uma necessidade de manter as fileiras deles unificadas em torno dos discursos ‘bandido bom é bandido morto’, ‘temos que fazer operações porque estamos combatendo o crime’”. As pessoas que entram nesse discurso nem fazem ideia do que está acontecendo, agregou.

O aproveitamento político dessa situação chega ao exagero de um senador da República pedir a intervenção bélica e militar dos Estados Unidos nas águas da Guanabara. Como se os Estados Unidos fossem uma nação sem crimes e criminosos, uma nação mergulhada na paz e na tranquilidade. Se Trump precisa bombardear pequenas embarcações no mar do Caribe supondo que são capitaneadas por traficantes de drogas, é um atestado de que ele não consegue combater o crime no seu próprio território. E o que dá poder a Trump de se intrometer em problemas alheios, quebrando a autodeterminação dos povos?

Mas o importante, agora e a partir da chacina, o Rio de Janeiro está muito mais tranquilo, as pessoas não têm mais receio de sair às ruas, o tráfico acabou!

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