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Natal na metrópole. Artigo de Alfredo J. Gonçalves

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11 Dezembro 2024

"Sim, podemos repetir que “Deus habita esta cidade”, porque em meio a tamanha pressa e tanta indiferença, tanto individualismo e tantos desencontros, nos lugares mais desertos e desconhecidos, Ele irrompe de novo para reorientar os rumos da história humano-divina. Aí está a mensagem do Natal!", escreve Alfredo J. Gonçalves, CS, padre, assessor do SPM/São Paulo, 09-12-2024.

Eis o artigo.

São Paulo, cidade 24 horas por dia. A correria é vertiginosa, a pressa alucinante. Rios de gente e de carros cruzam e recruzam freneticamente as ruas e avenidas. Um ruído indefinido abafa as vozes. Em sua grande maioria, os diálogos se convertem em monólogos. Gritos e roncos de motores povoam o espaço. No trem, no metrô ou nos ônibus, pouco ou nada se sabe de quem viaja ao lado. Aliás, faz-se todo o possível para nada saber. Impera o individualismo mais feroz e exacerbado. Motocicletas de entregadores, com suas “vozes” estridentes, ziguezagueiam por entre o tráfico intenso ou bloqueado. Nessa gigantesca mancha urbana de quilômetros e quilômetros, ninguém tem tempo parara parar e ouvir com atenção. A cidade não tem ouvidos. Toda e qualquer mensagem acaba sendo cortada por um rumor contínuo, rumor de um organismo vivo que respira sem trégua, não raro ensurdecedor. Com suas sirenes escandalosas, ambulâncias, carros de polícia, bombeiros abrem passagem a qualquer custo. A vida parece caminhar sobre o vórtice de um abismo, onde todos e cada um se apressa como que fugindo de si mesmo.

Metrópole de multidões, e multidão rima com solidão! Não há nomes, não há rostos, não há histórias. E se, casualmente, dois pares de olhos se cruzam na rua ou nos meios de transporte, o desvio torna-se imperativo, instintivo e instantâneo, imediato e quase mecânico. Prevalece o medo de invadir a privacidade alheia, ou ser por ela invadido. O anonimato é a norma não escrita. Em meio a raros e apressados encontros, predominam os desencontros. Em meio à corrente incessante da multidão, cada qual procura um refúgio para se esconder. A multidão equivale ao deserto urbano, para onde as pessoas fogem de todo tipo de intimidade, com medo da proximidade comprometedora.

Reconhecer alguém, olhar, parar, falar, escutar – eis o perigo que espreita a cada esquina. Importa escapar a qualquer diálogo que se desdobre em laço mais estreito. As relações tendem a ser frágeis, tênues, provisórias. Nada de tecer ligações que venham a tomar o tempo de cada um. A verdade é que não há tempo, ou melhor, só há tempo para os desejos, buscas e interesses individuais. Por isso é que a imensa maioria usa o celular ou o fone de ouvido para se proteger de aproximações indevidas. A palavra de ordem é “não conheço ninguém, nem quero que ninguém me conheça”. E, assim, os passos vão nos levando pelo brilho das luzes e das lojas, pelo afã do movimento.

Apesar de tudo, na contramão dessa velocidade frenética e dessa agitação febril, será possível entrever sinais divinos no tecido esgarçado da história humana e urbana. Nos becos, porões e periferias da metrópole, por mais sórdidos e solitários que sejam, o Menino Deus renasce em gestos imprevistos de entrega, de dedicação e de solidariedade. Como outrora na cidade de Belém, Ele não vem dos tronos, palácios e mansões luxuosas; vem dos lugares mais frios, inóspitos e inesperados, pois “não havia lugar para eles na casa”, como nos relata o evangelista Lucas (Lc 2, 7). Por outro lado, os sinais humano-divinos do encontro, da partilha e do diálogo também nos revelam que “Deus habita esta cidade”, para usar a expressão do salmista (Sl 47, 9). São poucos, são raros, são extraordinários, mas sempre haverá alguém capaz de sair de si mesmo e ir ao encontro daquele que sofre maior abandono e vulnerabilidade.

Não obstante toda sorte de barulhos que, sonoramente, poluem a cidade (para não falar do lixo que produz a poluição visual), ainda somos capazes de ouvir o canto dos pássaros, a algazarra vívida das crianças, o rumor de anjos, título do livro de Peter L. Berger. Anjos e sonhos seguem sendo os protagonistas fundamentais do nascimento de Jesus de Nazaré. Daí a necessidade de saber interpretar os últimos, e atender para a mensagem dos primeiros. Nos livros bíblicos, ambos os dons denotam profunda sabedoria. Ouvir os anjos, não aqueles revestidos de asas, esvoaçantes, e sim os que caminham ao nosso lado, que possuem pernas e braços, pés e mãos, dispostos a gestos de socorro quando a cruz se torna mais pesada. Interpretar os sonhos, não tanto os sonhos noturnos do repouso, mas os sonhos diurnos que se levantam do chão, tais como terra, trabalho e teto; alimento e vestuário; justiça, equidade e paz; educação e saúde; direitos humanos inalienáveis e respeitados; preservação do meio ambiente e cuidado com “nossa casa comum”; enfim, vida digna para todos e todas, ao lado de uma cidadania onde ninguém se sinta fora do banquete, ou fora da casa/pátria.

Sim, podemos repetir que “Deus habita esta cidade”, porque em meio a tamanha pressa e tanta indiferença, tanto individualismo e tantos desencontros, nos lugares mais desertos e desconhecidos, Ele irrompe de novo para reorientar os rumos da história humano-divina. Aí está a mensagem do Natal!

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