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07 Outubro 2024

"O Escritório de Direitos Humanos da ONU (Ohchr) condenou imediatamente o ataque aéreo israelense em Tulkarem. De acordo com informações da agência, a maioria das pessoas mortas não estava armada nem era procurada pelas forças armadas israelenses. Civis, em suma, mortos em suas casas ou quando passavam na rua. O ataque, escreve a ONU em uma nota, 'é outro exemplo claro do recurso sistemático à força letal pelo exército israelense na Cisjordânia, força que muitas vezes é desnecessária, desproporcional e, portanto, ilegal. A derrubada de um prédio inteiro cheio de pessoas por um bombardeio aéreo mostra um flagrante desprezo pelas obrigações de Israel'", escreve Francesca Mannocchi, jornalista e documentarista italiana, em artigo publicado por La Stampa, 06-10-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

São duas horas da sexta-feira no hospital Thabet Thabet em Tulkarem quando as portas do necrotério são abertas. Lá dentro estão os corpos das vítimas do último ataque israelense a um dos dois campos de refugiados da cidade. O pior e mais mortal desde o início da ofensiva militar em Gaza.

Há dois dias, pela primeira vez desde a Segunda Intifada, um jato israelense bombardeou uma área densamente povoada de Tulkarem. Um prédio de três andares foi destruído. O número de vítimas no final das buscas foi de dezoito. Entre elas estava o alvo do ataque, o suposto líder do Hamas no campo, Zahi al-Oufi, acusado pelo Shin Bet, o serviço de segurança interna de Israel, de planejar um ataque a Israel no aniversário de 7 de outubro. Entrevistados pela Associated Press, tanto o exército israelense quanto o Shin Bet não forneceram maiores detalhes ou provas.

Zahi al-Oufi supostamente estaria no bar do andar térreo do prédio, junto com outros milicianos. Ao redor, as famílias do campo, crianças, mulheres. Crianças.

Uma família inteira foi morta, os Abu Zahra: Muhammad, um padeiro; sua esposa, Saja; e seus dois filhos, Sham, 8, e Karam, 6.

Os corpos das crianças são os últimos a sair do necrotério. Um de seus rostos está coberto por um lençol branco, o outro não. Os corpos estão estendidos, como os dos milicianos, em macas arrastadas pelos habitantes do campo, que desfilam primeiro para a mesquita e depois para o cemitério.

No local do ataque, Anas Khariwesh, um parente da família morta, conta como retirou os corpos dos escombros. O corpo de Karam, o menino mais novo, foi partido ao meio. Na casa em frente, Yasser Jibra chora seu filho Muhammad, de 14 anos. Suas fotos penduradas no muro do lado de fora da casa, onde seus amigos se reuniram, todos colegas com quem Muhammad jogava futebol. Todos disseram que ele queria ser um jogador de futebol profissional e que não queria saber nada de política ou armas.

Antes de sair para se juntar ao cortejo fúnebre, seu pai, Yasser, entra em casa, arruma o calção e as chuteiras na cama e estende o tapete para fazer as orações do meio-dia. Depois, antes de se despedir, apenas diz: “A raiva de nossos garotos não se combate com as bombas. As bombas são o motivo da raiva das pessoas do campo. Meu filho só queria jogar futebol”.

Condenação

O Escritório de Direitos Humanos da ONU (Ohchr) condenou imediatamente o ataque aéreo israelense em Tulkarem. De acordo com informações da agência, a maioria das pessoas mortas não estava armada nem era procurada pelas forças armadas israelenses. Civis, em suma, mortos em suas casas ou quando passavam na rua. O ataque, escreve a ONU em uma nota, “é outro exemplo claro do recurso sistemático à força letal pelo exército israelense na Cisjordânia, força que muitas vezes é desnecessária, desproporcional e, portanto, ilegal. A derrubada de um prédio inteiro cheio de pessoas por um bombardeio aéreo mostra um flagrante desprezo pelas obrigações de Israel”.

O uso repetido de força desnecessária e excessiva por parte de Israel, conclui a ONU, não é apenas incoerente com o direito internacional, mas “contribui para uma escalada de violência que corre o risco de colocar ainda mais em perigo a segurança de palestinos e israelenses”.

Como um eco das palavras do pai de Muhammad. Não se combate o terrorismo com as bombas.

Pelo contrário, analisando os números, as incursões e as bombas nos últimos anos demonstraram ter alimentado uma nova onda de radicalização e o ressurgimento de grupos armados.

O círculo vicioso

Vinte anos após o fim da Segunda Intifada, o exército israelense voltou a usar o poder aéreo na Cisjordânia, especialmente na parte setentrional do território ocupado, onde estão localizados os campos de Nur Sham, Tulkarem e Jenin, os mais afetados pelos ataques nos últimos meses. Na operação da época, Escudo Defensivo, o exército israelense tinha invadido várias cidades palestinas na Cisjordânia, destruindo infraestruturas, instituições e moradias civis em um valor estimado de milhões de dólares pelo Banco Mundial.

Os danos, é claro, não foram apenas materiais. Porque aquelas invasões, a memória da Segunda Intifada, contribuíram a amadurecer nas gerações seguintes, naqueles que eram crianças na época, um trauma sobre o qual as organizações de direitos humanos há muito tempo deram o alarme.

Todos os relatórios, na época como agora, colocavam como manchete “Impacto do trauma da violência sobre a saúde mental das crianças palestinas”. Crianças que não eram atingidas apenas diretamente por perdas dos pais ou parentes, mas também indiretamente. Necessidades de saúde não atendidas, interrupção das redes sociais, deslocamento.

“Os eventos traumáticos”, escreveram os pesquisadores 20 anos atrás, ”mudaram em relação ao conflito anterior, pois a maioria das crianças relatou ter assistido a imagens de corpos mutilados na televisão e testemunhado o bombardeio de pessoas e casas”. Era necessária uma solução política, a única opção de longo prazo para que aquelas crianças, as gerações futuras, não fossem condenadas a mais ódio, fanatismo e um ciclo interminável de violência. A solução política não aconteceu. E hoje, as crianças da Segunda Intifada cresceram. O exército israelense ainda realiza incursões e invasões regulares e voltou a bombardear os campos de refugiados.

Hoje, todos os palestinos falam da Cisjordânia como uma pequena Gaza. E caminhando pelas estreitas ruas de Tulkarem no dia seguinte ao ataque, não é difícil entender o porquê. Casas e ruas destruídas, apagões constantes. Crianças jogando bola com os pés em águas escorrendo da rede de esgoto, que também está destruída. Crianças sem recursos, sem esperança, que serão os adultos de amanhã. Os ataques continuam, cada vez mais frequentes, cada vez mais violentos, o objetivo sempre o mesmo: erradicar os grupos armados. Mas os grupos armados não param, pelo contrário. A cada incursão do exército, cresce o ressentimento entre a população local, pois o exército israelense não só não erradica os grupos armados nos campos de refugiados, como também fornece os meios que levarão ao recrutamento das gerações futuras.

Foi assim que aconteceu em Jenin, foi assim que aconteceu em Tulkarem, onde a intensificação dos ataques nos últimos anos funcionou como uma cola para as milícias, principalmente depois daquela que foi batizada de “Intifada da Unidade”. Era 2021, o ano da mobilização desencadeada por invasões violentas no Monte do Templo e no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém, o ano de uma revolta de 11 dias em Gaza, o ano em que a violência militar israelense na Cisjordânia foi retomada de forma significativa. Então, três anos atrás, muitos jovens desiludidos com a Autoridade Palestina, que pediam por direitos – sem serem ouvidos -, voltaram aos grupos armados. De forma ativa ou apoiando-os. Despertaram milícias antigas, como as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa do Fatah, se formaram a Brigada de Jenin e a Brigada de Tulkarem, aquelas que ontem arrastavam as vítimas do ataque em macas pelas ruas do campo, atirando para o alto, apoiadas por todos.

Pelos milicianos que observavam outros milicianos mortos, sabendo que eles poderiam ser os próximos.

Pelos civis que observaram as crianças mortas, sabendo que as próximas poderiam ser as suas.

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