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Silêncio e diálogo. Segredos de ser padre. Artigo de Timothy Radcliffe

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25 Novembro 2022

"Obediência significa abrir o coração e a mente uns aos outros, buscando juntos descobrir o que é bom e verdadeiro".

A seguir publicamos um trecho da manifestação de Timothy Radcliffe, teólogo e biblista, contida no livro assinado pelo Papa Francisco "Secondo lo stile di Dio: riflessioni sulla spiritualità del presbitero" (Segundo o estilo de Deus: reflexões sobre a espiritualidade do presbítero, em tradução livre, Libreria Editrice Vaticana). A obra apresenta a intervenção do pontífice no recente simpósio internacional "Por uma teologia fundamental do sacerdócio", realizado em fevereiro passado no Vaticano.

Segundo ele, "nenhum silêncio deveria ser infinito. Todo diálogo interrompido deveria ter sua manhã de Páscoa".

O artigo é publicado por Avvenire, 23-11-2022. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Eis o artigo. 

Entrei na Ordem dos Frades Pregadores com o desejo de me tornar um irmão entre outros irmãos. Chegado o momento da ordenação, tive algumas dúvidas: sempre me senti pouco à vontade diante de qualquer indício de clericalismo e havia aceitado ser ordenado porque meus coirmãos o desejavam e era útil para a pregação. Eu teria gostado de ler as palavras do Papa naquela oportunidade! De fato, Francisco afirma que a vocação ao sacerdócio ministerial descortina no padre “aquele potencial de Amor que recebemos no dia do nosso Batismo”. Foi exatamente isso que eu descobri também, experimentando também que, desde que sou sacerdote, “a vida sempre se complica maravilhosamente”. É através das complicações, das pequenas vitórias da graça e dos nossos próprios fracassos que acedemos à eterna simplicidade de Deus. Francisco examina as quatro formas de proximidade que estão na base desse amor: a proximidade de Deus, do Bispo, dos presbíteros, do povo.

“Um sacerdote é convidado em primeiro lugar a cultivar essa proximidade, a intimidade com Deus”: quando eu era um jovem frade, tinha dificuldade para entender o significado dessa afirmação. Tenho uma relação pessoal com o Senhor? Mantinha-me conscientemente em silêncio na capela, perguntando-me o que estava fazendo. Não ouvia nenhuma voz. Eu não conseguia pensar em Jesus como uma espécie de amigo invisível ao meu lado. Eu estava enganando a mim mesmo e aos outros ou os outros é que estavam iludidos?

Ainda assim, continuei esperando. Compartilhar esse silêncio com os coirmãos e amigos leigos me ajudou a esperar que um dia eu poderia perceber mais profundamente a proximidade de Deus.

Com o tempo o que cheguei a acreditar e a experimentar é que essa intimidade não significa que Deus está ao meu lado como uma pessoa está perto de outra. O fato que Deus se dirija a mim doa-me continuamente a existência. "Eu sou uma missão" (Evangelii Gaudium, n. 273), existo porque Deus me encontrou, como diz docemente Francisco, e a quem Deus chama à existência a cada momento. Na Bíblia, quando Deus se dirige a alguém, a resposta que geralmente recebe é Hineni: "Aqui estou". A minha identidade mais profunda reside naquela palavra: "Aqui estou". Permaneço sentado em silêncio, vulnerável diante de Deus, e deixo desvanecer qualquer outra sensação superficial de identidade.

Santo Agostinho diz a Deus: "Você estava comigo e eu não estava com você". Deus espera que eu volte para casa, para mim mesmo, onde Ele está pronto para me abraçar como o pai com o filho pródigo. Todas as vezes que perdi o sentido da minha vocação foi porque fugi daquele silêncio em que tenho a coragem de ser eu mesmo, nu diante de Deus e sem vergonha. Francisco costumava perguntar a seus sacerdotes em Buenos Aires como se preparavam para dormir à noite: "E você não vai até o Senhor, pelo menos para dizer boa noite?". Tenho que fazer isso com mais frequência, não basta apenas dizer "Bom dia".

Além disso, Francisco indica a desolação como um momento de encontro com Deus: “O caminho do deserto é o caminho que conduz à intimidade com Deus, contanto, porém, que não se fuja, que não se encontre maneiras de escapar desse encontro". Recentemente, fui operado de um tumor na mandíbula. Fiquei no hospital por cinco semanas. Por um tempo, minha percepção de quem eu era foi posta a dura prova. Escritor e pregador, eu não conseguia pensar com clareza e às vezes não fazia ideia de onde estava. Normalmente gosto de fazer muitas coisas, mas não conseguia fazer nada.

Naquela humilde condição de privação senti-me mais próximo do que nunca de Nosso Senhor que se encarnou numa criança indefesa, totalmente dependente dos outros. Por dias e dias sofri de uma sede terrível, mas a única coisa que podia fazer era umedecer os lábios. Pensava obsessivamente na sede que atormentava Israel enquanto vagava pelo deserto e repetia para mim mesmo: "provei-te nas águas de Meribá" (Salmo 81,7). Naquele deserto árido encontrei o homem que disse à samaritana junto ao poço: "Dá-me de beber" (João 4, 7) e que morreu sedento na cruz. Em tal desolação, tudo o que realizamos é como um nada, desmoronam as imagens que montamos de nós mesmos e nos encontramos ao lado do Filho do homem que se fez último. [...]

Conheci muitos bispos excelentes, mas apenas um foi um verdadeiro pai para mim: Francisco, bispo de Roma.

Após a cirurgia, dormi por quase 30 horas, recobrando a consciência apenas por poucos instantes enquanto estava a sala de terapia intensiva; naquele período, o meu prior me trouxe um bilhete escrito à mão para mim. Vinha de Francisco. É um exemplo típico da forma como exerce a sua paternidade episcopal: o Papa realiza milhares de telefonemas, bate à porta de dezenas de pessoas e escreve cartas de próprio punho que sempre surpreendem quem as recebe. Francisco começa sua reflexão sobre a proximidade com o bispo falando da obediência. Esta “não é um atributo disciplinar, mas a característica mais forte dos laços que nos unem em comunhão”. Comporta diálogo, escuta, em alguns casos até tensões, mas nunca ruptura. Como dominicano, esta é a obediência que devo, assim como a Deus, também aos meus coirmãos reunidos no Capítulo ou aos meus superiores. Na tradição dominicana, a obediência não é tanto uma submissão da vontade, mas uma abertura dos ouvidos – ob-audire – e, portanto, da mente. O teólogo dominicano Herbert McCabe escreveu: “A obediência torna-se perfeita quando quem manda e quem obedece passam a compartilhar a mesma visão. A obediência cega, em nossa tradição, não faz mais sentido do que o aprendizado cego. Obediência significa abrir o coração e a mente uns aos outros, buscando juntos descobrir o que é bom e verdadeiro.

A obediência, portanto, está enraizada no diálogo. Sobretudo naquele momento comunitário que é o capítulo, nós, frades, procuramos dialogar com os irmãos com quem estamos em desacordo, tentando entender por que eles acreditam em coisas que nos parecem erradas. A obediência requer a capacidade de entrar em sua experiência, a inteligência para entender as verdades que guardam, a humildade para aprender com eles. O sacerdote deve se destacar na arte da conversa. [...] A unidade nas dioceses e nas paróquias não consiste numa uniformidade resultante da imposição, mas num diálogo contínuo que alarga e melhora a nossa mente superando divisões étnicas, ideológicas e geracionais. Compartilhamos assim a vida da Palavra de Deus, cujo ministério foi um diálogo contínuo com amigos e inimigos, autoridades religiosas e mendigos até ser silenciado na cruz. No terceiro dia, porém, o diálogo recomeçou no jardim: “Maria” – “Rabuni”. Nenhum silêncio deveria ser infinito. Todo diálogo interrompido deveria ter sua manhã de Páscoa.

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