28 Setembro 2022
A reportagem é de Giancarlo La Vella, publicada por Religión Digital, 28-09-2022.
A guerra e os efeitos da pandemia na economia, o aumento progressivo do preço dos bens de consumo e da energia, a falta de trabalho. Estas são algumas das causas que estão a levar 95,4 milhões de cidadãos europeus, praticamente um em cada cinco do Velho Continente, à beira da pobreza.
Alarmantes são os dados publicados pelo Eurostat, instituto de estatística da Comissão Europeia, referentes ao ano de 2021, do qual se desenha um panorama preocupante de qual poderá ser o futuro econômico de mais de 20% da população europeia, futuro caracterizado por forte ajuste de estilo de vida.
Mais de 73 milhões de pessoas estão em risco de pobreza, enquanto quase 30 milhões vivem em situação familiar agravada pela falta de trabalho.
Tudo isso corre o risco de causar uma grave exclusão social para muitas famílias.
Em entrevista à agência noticiosa Sir, Maria Nyman, secretária-geral da Caritas Europa, confirma que a organização já respondeu aos pedidos de ajuda de um número crescente de pessoas que se deslocaram às instalações da Caritas durante a pandemia. São cidadãos que perderam o emprego ou cujos rendimentos, muitas vezes provenientes de empregos não regulares, não são suficientes para cobrir as despesas familiares.
Esta tendência negativa, segundo Maria Nyman, vai continuar por muito tempo, provocando um novo aumento da pobreza. Para lidar com esta situação delicada, salienta, a Caritas deve, por sua vez, receber o apoio necessário.
Para a Caritas Europa, é necessária uma ação legislativa específica para alcançar uma diretiva de renda mínima para garantir que os desempregados em toda a Europa tenham os meios necessários para cobrir suas necessidades básicas e as de suas famílias.
O fim da pobreza até 2030, um dos mais importantes Objetivos do Milênio, corre o risco de não ser alcançado, de fato a pobreza está crescendo em muitos países.
