EUA. O Kansas conservador diz não à proibição do aborto na Constituição

Os eleitores votaram com grande maioria contra uma emenda que teria cancelado a garantia no estado conservador do Centro-Oeste, reduto republicano. Um teste importante para o pais inteiro. Biden: "Resposta à sentença extremista da Corte".

A reportagem é publicada por La Repubblica, 03-08-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

Os eleitores do Kansas votaram com grande maioria contra uma emenda que cancelaria a garantia constitucional ao aborto no estado conservador do Centro-Oeste, reduto republicano.

De acordo com a Associated Press, com 77% das cédulas escrutinadas, 69,1% dos eleitores votaram contra a emenda e 38,2% se expressaram a favor de um aperto que teria colocado a Constituição do Kansas em linha com a recente discussão da Suprema Corte que removeu a proteção federal do direito de aborto.

Quarenta dias após a decisão da Suprema Corte de revogar o direito federal ao aborto sancionado pela sentença no Roe v. Wade de 1973, o teste do Estado do Meio-Oeste representa um teste para todo o país. O Kansas, coração rural dos Estados Unidos, é um estado trumpiano, mas disse não a proibição do aborto a ser sancionada diretamente na constituição estatal.

"A decisão extremista da Suprema Corte de derrubar a decisão Roe v Wade colocou a saúde e a vida das mulheres em risco. Hoje à noite, o povo estadunidense se expressou a respeito." Assim Joe Biden comentou os resultados do referendo no Kansas, onde "os eleitores foram votar em números recordes para rejeitar as tentativas extremistas de emendar a Constituição" anulando a proteção do direito ao aborto.

"Este voto afirma claramente o que já sabemos: a maioria dos estadunidenses acredita que as mulheres devem ter acesso ao aborto e ter o direito de fazer suas próprias escolhas sobre a saúde", continuou o presidente incentivando o Congresso "a ouvir a vontade do povo estadunidense e restaurar as proteções da Roe com uma lei federal".

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