Frequência de fiéis diminui em igrejas estadunidenses

Relatório da Convenção Geral da Igreja Episcopal dos Estados Unidos, divulgado na semana passada, relata queda de 61,72 mil membros em 2020, assim que o número de membros batizados diminuiu de 1,798 milhão, em 2019, para 1,736 milhão no ano passado.

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista. 

"De 2019-2020, os casamentos em toda a denominação caíram de 6.484 para 3.530, uma redução de 46% (mais 309 casamentos foram realizados online em serviços virtuais). O batismo de crianças caiu de 19.716 para 7.286, uma queda de 67%. O batismo de adultos caiu de 3.866 para 1.649, queda de 57%”, informa o relatório.

Também o comparecimento a cultos apresentou números decrescentes, dado constatado antes mesmo do bloqueio imposto pelas autoridades em decorrência da pandemia. A frequência às celebrações dominicais diminuiu de 547 mil em 2019 para 483 mil em 2020. Em 2011, a participação em missas foi de 698 mil pessoas.

A queda de pessoas vinculadas a congregações religiosas não é um fenômeno restrito à grei episcopal. Ela está dentro do quadro de declínio geral da afiliação religiosa nos Estados Unidos e do envelhecimento demográfico. Na análise de Michael Gryboski, do The Christian Post, a teologia liberal da igreja levou fiéis conservadores a trocar de denominação.

O fenômeno também foi constatado pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, registrado no relatório apresentado no seu Concílio Anual de 2021, reunido de forma híbrida em Silver Spring, Maryland, no domingo 10 de outubro. Pela primeira vez, em 16 anos, o número de novos fiéis caiu, de 1,3 milhão em 2019 para cerca de 800 mil em 2020.

O diretor do Departamento de Arquivos, Estatística e Pesquisa da Igreja Adventista, David Trim, atribuiu a diminuição de novos membros à pandemia, que provocou a diminuição das reuniões de evangelismo público e o declínio no testemunho pessoal, o que ele denominou de “importância crucial no contato interpessoal”.

A Igreja Adventista dos Estados Unidos registra estatísticas há 56 anos. Desde 1965, mais de 42 milhões de pessoas se juntaram à denominação, com uma taxa de perda líquida (entre os que faleceram e se afastaram) de quatro em cada dez, ou 41%, um aspecto em que a igreja deve dar mais atenção, defendeu Trim. As perdas em 2020 somaram 564 mil pessoas, um dado mediano nos últimos 15 anos.

Mesmo durante a pandemia, informa a Rede Adventista de Notícias (RAN), 40 novas famílias missionárias chegaram aos locais de acolhimento, somando-se às 373 famílias missionárias atuando na Missão Global da instituição, responsável pela abertura , em 2020, de 1,7 mil igrejas novas em todo o mundo, o que dá uma média de uma igreja a cada 5 horas.

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