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O Linhão e suas mazelas

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08 Outubro 2021

 

"O conceito de desenvolvimento na História Oficial, portuguesa e brasileira, referente à Amazônia, tem ligação com a alienação dos povos da região, com o (des)envolvimento de sua terra e com a transferência das riquezas naturais para outras partes do mundo, sem objetivar o bem-estar da população local e regional", escreve Egydio Schwade, filósofo e teólogo, um dos fundadores do Conselho Indigenista Missionário - CIMI e primeiro secretário executivo da entidade, em 1972.

 

Eis o artigo.

 

A Subestação da Linha de Transmissão Manaus-Boa Vista, a ser instalada no Km 152 da BR-174, se destina a fornecer energia às pedreiras e madeireiras que são atualmente os maiores instrumentos da depredação nesta área e sem um retorno para o município, além de arruinarem a rodovia, obrigando o povo a pagar permanentemente uma empresa de manutenção.

Do município saem diariamente mais de 300 caçambas de minério sem fiscalização alguma. Além das pedreiras de brita ao longo da BR-174, o minério vem do Pitinga, uma das maiores minas de minérios estratégicos atualmente em atividade no mundo. Dela saem ouro, criolita, tântalo, ítrio, zirconita, estanho ou cassiterita e outros. Desde 1981, todos esses minérios saem desta mina, como se se tratasse apenas de cassiterita ou estanho. Entretanto, basta acompanhar a história da Paranapanema no Pitinga, para se constatar que não é só de cassiterita que ela vive. Assim, por exemplo, no dia 21 de setembro de 1989 o jornal A Crítica de Manaus sob o título “Matéria-prima não falta em Pitinga” noticiava: “Segundo o cel. Nelson Dornelles, assessor da presidência da empresa, a Mineração Taboca pretende, ainda, iniciar a exploração de outros minérios existentes na área como a columbita e tantalita, nióbio e terras raras.

 

Região da TI Waimiri-Atroari (Foto: Instituto Socioambiental - ISA)

 

O custo do investimento, segundo Dornelles, é difícil de ser explicitado em valor estático, ‘embora possamos afirmar que até hoje já foram investidos mais de 180 milhões de dólares de recursos próprios da empresa nesse projeto, de 1982 até hoje” ao revelar que para este ano o nível de investimento está previsto para mais de 45 milhões de dólares e, nos anos subsequentes, os níveis de investimentos serão condizentes com os objetivos de ampliação do complexo.” E o jornal Amazonas em Tempo de 3 de janeiro de 1992, sob o título “Paranapanema investe US$ 22 milhões para produzir Criolita no Pitinga” refere que a empresa objetiva “na implantação de uma unidade com capacidade para produzir aproximadamente 25 toneladas por ano de criolita natural, um mineral utilizado como insumo pela indústria de alumínio e de abrasivos.”

Refere ainda que o investimento colocará o Brasil em uma posição de destaque no cenário mundial, uma vez que o país poderá tornar-se o único produtor mundial do minério. A única produtora mundial deste mineral, a Groenlândia, paralisou suas atividades em 1989, devido a exaustão de suas reservas”. “Dentro de seis meses a Paranapanema terá concluído os estudos de pré-viabilidade técnico-econômica para a exploração comercial da reserva”. Até hoje não apareceu nem o volume explorado e muito menos quanto foi pago em royalties e impostos. Mas pode alguém crer que não houve nenhum retorno para a empresa além do estanho ou cassiterita com tanto investimento feito?

 

Interligação da usina de Tucuruí, na Amazônia (Foto: Divulgação/2013/PAC)

 

No dia 27 de setembro de 1989 o vereador Serafim Corrêa denunciou: “em 1987, a Paranapanema faturou com a nossa cassiterita NCZ$ 1.789.500.069,00 (um bilhão setecentos e oitenta e nove milhões e quinhentos e sessenta e nove mil cruzados novos), enquanto a Prefeitura de Manaus, para dar de comer, beber, vestir, educar e cuidar de uma população acima de um milhão e trezentos mil habitantes recolheu NCz$ 1.300.000.000,00, ou seja, 37,61% a menos. É, portanto, uma cidade dentro da outra”. (Diário do Amazonas – 27-09-89).

Um dia ouvi o Prefeito de Presidente Figueiredo se queixar na Câmara Municipal da nova direção da mineradora, hoje em mãos de estrangeiros, que a mesma já atuava há mais de um ano no município sem sequer se ter apresentado ao mandatário do município. E, na mesma oportunidade, um vereador afirmou que as firmas que exploravam as pedreiras no município não pagavam imposto algum, deixando apenas os buracos na estrada.

 

Mapa do Linhão (Foto: Wikimedia Commons/Anderson PV)

 

Sobre os minérios que saem da mina do Pitinga não existem registros nos informativos nacionais e mundiais. E não existe fiscalização alguma, como refere o geógrafo da Universidade Federal do Amazonas, Professor José Aldemir de Oliveira em sua tese de doutorado, “Cidades na Selva”. Escreve o Prof. José Aldemir:

[...] “o volume arrecadado parece estar aquém do devido, em decorrência da sonegação e da inércia do Estado que não criou mecanismos de fiscalização. Em 1991, a Associação Profissional dos Geólogos do Amazonas estimou a perda de receita, somente no projeto Pitinga, da ordem de US$ 63 milhões.”(p.176).

‘Um funcionário da SEFAZ - prossegue José Aldemir - descreveu o mecanismo de fiscalização: “Não sabemos na verdade quanto nem o que está sendo fiscalizado. Mesmo que parássemos as carretas e fiscalizássemos, teríamos dificuldades para identificar se o minério que a empresa diz ser cassiterita realmente o é. Então não fazemos nenhuma fiscalização. Mensalmente, um funcionário da Taboca nos telefona comunicando o número da guia e o valor correspondente que eles recolheram ao Banco referente ao imposto.” (p.177).

E conclui:

[O] “município de Presidente Figueiredo é sintomático, pois apesar de possuir o maior percentual de arrecadação de todo o interior do Estado, a cidade que lhe serve de sede nada tem, quer do ponto de vista urbanístico, quer do social, que a identifique como tal, sendo tão pobre quanto as demais cidades do interior do Amazonas. Esta contradição deve ser a base da análise dos grandes projetos na Amazônia, especialmente porque é a partir dela que o espaço é produzido.

Há uma grande distancia entre os grandes projetos desenvolvidos na Amazônia e as populações locais. No caso específico aqui analisado, estabeleceu-se um processo de destruição da natureza e das relações sociais preexistentes. Numa primeira visão, pode-se dizer que nada de positivo foi introduzido na vida das pessoas. Ao contrário, retiraram-lhe parte das condições de sobrevivência, não apenas econômica, mas também social, cultural e política. “É como se elas não existissem ou, existindo, não tivessem direito ao reconhecimento de sua humanidade” (OLIVEIRA, José Aldemir. Cidades na Selva. Valer: Manaus, 2000 (pp. 178-179).).

 

Reunião dos Waimiri Atroari(Foto: ACWA)

 

Ora, se a observação acima se refere ao controle de uma das mais importantes minas do país, que tipo de controle realmente ocorrerá sobre as pedreiras e as madeireiras da BR-174 que serão as favorecidas com a Subestação da Linha de Transmissão Manaus-Boa Vista a ser instalada na BR-174 no Km 152? Assim o Linhão, como a BR-174, são “veias abertas” da Amazônia e o nosso dinheiro vai sendo utilizado para construir absurdos que desde a sua concepção contradizem qualquer princípio humanitário.

O conceito de desenvolvimento na História Oficial, portuguesa e brasileira, referente à Amazônia, tem ligação com a alienação dos povos da região, com o (des)envolvimento de sua terra e com a transferência das riquezas naturais para outras partes do mundo, sem objetivar o bem-estar da população local e regional. 

 

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