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São José, padroeiro da boa morte. Artigo de Leonardo Boff

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23 Março 2021

 

"No dia 19 de março, celebrou-se no mundo cristão a festa de São José. Demorou cerca de 15 séculos para a grande instituição-Igreja (Papa, bispos e padres) conceder-lhe algum valor e sentido. Ela não sabia o que fazer com São José, pois ela é uma Igreja da palavra e ele não proferiu nenhuma", escreve Leonardo Boff, teólogo, filósofo e escritor. 

 

Eis o artigo.

 

Um manto de tristeza e de desamparo se estende sobre o inteiro planeta, especialmente, sobre o nosso país. Somos vítimas de um governo cujo chefe de Estado é dominado por uma inequívoca pulsão de morte que o torna insensível aos quase 300 mil vitimados pelo Covid-19 e incapaz de palavras de solidariedade aos familiares e até aos auxiliares próximos falecidos. Parece que sofreu uma lobotomia, tornando-se indiferente à dor e à tragédia humana.

No dia 19 de março, celebrou-se no mundo cristão a festa de São José. Demorou cerca de 15 séculos para a grande instituição-Igreja (Papa, bispos e padres) conceder-lhe algum valor e sentido. Ela não sabia o que fazer com São José, pois ela é uma Igreja da palavra e ele não proferiu nenhuma. Guardou sempre silêncio e só teve sonhos. Como nos ensinam os psicanalistas, o sonho também é uma forma de comunicação, das dimensões do profundo humano, dos arquétipos mais ancestrais onde se aninham os “Grandes Sonhos”(C.G.Jung), os medos, as preocupações e esperanças da humana existência. Só em 1870 foi proclamado Patrono da Igreja Universal, não pelo Papa Pio IX mas pela Congregação dos Ritos.

Na verdade, ele é mais o patrono da Igreja-povo-de-Deus, dos humildes, dos anônimos, da “gente boa” trabalhadora do que da Igreja-grande-instituição. São eles que vivem, sem muita reflexão, os ideais de seu filho Jesus, de boa vontade, de amor, de solidariedade e de reverência face ao mistério da vida e da morte. Eles deram o nome de José a homens e também a mulheres (com por exemplo, Maria José), a cidades, a ruas, a instituições públicas e a escolas.

O Papa Francisco convocou os fiéis para, durante um ano, refletirem sobre a relevância da figura de São José, especialmente como pai numa sociedade sem pai ou do pai ausente. Publicou uma Carta Apostólica “Patris corde” (coração de pai ou pai de coração) na qual em sete pontos delineia suas principais características: “um pai amável, pai de ternura, pai de obediência, pai de acolhida, pai de coragem criativa, pai trabalhador e pai na sombra”.

Reprodução da obra José e a Encarnação de Deus, de Beate Heinen (1991)

 

No atual contexto, cabe recordar uma devoção muito popular, a de São José, padroeiro da boa morte, já que a morte se alastra sobre o mundo e no Brasil faz as maiores vítimas junto com os EUA.

As informações sobre a morte de São José se encontram apenas num evangelho apócrifo (não canônico) “A história de José, o carpinteiro” escrito entre o século IV e V no Egito (edição da Vozes de 1990). Trata de uma longa narrativa na qual Jesus conta aos apóstolos como era seu pai José e como morreu.

O apócrifo contextualiza sua vida e sua morte, testemunhando que, ao voltar do exílio forçado no Egito, foi viver em Nazaré, onde “meu pai José, o ancião bendito, continuou exercendo a profissão de carpinteiro e, assim com o trabalho de suas mãos, pudemos nos manter; jamais se poderá dizer que comeu seu pão sem trabalhar” (capítulo IX). Narra ainda que “eu chamava a Maria de minha mãe e a José de meu pai; obedecia-lhes em tudo o que me ordenavam, sem me permitir replicar-lhes uma palavra; ao contrário, dedicava-lhes sempre grande carinho”(c. XI).

Mas chegou um momento, já em avançada idade, que adoeceu: “perdeu a vontade de comer e de beber; e sentiu vacilar a habilidade no desempenho de seu ofício” (c. XV). Narra com pormenores que, deitado na cama, “ficou extremamente agitado” e começou a se lamentar proferindo muitos ais (c. XV e XVI). Ao ouvir tais ais Jesus diz: “penetrei no aposento em que se encontrava e saudei-o: salve, José, meu querido pai, ancião bondoso e bendito”. Ao que José retrucou: “Salve, mil vezes, querido filho! Ao ouvir tua voz, minha alma cobrou a sua tranquilidade (c. XVII).

Não demorou muito e ocorreu o desenlace: “meu pai exalou sua alma com um grande suspiro” (c. XXI). E conclui: “eu então, me atirei sobre o corpo de meu pai José; fechei seus olhos, cerrei sua boca e levantei-me para contemplá-lo”(c. XXIV). No momento em que é levado ao túmulo, comenta Jesus: “Veio-me à mente a recordação do dia em que me levou ao Egito e das grandes tribulações que suportou por mim. Não me contive e lancei-me sobre seu corpo e chorei longamente”(c. XXVII).

Por fim, terminando sua narrativa, Jesus faz um pedido aos apóstolos: “Quando fordes revestidos de minha força e receberdes o Sopro de meu Pai, isto é, do Espírito Paráclito e fordes enviados a pregar o evangelho, pregai também a respeito de meu querido pai José” (c. XXX).

Com esta pequena reflexão estamos cumprindo o mandato de Jesus. Oxalá São José acompanhe com sua força e carinho paterno os milhares que estão nas UTIs lutando por suas vidas, contra este terrível ataque que a Mãe Terra desferiu contra a humanidade, mandando-nos o Covid-19 como sinal: não prolonguem o estilo de vida consumista e devastador dos bens e serviços limitados da natureza; assumam um novo modo sustentável de vida e estabeleçam um laço de amor e de respeito para com a natureza e para com todos os seus seres, nossos irmãos e irmãs dentro da Casa Comum, o planeta Terra, nossa grande e bondosa Mãe.

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