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“A dignidade humana deve estar no centro de todas as estruturas.” Entrevista com a Ir. Patricia Murray

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29 Janeiro 2021

A Ir. Patricia Murray, das Irmãs de Loreto, tem muito o que fazer. Como secretária executiva da União Internacional das Superiores Gerais (Uisg), com sede em Roma, ela pode ser descrita como a “freira mais importante” de uma organização cujos membros incluem cerca de 2.000 superioras de ordens religiosas femininas.

A reportagem é de Loup Besmond de Senneville, publicada em La Croix International, 27-01-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Essas “madres superioras”, como as líderes de congregação eram chamadas antigamente, representam cerca de 600 mil religiosas em todo o mundo.

A Ir. Pat, como é comumente conhecida, foi eleita para seu cargo na Uisg em abril de 2015.

Mas, nos oito anos anteriores, a freira irlandesa foi diretora executiva do projeto “Solidariedade com o Sudão do Sul”, fundado em 2005 e que envia religiosos e religiosas à nação mais jovem da África para oferecer saúde, educação e serviços pastorais às pessoas.

O correspondente permanente do La Croix no Vaticano, Loup Besmond de Senneville, conversou com a Ir. Pat sobre o trabalho dela na Uisg em uma ampla conversa que abrangeu o coronavírus, o papel emergente das mulheres na Igreja e como as religiosas estão ajudando o comunidade católica a lutar contra os abusos.

Eis a entrevista.

Como as congregações e comunidades de religiosas estão lidando com a crise de saúde?

De muitas maneiras, estamos passando por esta crise como todo mundo. Bem no início da pandemia, algumas comunidades religiosas, especialmente no norte da Itália, onde há muitas comunidades para irmãs idosas, ou na Espanha, foram duramente atingidas. Como todo mundo, não nos demos conta de que esse vírus era tão perigoso e contagioso. Quando você vive em comunidade, rezando e comendo juntas, o risco de infecção é extremamente alto. A Covid é uma assassina silenciosa. Percebemos que éramos muito vulneráveis e muito dependentes dos outros e de Deus. Experimentamos a interconexão de que tanto se fala. Sim, o mundo está interconectado, para o bem e para o mal.

Que necessidades as religiosas expressaram?

Muitas perguntas surgiram, de todos os tipos. Podemos rezar juntas? Como lidamos com o estresse e a ansiedade? Você pode nos ajudar a entender melhor o clima e o meio ambiente? Organizamos cerca de 50 seminários online para incentivar o intercâmbio entre as religiosas, abordando esses temas, assim como os da interculturalidade e da liderança.

E do ponto de vista financeiro?

Para apoiá-las, criamos um fundo de solidariedade. Até o momento, arrecadamos 1,8 milhão de dólares por meio de várias fundações, assim como de grandes congregações ansiosas por ajudar as mais frágeis. Redistribuímos essas quantias àquelas que mais precisam delas, o mais próximo possível das necessidades locais. Na maioria das vezes, esse dinheiro foi usado para comprar materiais para comunidades, paróquias e hospitais, como luvas e máscaras. Mas também foi usado para comprar comida para pessoas que passam fome. O risco que a pandemia representa para nós é também o de nos isolarmos. É claro que devemos nos proteger, mas nunca devemos esquecer aqueles que precisam de ajuda e se encontram nas situações mais difíceis.

Como devemos entender esta pandemia?

A pergunta que é feita cada vez mais hoje é como responder a esta situação de uma forma mais profunda.

A que esta pandemia está nos chamando, também em um nível espiritual?

Muitas pessoas estão dizendo que sentem falta da vida de antes, que o mundo depois não será mais o mundo de antes. O que isso significa? Agora que experimentamos a nossa fragilidade e a nossa necessidade do outro, podemos criar um mundo mais justo e compassivo? Ainda é muito cedo para responder a todas essas perguntas, mas precisamos fazer algumas reflexões teológicas. Nos últimos dias, iniciamos um grupo de 28 religiosas teólogas que estão refletindo juntas e começando a escrever sobre o impacto da Covid.

Há poucos dias, o Papa Francisco decretou que as mulheres podem ser instituídas nos ministérios leigos do leitorado e do acolitado. Isso parece importante para você?

É um grande passo na Igreja e para a missão de Cristo no mundo hoje. Ele formaliza o que já estava sendo realizado em muitas paróquias. No entanto, ao reconhecer a importância dos ministros leigos na Igreja, eu acredito que o papa está nos desafiando em relação à responsabilidade dos leigos, homens e mulheres, e a sua importância. O desafio que fica é o da formação teológica para esses ministérios. Os leigos precisam estar mais bem preparados para eles. Isso também diz respeito às religiosas, que são leigas.

Alguns pedem que a Igreja vá mais longe, especialmente permitindo que as mulheres preguem. O que você acha disso?

Na Igreja, a mudança sempre vem lentamente. A lei muitas vezes segue a prática, como é o caso aqui, com a possibilidade de as mulheres serem leitoras e acólitas. Esse pode ser apenas um passo rumo a algo mais. Porém, toda mudança vem depois de um longo discernimento, que permite levar em conta as diferentes realidades das Igrejas locais, ouvindo as suas necessidades e também o “sensus fidei” do Povo de Deus. Quando o Papa Francisco abre tais possibilidades, ele não age sob a pressão deste ou daquele grupo, mas discerne profundamente o que a Igreja é chamada a fazer. A questão, portanto, não é tanto propor mudanças, mas escutar o Espírito para permitir que ele atue e, no fim, faça a Igreja evoluir.

Você é irlandesa e uma líder religiosa: como reagiu ao relatório do governo irlandês de que 9.000 crianças morreram entre 1922 e 1998 nas antigas casas para mães solteiras?

Eu senti muita vergonha e tristeza por um sistema em que a Igreja era cúmplice. Eu pensei: nunca mais! Como é possível que esses atos tenham ocorrido? Que a sociedade possa ter sido cúmplice? A Igreja Católica, que na época nunca deixou de descrever como vergonhoso ter um filho fora do casamento, também teve um papel.

Como podemos garantir que isso não ocorra novamente?

Essa pergunta vai muito além da Irlanda. Isso nunca deve ocorre de novo em nenhum lugar do mundo. Não tenho palavras para isso... É uma grande tristeza. E hoje, ao falar com você sobre isso, minha dor me impede de falar. O papel da Igreja, e mais particularmente dos religiosos e religiosas, é ser profético, se opor às injustiças onde quer que elas sejam cometidas. Eu vejo esse drama como um chamado poderoso e profundo para renovar esse aspecto profético da nossa vida religiosa. No entanto, isso também levanta a questão das estruturas. Devemos estar cada vez mais atentos às causas estruturais dos abusos de todos os tipos, sejam de poder ou sexuais.

As estruturas religiosas podem, de fato, levar a abusos. Para evitar isso, devemos ter sempre como objetivo colocar a dignidade da pessoa no centro de toda estrutura, de todo sistema. Precisamos lembrar que o que nos guia deve ser o Deus da misericórdia e da ternura, não um Deus do julgamento. Essa é uma lição profunda que nunca devemos esquecer. Para as freiras de todo o mundo, eu nunca deixo de dizer: “Tenham em mente que o que vocês fizerem hoje, mesmo com as melhores intenções do mundo, será julgado amanhã”.

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