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Ɨatsaku – coração corajoso: a pandemia da Covid-19 aos olhos das crianças indígenas

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04 Novembro 2020

O impacto da pandemia nas comunidades indígenas da Amazônia tem sido um duro golpe para uma sociedade marcada pelo cuidado com a vida. Muitos foram embora, e isso deixou uma lembrança de saudade que não será fácil de superar. Numa tentativa de aliviar a dor, a Rádio Ucamara, na cidade de Nauta, na Amazônia peruana, fez um vídeo com um grupo de crianças no qual eles se expressam sobre tudo o que aconteceu nos últimos meses.

A reportagem é de Luis Miguel Modino.

 

Como Daniela Andrade conta, "Sonhei com meu avô, e nesse sonho ele me disse algo que me havia dito quando estava vivo: Você tem um coração muito forte. Agora posso entender porque ele sempre disse isso", disse Miguel Angel, quando perguntamos às crianças como elas haviam vivenciado a quarentena.

Foto: captura de tela enviada por Luis Miguel Modino

Através das vozes das crianças, Daniela Andrade está nos ajudando a entender uma realidade que excede nossa capacidade de compreender, ainda mais quando se trata de crianças. Isto é o que acontece com Jack, que esfrega suas mãozinhas nos olhos, que se enchem de lágrimas, como se expulsasse tudo o que havia sido guardado por muito tempo. Ele disse que seus primos ficaram sem sua mãe e isso foi muito triste. "Mamãe, quem vai cuidar de nós se você e meu papai morrerem por causa da COVID-19", perguntou Martin, de 9 anos, à mãe dele. Quantas coisas devem ter passado pela cabeça dele antes de ele chegar a essa pergunta!

A pandemia ajudou os pequenos indígenas da cidade de Nauta a ter uma visão diferente da realidade, como diz Miguel, porque "quando olhei para a rua, tudo estava vazio e escuro. Durante este tempo, comecei a desenhar e criar quadrinhos e personagens, percebi que sou bom com meu lápis”. Com a quarentena veio o silêncio, uma oportunidade para algo diferente, "no silêncio, você pode ouvir os passarinhos, os sapos".

Foto: captura de tela enviada por Luis Miguel Modino

As crianças não estavam alheias ao que estava acontecendo, não só perto delas, mas em todo o mundo, porque, como diziam, na TV todos os dias havia notícias dos mortos, que em todos os países morriam pessoas e isso era assustador: "Eu não queria que nada acontecesse com minha família". Esta é Melissa, que aos 11 anos de idade experimentou como com a quarentena veio o medo, uma angústia que não tinha explicação, uma rotina que tinha muitas proibições.

Mas também na Amazônia, muitas famílias que vivem na cidade optaram por se isolar e retornar às suas chácaras. Os povos amazônicos sempre buscaram seus próprios caminhos para superar as ameaças externas, algo que lhes permitiu sobreviver até hoje. Jack se lembra do que fez durante aquele tempo de isolamento, "lá nos banhamos na ravina, comemos o caimito que já estava caindo, os cantos dos animais, eles nos faziam sentir como se nada estivesse acontecendo". Ele e sua família vivem em um dos muitos assentamentos humanos presentes nas cidades amazônicas, verdadeiros aglomerados de casas onde a quarentena é quase impossível. É por isso que deixaram a cidade para ir para sua comunidade, com a quarentena vieram os distanciamentos.

Foto: captura de tela enviada por Luis Miguel Modino

As crianças também contam como os povos indígenas, diante do abandono dos estados, que em muitos casos não cuidaram da saúde do povo, recorreram à medicina natural e aos cuidados tradicionais, tão típicos das culturas desses povos originários. "Minha mãe costumava fazer chá com alho, toranja, cebola. Costumávamos nos lavar com muco e sachajo. Este chá era muito ruim, mas eu ainda o bebi porque não queria pegar a doença. Um dia fiquei com febre e tosse, e com aqueles chás que minha mãe nos deu, ficamos curados", diz Maria Celeste, 8 anos. Segundo a menina, "Em minha comunidade, durante a quarentena, meu avô me explicou sobre as plantas e para que elas serviam. Não houve atenção no posto médico e todos nós tomamos preparados vegetais, e ninguém morreu”.

As crianças tiveram que cuidar de seus irmãos mais novos: "Eu costumava cuidar de meu irmãozinho, porque meus pais saíam para trabalhar", diz um deles. Isto foi agravado pelo fato de que muitas crianças na Amazônia passavam fome, outras não conseguiam se conectar com suas aulas virtuais. Alguns caíram na luta contra a pandemia. Muitos nasceram, quebrando o silêncio com seu choro, como uma canção de vida nova.

Foto: captura de tela enviada por Luis Miguel Modino

Os pequenos não perderam a esperança de dias melhores, "queremos ver novamente as pessoas que amamos, embora tenhamos tido que estar distantes, os corações não foram separados. Não gostamos de usar a máscara, mas podemos ver com nossos olhos, quando as pessoas estão rindo". Uma nova leitura da vida que nos ensina e uma sociedade que pode descobrir neles a força daqueles que não desistem em seus esforços para continuar sonhando.

Foto: captura de tela enviada por Luis Miguel Modino

Por esta razão, Daniela Andrede nos lembra que as crianças da Amazônia viveram esta pandemia a partir de seus sonhos, de sua história, da compreensão de sua sensibilidade e de suas formas de ver o mundo, como o medo e a dor monopolizaram o planeta. Eles também sentiram o abandono, a injustiça, os estômagos vazios. Na Amazônia, muitas crianças sofrem de anemia grave, seus corpos também têm alergias e hematomas devido à poluição e à indiferença. Mas seus rostos também são as mesmas razões para a humanidade insistir em novas formas de ser, de viver juntos após saírem deste confinamento. Eles são as grandes vítimas dos estados desta região.

Foto: captura de tela enviada por Luis Miguel Modino

E são as crianças "com um coração muito forte, por menor que seja" que, de sua esperança, de sua canção, de sua coragem, como grandes heróis nestes tempos, nos desafiam, que é possível unir corações e construir tempos melhores.

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