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“Quando falamos de velhice, falamos de um fenômeno marcadamente feminino”. Entrevista com Isolina Dabove

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22 Agosto 2020

A pandemia que atinge o mundo colocou em primeiro plano a importância dos cuidados e a vulnerabilidade das pessoas idosas. Na Argentina, 6% da população que está na terceira idade vive alguma forma de violência, que com o isolamento pode ter se agravado muito mais do que é possível calcular.

Desde o ano 2015, nosso país começou a implementar políticas públicas concretas, as instituições passaram a fazer registros e, atualmente, são elaborados instrumentos destinados a erradicar a violência na velhice. María Isolina Dabove, especialista no tema, também advogada e doutora em Direitos Humanos, pela Universidade Carlos III de Madri, reflete sobre essa etapa da vida que afeta, de modo particular, as mulheres.

Segundo ela, a origem da discriminação por gênero é múltipla e sempre existiu. “Como disse Séverine Auffret, em “Historia del Feminismo”, as ideias misóginas são o objeto de uma construção elaborada em diversos campos: político, lírico, filosófico, teológico, poético, estético e literário. O certo é que estas construções têm a ver com a cultura e são, em minha avaliação, o resultado de construções ancestrais, como pode ser o medo ao diferente, à diversidade”.

A entrevista é de Noemí Ciollaro, publicada por Página/12, 21-08-2020. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Durante a pandemia que estamos enfrentando, já houve vários feminicídios de mulheres idosas. O aumento se dá por causa da convivência obrigatória e contínua?

A falta de proteção que nós, mulheres, sofremos em relação à violência física e psicológica é a consequência direta de uma cultura patriarcal. Penso que a razão deve ser nisto, nesta lógica da dominação baseada em critérios biologicistas que, ao se universalizar, acabam também sendo falsos e geram verdades consagradas como absolutas, mas sem fundamento. E a convivência obrigatória origina situações nas quais os violentos vão até o a assassinato.

É real que nós, mulheres, vivemos mais que os homens? Por qual razão?

Até os 75 anos, existe uma mulher e meia para cada homem. Depois dos 75, há duas mulheres para cada homem. O envelhecimento e a longevidade são um fenômeno próprio deste tempo que nasce no século XIX e adquire ímpeto após as guerras mundiais. Hoje, nós o chamamos de geronto-globalização, porque é um processo presente em todos os países do planeta, sejam desenvolvidos ou não.

O envelhecimento está marcado pela feminilidade, já que nós, mulheres, vivemos mais. Aproximadamente, somos três mulheres para cada homem em uma relação muito simples que estou fazendo. Hoje, temos uma expectativa de vida de 82 anos em média, e os homens de 78 anos, na Argentina e no mundo. Sendo assim, quando falamos de velhice, falamos de um fenômeno marcadamente feminino.

No entanto, vivemos submergidas em uma cultura absolutamente patriarcal.

Exatamente, esta cultura patriarcal fez com que a mulher e as identidades feminizadas fossem consideradas não só um objeto do desejo do homem, em um sentido erótico ou amoroso, como também um objeto de deleite. Nós, mulheres, estamos submetidas às leis de nossa própria natureza e, nesse sentido, a própria natureza cumpre um papel ambivalente para nós. De um lado, oferece-nos a possibilidade de gerar a vida a partir do desenvolvimento de nosso aparelho reprodutor, mas mal chega a menopausa, esse poder fica limitado e desaparece.

E, nesse sentido, a cultura foi gerando para nós significados reducionistas e desvalorizados. Na menopausa, já não podemos mais sustentar a função reprodutora e em uma cultura patriarcal onde a mulher se vê como um meio de – entre outras coisas – garantia da sobrevivência da espécie, a lógica patriarcal aparece nas desqualificações e na ridicularização da existência das mulheres que são idosas.

Não ocorre algo igual ou quase pior, quando passamos à categoria de aposentadas?

É que dentro desta lógica duplamente discriminatória, patriarcal e antiquada, desqualificadora em relação à velhice de qualquer mulher, efetivamente, se essa mulher tem a sorte de se aposentar, passa para outra categoria, ao contrário do que acontece com o homem... Um aposentado é alguém quase atraente para pessoas de outras idades, jovenzinha ou jovenzinho. Simboliza o desenvolvimento de uma vida de sucesso, poderosa, inclusive com possibilidade de engendrar outras vidas. Se um aposentado tem um filho, aplaude-se, mais ainda, é considerado algo razoável e natural.

Ao contrário, se uma mulher aposentada ousa se apaixonar por alguém e começar uma história, passa a ser vista com desconfiança ou cara feia e, mais ainda, caso deseja ter filhos. Ou caso decida ceder o seu ventre para que outra pessoa tenha filhos. São todos cenários novos, mas que nos interpelam acerca dos preconceitos e das consequências dilacerantes, não só na vida dessa “velha”, mas na de toda a sociedade, porque os preconceitos sempre empobrecem.

A pandemia exacerba ainda mais os preconceitos contra a velhice?

Sim, a pandemia evidenciou as contradições mais profundas da cultura em relação à velhice. Entre elas, ocupa um lugar de destaque a tensão entre a aspiração paternalista versus o respeito à autonomia da vontade das pessoas idosas. A leitura assistencialista da velhice que herdamos do século XIX, quando são colocados em vigência os primeiros sistemas previdenciários, introduzem a ideia de que a velhice é sinônimo de doença, de contingência, de total fragilidade em geral. Portanto, essa leitura gera, como a outra face, a obrigação do Estado em oferecer uma proteção, ao reconhecer então que essa pessoa idosa não pode compreender a vida por si mesma...

Evidentemente, muitos continuam com o livreto do século XIX...

Mas note, aqui, que daquele momento ao século XXI, houve uma revolução copernicana na velhice e, especificamente, nas condições de vida das pessoas idosas. Nesse marco, muitas pesquisas no âmbito da medicina, geriatria, psicologia do envelhecimento, antropologia, sociologia e direito evidenciam que, entre o segmento de pessoas que têm 60 anos, de 60 a 70% das pessoas são autônomas, ou seja, possuem discernimento suficiente para distinguir uma coisa de outra, avaliar a realidade, compreendê-la e, por sua vez, têm a força física, psíquica e moral para decidir e concretizar suas decisões.

Contudo, constantemente, a velhice é associada à doença, impossibilidade, passividade...

É que na Argentina se refletiu o lado paternalista, que fundamentou a decisão política de uma permissão especial para sair para cumprir as atividades essenciais: ir à farmácia, comprar alimentos e outros, em relação às pessoas idosas. Felizmente, as próprias pessoas idosas se levantaram e enfrentaram essa medida. Organizações, grupos de mulheres, nós das universidades, denunciamos e foi apresentada uma ação de apoio coletivo que fez com que um juiz da Cidade Autônoma de Buenos Aires declarasse a inconstitucionalidade dessa medida.

E a situação econômica não é outro fator decisivo?

Obviamente, as mulheres idosas de hoje conquistaram, tendo sorte, aposentadorias mínimas porque não puderam terminar os estudos ou não tiveram um trabalho a partir do qual pudessem fazer as contribuições necessárias e desfrutar de uma boa aposentadoria. Tudo isso fala de desigualdades estruturais que fazem com que hoje, em uma lógica de dominação, como diria Marcuse, o forte se aproveite de diversas formas da vulnerabilidade do fraco e, assim, as distâncias entre ambos multiplicam a lógica da dominação e multiplicam mais estragos.

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