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O essencial da minha vida. Armido Rizzi, teólogo italiano

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19 Agosto 2020

Morreu ontem à tarde Armido Rizzi, o amigo que por muitos anos nos acompanhou na reflexão sobre o significado de ter fé hoje, “pensando dentro da bíblia”. Iremos conversar mais demoradamente sobre isso. Por enquanto, vamos recordá-lo reproduzindo um de seus discursos em que ele nos narra o essencial de sua vida.

"Escrevi cerca de vinte livros, nos quais a ideia básica é o que gosto de chamar de ‘teologia alternativa’. Alternativa à filosofia e à teologia que eu havia aprendido, onde de uma centena de teses (um jesuíta ao final de seus estudos tinha que prestar um exame sobre uma centena de teses) não havia nenhuma que dissesse ‘Deus é amor’. Quem procura o rosto de Deus o encontra nos pobres, quem quer viver o seu amor deve servir aos pobres."

Reproduzimos aqui o texto de Armido Rizzi, que foi publicado por Pretioperai, nº 109-110, de dezembro de 2015, de palestra proferida em Bérgamo em 13 de junho de 2015. A traduçãp é de Luisa Rabolini.

Eis o texto.

Resumo a história da minha infância e juventude com poucos dados: Aos 10 anos entrei no seminário em Pavia, aos 20 passei do seminário para o noviciado jesuíta em Veneto, e então completei a longa formação da Companhia de Jesus até o sacerdócio e o destino para ensinar filosofia da religião em Gallarate e antropologia teológica em Nápoles. Após cinco anos dessa atividade, decidi pedir a redução ao estado laical, quando o Provincial me disse que eu não poderia fazer meus votos finais porque havia rumores de que eu estava ensinando coisas preocupantes. Então, saí da Companhia de Jesus para continuar a desenvolver aquelas ideias.

Já escrevi cerca de vinte livros, nos quais a ideia básica é o que gosto de chamar de "teologia alternativa". Uma alternativa à filosofia e à teologia que eu tinha aprendido, onde de uma centena de teses (um jesuíta no final dos estudos tinha que prestar um exame sobre uma centena de teses) não havia nenhuma que dissesse "Deus é amor". Na verdade, a filosofia e a teologia aprendidas eram estruturadas em torno do pensamento grego. O Papa Ratzinger (Bento XVI) em Regensburg em 2006 afirmava que era necessário referir-se a esse pensamento clássico para compreender quem é Deus. Nas três encíclicas sucessivas, ele implicitamente confirmou essa visão teológica num dos seus pontos fundamentais: a identidade entre o "amor bíblico” (Antigo e Novo Testamento) e o “amor grego”.

Na Deus caritas est, ele afirmou que o amor bíblico é o eros (obviamente em seu nível mais elevado); na Spe Salvi, ele reiterou essa ideia; na Caritas in veritate reafirmou que a caridade sem verdade é superficial e volátil (negando assim implicitamente que a caridade traz em si a verdade).

Eu não acreditava mais nessa doutrina; e tudo o que estudei e escrevi livremente é, portanto, uma forma – como acabei de dizer – de pensar uma "teologia alternativa": não apenas no sentido de oposta a aquela clássica, mas no sentido positivo de entender o amor a Deus como ele é entendido. da Bíblia (Antigo e Novo Testamento), ou seja, não como eros, mas como ágape: amor pelo Deus “outro”.

Isso foi e é "pensar dentro da Bíblia": servindo-me dos exegetas, mas não me detendo a eles, porque "pensar" exige um passo além da exegese. Portanto, meu empenho como teólogo foi o desejo de comentar profundamente o Kerygma, ou seja, o anúncio do Antigo e do Novo Testamentos.

Um dos principais passos dessa nova abordagem foi a descoberta da Teologia da Libertação, por meio da leitura do livro de Gustavo Gutierrez com o mesmo título. Ao lê-lo, tive a surpresa de encontrar duas novidades: a primeira, que ele se reportava à Bíblia e desenvolvia sua mensagem; a segunda, que essa mensagem era o amor pelos pobres, aquela "opção preferencial" por eles que encarna através da práxis humana o amos que Deus leva a eles. Embora eu venha de uma família pobre (de uma pobreza digna), fiquei impressionado por essa descoberta teológica e escrevi dois longos artigos sobre a Teologia da Libertação, com referência especial a Gutierrez.

Mas a verdadeira descoberta existencial veio cerca de dez anos depois, quando – em 1983 – fui chamado para fazer um curso de teologia em Lima, no Peru. O curso não durou muito (cerca de uma semana); mas minha presença no Peru se prolongou por três meses; e foi por isso que entrei em contato com a pobreza no sentido mais forte do termo: lembro como, ao entrar naquelas casas, era agredido por visões desumanas, e por pelo menos um mês fiquei com um nó na garganta. De volta a casa, pediram-me para escrever algo sobre a experiência; e escrevi um livreto intitulado O ouro do Peru: a solidariedade dos pobres ("dos" aqui é genitivo objetivo). Desde então, tudo o que escrevi está de alguma forma relacionado a esse tema. Inclusive meu pequeno best-seller (Deus em busca do homem. Refazendo a espiritualidade) é essencialmente uma busca por aquele amor que não é o amor de eros (isto é, o amor que tenta elevar-se a Deus porque é o sumo bem, o que aprendi com Tomás de Aquino, que se reportava a Aristóteles).

Quem busca o rosto de Deus, encontra-o nos pobres, quem quer viver o seu amor deve servir aos pobres. Pobres não são apenas aqueles que não têm bens econômicos, mas aqueles que estão doentes, humilhados, presos, encarcerados, estrangeiros, etc. (cf. por exemplo Mt 25,31s.).

Agora, o pobre principal de quem devo cuidar é minha esposa Alberta (mais jovem que eu dezesseis anos). Ela está com enfisema pulmonar há oito meses, por isso deve permanecer ligada a um cilindro de oxigênio dia e noite, além disso, há dois meses está com o ombro fraturado, que a impede de usar o braço direito. A transferência de Fiesole (onde passamos 29 anos, organizando seminários e hospedando necessitados) para Mântua (cidade natal de minha esposa) nos levou a uma situação precária do ponto de vista econômico; e se conseguimos ir em frente é porque um grupo de amigos nos envia uma certa quantia todos os meses. Outros amigos a acompanham quando ela tem que sair ... Então estamos experimentando o que significa ser "pobres", necessitados da ajuda dos outros.

É isso: parece que falei o essencial da minha vida.

Leia mais

  • Armido Rizzi, teólogo do ágape e da liberdade
  • A teologia de Armido: uma tradição a ser pensada “em primeira pessoa”. Artigo de Andrea Grillo
  • Teologia da Libertação: o que significa no contexto atual?
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