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06 Agosto 2020

"Senso dos fiéis tem papel importante no desenvolvimento da doutrina moral", escreve Luís Corrêa Lima, padre jesuíta e professor da PUC-Rio, trabalha com pesquisa sobre gênero e diversidade sexual.

Eis o artigo.

Tempos de mudança na sociedade, incluindo costumes, mentalidades e paradigmas, não raramente trazem incertezas. Podem até levar muitos fiéis a desacordos entre sua consciência e o ensinamento da Igreja.

O pontificado de Francisco traz contribuições que ajudam bastante a lidar com estes conflitos. Uma delas é o documento sobre o senso da fé dos fiéis, da Comissão Teológica Internacional (disponível aqui). Com base nas Escrituras e na Tradição da Igreja, afirma-se que os fiéis têm um instinto para a verdade do Evangelho, intrinsecamente ligado ao dom da fé. É a unção que vem de Cristo e tudo ensina. Há uma conaturalidade que a fé estabelece entre o sujeito crente e o conteúdo autêntico da fé, um conhecimento por empatia ou através do coração. Como o próprio nome senso indica, é bastante semelhante a uma reação natural e espontânea, comparável a um instinto vital ou a uma espécie de faro. Por meio dele, o crente adere espontaneamente ao que está conforme a verdade da fé e evita o que se opõe.

O senso da fé dos fiéis também permite ao fiel distinguir na pregação entre o que é essencial à fé católica e o que é meramente acidental, ou até mesmo indiferente em relação ao coração de fé. Graças a este senso e apoiado na prudência dada pelo Espírito, o fiel é capaz de perceber, em contextos históricos e culturais novos, quais podem ser os meios mais apropriados para dar testemunho autêntico da verdade de Jesus Cristo, e n'Ele conformar suas ações. Tal senso oferece intuições que possibilitam abrir caminhos seguros em meio às incertezas e ambiguidades da história, bem como uma capacidade de examinar com atenção e discernimento o que a cultura humana e o progresso da ciência têm a dizer. Este senso guia a vida de fé e a ação cristã autêntica. Em meio a estas incertezas e ambiguidades, pode ser necessário bastante tempo para que este processo de discernimento chegue a uma conclusão. Diante de novas circunstâncias, os fiéis leigos, os teólogos e os pastores têm cada qual o seu papel a desempenhar. É preciso dar prova de paciência e respeito nas suas relações mútuas, para se chegar a um esclarecimento do senso da fé e realizar um verdadeiro consenso dos fiéis, um acordo entre pastores e fiéis.

O que é menos conhecido, como afirma o documento, é o papel exercido pelos leigos em relação ao desenvolvimento do ensinamento moral da Igreja. É importante refletir sobre a função exercida por eles para discernir qual é a concepção cristã de um comportamento humano adequado, de acordo com o Evangelho. Em algumas áreas, o ensinamento da Igreja se desenvolveu como resultado da descoberta das exigências requeridas diante de novas situações feitas pelos fiéis leigos. A reflexão dos teólogos e depois o julgamento do magistério dos bispos foram baseadas na experiência cristã, já iluminada pelas intuições destes fiéis.

Alguns exemplos mostram este papel do senso dos fieis no desenvolvimento da doutrina moral. O primeiro é a proibição de clérigos e leigos receberem juros por empréstimo. Esta proibição começou no Concílio de Elvira, realizado por volta do ano 306, e vigorou por mais de mil e quinhentos anos. Houve claramente um desenvolvimento na doutrina, que se deve ao surgimento de uma nova sensibilidade entre os leigos envolvidos em negócios, bem como a uma nova reflexão dos teólogos sobre a natureza do dinheiro. O segundo exemplo é a abertura da Igreja aos problemas sociais, manifesta especialmente na encíclica Rerum Novarum (1891) do papa Leão XIII, que trata do mundo do trabalho no processo da industrialização. Esta encíclica foi o resultado de uma lenta preparação na qual "pioneiros sociais" leigos, que eram pessoas de ação e de pensamento, desempenharam um papel protagonista. O terceiro exemplo é a mudança da posição da Igreja sobre a liberdade religiosa, que foi condenada junto com as teses liberais no Sílabo dos erros do papa Pio IX (1864), e depois aceita na Declaração sobre a liberdade religiosa do Concílio Vaticano II (1965). Esta evolução, reconhece a Comissão Teológica Internacional, não teria sido possível sem o empenho de muitos cristãos na luta pelos direitos humanos.

Também no presente, há ocasiões em que o ensinamento oficial da Igreja (Magistério) encontra dificuldade de recepção ou resistência da parte dos fiéis. Em tais situações, ambos os lados são exortados a agir de forma adequada. Os fiéis devem refletir sobre o ensinamento que lhe foi dado, fazendo o melhor que podem para compreender e aceitar. Resistir por princípio ao ensinamento do Magistério é incompatível com um autêntico senso da fé. O Magistério, por sua vez, deve refletir sobre o ensinamento transmitido e examinar se não há necessidade de esclarecer ou reformular, a fim de comunicar mais eficazmente a sua mensagem essencial. Estes esforços mútuos em tempos de dificuldade expressam a comunhão, essencial para a vida da Igreja. Em alguns casos, admite-se, a falta de recepção pode ser sinal de que algumas decisões foram tomadas pelas autoridades sem ter levado em conta a experiência e o senso da fé dos fiéis, ou sem tê-los consultado suficientemente.

Diante do que é dito neste documento, convém refletir sobre o papel dos fiéis no desenvolvimento da doutrina. Apresentam-se exemplos de cristãos maduros na fé, agindo segundo sua consciência diante de Deus mesmo sem ter o respaldo eclesial desejado. Eles e elas contribuíram decisivamente para o bem da sociedade e da Igreja. Em seus corações agiu o Espírito Santo, conduzindo-os nos caminhos da providência divina. Tudo isso ajuda a lidar com as mudanças na sociedade, com a evolução na doutrina da Igreja e com os conflitos entre consciência pessoal e instituição. A luta de muitos cristãos pelos direitos humanos foi fundamental para se chegar a um concílio ecumênico que proclamasse a liberdade religiosa. Assim também, a luta de pioneiros sociais pela cidadania de negros, pobres, índios, LGBT e mulheres também deve envolver os cristãos, para que haja na Igreja e na sociedade o devido acolhimento e estima por todos eles e elas.

 

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