Conchita Wurst agradece ao cardeal Schönborn por ceder a catedral de Viena para evento beneficente contra a AIDS

A cantora austríaca, ganhadora do festival Eurovisión de 2014, atuou no último 30 de novembro em um show no templo católico, em favor dos portadores de HIV.

A reportagem é publicada por Vida Nueva Digital, 03-12-2019. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Conchita Wurst – nome artístico de Thomas Neuwirth, com o qual ganhou o festival Eurovisión de 2014 com a canção ‘Rise like a phoenix’ – agradeceu ao cardeal Christoph Schönborn por ceder a catedral de Viena para celebrar um show beneficente para os portadores de HIV. Conchita, em sua página do Facebook, escreveu uma mensagem em que destaca o evento da catedral de Santo Estevão como o principal dos que ocorreram na noite de 30 de novembro, na cidade de Viena.

Segundo relata Life Site News, é a terceira vez que o cardeal austríaco Christoph Schönborn permite que a catedral acolha o evento beneficente, organizado pela associação Life+ em alusão ao Dia Mundial da AIDS. O espetáculo celebrado na catedral, intitulado “O desejo dos anjos”, que também contou com a atuação de Conchita Wurst, foi organizado pelo ativista Gery Keszler.

Keszler também agradeceu ao cardeal que o permitiu levar a cabo o projeto do show na catedral, destacando que a organização da Life Ball estava “muito agradecida pela confiança depositada em nós pelo cardeal Schönborn”.

Diversas críticas

Entretanto, e apesar de as doações serem feitas para uma boa causa – no ano passado, por exemplo, foram destinadas a um hospital para os doentes de AIDS na África do Sul –, as críticas não demoraram a chegar. A primeira delas por parte de Alexander Tschugguel, o jovem austríaco que roubou os símbolos da Pachamama para jogá-los ao rio Tiber durante o Sínodo da Amazônia.

Tschugguel não somente relatou que considera que “os católicos da Áustria não estão contentes com que se celebram ator pró-LGBTI+ na catedral”, mas também apresentou ofensas contra Keszler. Do mesmo modo, expressou que “não lhe preocupa” a atuação de Wurst, todavia considera que a decisão do cardeal de “permitir que os homossexuais expressem o que pensam na catedral” é desacertada.

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