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06 Março 2018

O Dia Europeu dos Justos, 06 de março, serve para reativar a memória, que tende inexoravelmente a esmaecer. Muitos ofícios se modificam, se adaptam, se renovam. Quem poderia vangloriar-se de usar uma técnica e ferramentas de 2.500 anos atrás? Talvez não haja muito para se vangloriar, mas um historiador trabalha sempre da mesma forma, com a mesma ferramenta. Seu cinzel são as perguntas. E o martelo, outras perguntas, que batem e rebatem sempre sobre o mesmo ponto. Por vocação, por dever, por missão, o historiador pesquisa, questiona as fontes, pergunta às testemunhas, quer ver com seus próprios olhos.

A reportagem é de Giulio Busi, publicada no jornal Il Sole 24 Ore, 04-03-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

Historein, Heródoto chamou tal incansável inquisição. Por que, então, ter todo esse trabalho? Não seria melhor decidir de uma vez por todas que o dossiê das respostas já está bem volumoso? Por que começar tudo de novo, geração após geração, com febril ansiedade? Os historiadores adorariam mudar de ofício, largar seus furadores afiados de dúvidas. Mas a história não dá paz, nem a eles nem para si mesma. E quanto mais o nó das incertezas fica grande e emaranhado, mais intensas ficam as perguntas e mais difíceis e insuficientes, as respostas.

Bem no meio da Europa civilizada, há poucas décadas de distância da gente, existe um abismo que parece não ter fundo. O Holocausto é como uma cratera que nunca fica cheia. "Chega, já se falou até demais sobre isso!”. A impaciência impera há bastante tempo. Por que essa página da história deveria ser diferente das outras, que lentamente desvanecem, acabam nos livros e saem da vida comum?

Que os historiadores continuem, se assim o quiserem, com suas questões acadêmicas. Mas que deixem os outros livres para ir adiante, tirar o peso das costas, voltar para a normalidade. Qual normalidade?

Que se devesse falar a respeito cada vez menos já havia sido programado pelos exterminadores. A propaganda antissemita foi tão atordoante e bombástica quanto o extermínio foi envolvido por um véu de cínico segredo. Fazer e não dizer, ou seja, matar e esconder, cremar, negar, minimizar. A normalidade da perseguição é o silêncio, a indiferença, a aprovação tácita. Terça-feira, 6 de março, será o dia de uma dupla comemoração. É comemorado o Dia Europeu dos Justos e a Itália substitui a Suíça na presidência da International Holocaust Remembrance Alliance (IHRA).

Instituir celebrações é relativamente fácil. Pode servir para aliviar as consciências e dar a impressão de que foi feito o suficiente. Muito mais difícil é dar conteúdo a essas datas.

Dar sentido às instituições instituídas para a lembrança é uma tarefa interminável. A memória coletiva nisso não é muito diferente da individual, de cada um de nós. Deve ser continuamente preenchida, reativada, controlada, uma vez que tende inexoravelmente a se esvaziar.

A IHRA é uma organização internacional, fundada em 1998, que inclui 31 Países membros, 10 países observadores e 7 parceiros internacionais permanentes. Uma estrutura ampla, formal, de alto nível, que visa agregar e coordenar os esforços, para garantir que os governos e os líderes sociais dos diferentes Estados se empenhem na instrução, memória e pesquisa sobre o Holocausto. Pouco conhecida do grande público, mas importante em suas funções, a IHRA serve como um instrumento para “preencher a memória”. A política dispõe e facilita. Mas quem atua no campo? A escola, em primeiro lugar. Porque são os mais jovens aqueles que ainda não sabem, e é a eles, os adultos de amanhã, que deve ser ensinado e lembrado.

A Itália é um membro da IHRA desde 1999, e a presidência a partir de 2018 chega em um momento particularmente significativo. Foram necessários 80 anos para que a "mancha indelével" das leis raciais de 1938 - como a chamou o Presidente Mattarella em seu marcante discurso de 25 de janeiro - finalmente a ressaltasse em toda a sua feiúra. É verdade que a memória geralmente tende a desvanecer com o tempo. Mas, às vezes, ocorre o contrário. A distância permite lembrar melhor. E o nosso país deve agora assumir total responsabilidade pelos roubos, ultrajes e tragédias causadas pela discriminação racial, promovida pelo fascismo e aceita pela maioria dos italianos de então, por vezes com entusiasmo, quase sempre com culpada indiferença. Os historiadores continuam implacáveis a apresentar suas perguntas.

Por tempo demais? Demorou oito décadas para ser dito claramente, ou melhor, para começar a reconhecer o que aconteceu. Oitenta anos para superar a retórica reconfortante dos "Italianos, brava gente” e o "mas aqui foi diferente". É evidente que espaço para perguntas incômodas ainda existe, e muito. A passagem oficial da função da Suíça para a Itália, que acontecerá na terça-feira na embaixada de nosso país em Berlim, pode valer como um pequeno, necessário passo nesse caminho de tomada de consciência coletiva. A necessidade de consciência histórica também nasce do caráter híbrido, ao mesmo tempo anacrônico e pseudo-moderno do antissemitismo e do racismo. É uma característica já percebida com acuidade por Victor Klemperer, em sua LTI, a linguagem do Terceiro Reich, diário mantido durante os 12 anos do poder nazista.

O antissemitismo hitleriano era uma mistura de estereótipos e acusações medievais e de aparente modernidade, falsamente científica, combinada com uma gestão industrial das mortes. Além disso, o núcleo atávico, imutável, ligado ao passado do preconceito e dos mecanismos de separação racista está ali, diante de nossos olhos inclusive hoje, pronto para se híbridizar com a inovação. A eficiência tecnológica dos campos naquela época, a velocidade e a multiplicação de pós-verdades digitais e de ódio agora. O antissemitismo e o racismo caminham para trás, com os olhos fixos hipnoticamente em uma ideia distorcida de passado. E é por isso que é preciso reapresentá-lo, o passado, palavra por palavra, como foi em sua verdade factual e emocional. Sem se cansar. Os historiadores são chamados ao seu ofício, antigo de milênios. Mas há outro, ofício, ainda mais antigo e difícil. O ofício de ser humano.

Leia mais

  • Nazismo: a legitimação da irracionalidade e da barbárie. Revista IHU On-Line, N° 265
  • A volta do fascismo e a intolerância como fundamento político. Revista IHU On-Line, N° 490
  • O desejo imortal de fascismo. Artigo de Massimo Recalcati 
  • O Holocausto nas vozes dos jovens
  • Memória do Holocausto. A coragem de lembrar e o dever de contar. A voz de Primo Levi no abismo de Auschwitz
  • Memória do Holocausto. A mulher que viveu seis vezes
  • O memorial do Holocausto no coração da Europa
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