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Diálogo para além da crise de valores. Entrevista com Julia Kristeva

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08 Mai 2017

Julia Kristeva sabe como surpreender. Intelectual-ponte entre Oriente e Ocidente (nascida na Bulgária, tornou-se uma pensadora que se aproveitou da melhor tradição francesa), enquanto fala ao telefone, é capaz de ir da sua paixão pelo futebol à amada Teresa de Ávila, passando pelo islamismo que radicaliza os jovens franceses, a um sincero elogio a Bento XVI (mas ela também aprecia muito Bergoglio).

A reportagem é de Lorenzo Fazzini, publicada por Avvenire, 04-05-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Neste sábado, 6 de maio, ela estará no Festival Bergamo “Fare la pace”, para abordar o tema “O mal radical: uma interpretação” (Centro Congressi Giovanni XXIII, 21 horas). Nos últimos dias, a editora Donzelli publicou a história da sua vida, contada a Samuel Doca em forma de entrevista, La vita altrove. Autobiografia come un viaggio (260 páginas).

Eis a entrevista.

Curiosamente, no seu livro, descobre-se que, desde pequena, você queria ser cosmonauta. E, com efeito, como psicanalista, tornou-se um pouco uma exploradora, não do cosmo, em sentido astronômico, mas do universo interior do ser humano...

Sim, podemos dizer assim, embora, na verdade, eu nunca pensei nesses termos. É verdade, em vez de ser exploradora do macrocosmo, tornei-me uma exploradora do microcosmo da vida interior do ser humano.

E o que descobriu?

Muitas coisas, que, depois, são aquelas que eu encontro todos os dias nos meus pacientes em análise. E também, como linguista e estudiosa de literatura, eu encontrei nas pessoas a dificuldade de viver a tragédia do existir, mas também o enigma da condição humana, ou seja, a capacidade de passar por muitas provações e transformar situações impossíveis em momentos de partilha e de positividade. Isso me leva a postular que existe no ser humano um sentido último que não é de desorientação, mas um caminho de evolução.

“Papai é como Deus. Existe, mas não se vê muito.” É uma afirmação do seu filho, David. Poderíamos defini-la como uma posição teológica bastante singular: concorda?

Eu me considero ateia. No meu estudo sobre Santa Teresa de Ávila, eu descobri que a transcendência é imanente à capacidade humana de renovar, de esperar e de criar vínculos com outros seres humanos. Não acredito que Deus veio até nós, mas vejo a transcendência na imanência das coisas.

Na sua autobiografia, dentre muitas coisas – por exemplo, a sua relação com René Girard –, fala-se da sua grande paixão pelo futebol. Como uma mulher da cultura vive o ato de torcer de maneira tão forte?

Meu pai, quando pequena, me levava ao estádio, e essa paixão permaneceu em mim. E, depois, com Philippe [Sollers, seu marido] e David, compartilhamos a torcida pelo Paris Saint-Germain. Quando há jogos, eles absolutamente me querem perto deles. Mas eu também vejo que o futebol se tornou o receptáculo de algumas das piores situações da nossa sociedade: a ganância pelo dinheiro, a violência e os confrontos com as outras torcidas, coisas absolutamente negativas. O que eu acho de interessante no futebol? O fato de que é como uma música, um violino ou um piano: faz vibrar todas as cordas da alma graças à sua improvisação e, ao mesmo tempo, à grande organização e coordenação entre os vários jogadores.

De onde vem o interesse da ateia Kristeva por aquilo que, nos seus livros, você definiu como “a necessidade de crer”?

O meu pai era crente, cristão ortodoxo, levava a minha irmã e eu à igreja. A minha mãe era uma darwiniana. Embora eu não aprovasse, quando jovem, a fé do meu pai, isso não me impediu de sentir como a sua religiosidade era um espaço interior de liberdade e de revolta contra a opressão da sociedade stalinista em que vivíamos na Bulgária. Eu comecei a explorar a religiosidade quando cheguei à França: Philippe me fez ler Agostinho e o Mestre Eckhart através de Freud. E, com essas leituras, tentei construir outra abordagem ao fato religioso. Hoje, eu trabalho muito com os jovens islâmicos que se tornam radicais e integralistas: compreendo que a necessidade de crer é um elemento antropológico constitutivo do ser humano. Hoje, nos jovens, é muito forte o desejo de verdade. O humanismo de antigamente não chega a dar razão para viver e esperar para esses jovens, e essa falta muitas vezes leva as novas gerações a abraçarem ideologias mortíferas como o jihadismo.

Na França, discute-se sobre por que chegamos ao fenômeno dos terroristas de segunda geração ou sobre como é possível o advento dos foreign fighters. Alguns, como Olivier Roy, falam de “islamização da radicalização”. Outros – Gilles Kepel, para citar um nome – consideram que se trata de um problema interno ao mundo islâmico. Como você vê a questão?

Eu não sou uma intelectual ideológica, nem categorizo as pessoas. Eu tenho a ver com as pessoas individuais e com as suas histórias da forma como são apresentadas para mim. E tento entender a sua confusão e me ocupar dela diretamente, com o objetivo de restituí-la à sociedade. Eu constato que, muitas vezes, se trata de jovens com problemas familiares e psicológicos, mas que também têm uma grande necessidade de espiritualidade e de ideais, aspirações às quais a secularização não dá respostas. Há um grande trabalho a se fazer, aliás, para que o Islã se torne um Islã das Luzes.

Depois da minha participação no Átrio dos Gentios em Assis com o Papa Bento XVI, eu iniciei, no Collège des Bernardins, em Paris, um círculo intelectual, chamado Círculo Montesquieu, em que se encontram católicos, judeus, islâmicos e humanistas como eu. Aqui, tentamos criar pontes e lugares de intercâmbio entre essas pessoas que têm ideias e referências diferentes. Também participaram dele pensadores islâmicos que levam em frente uma interpretação dos seus textos sagrados. É preciso encorajar leituras desse tipo do Alcorão.

Você citou Assis e Bento XVI. Lembramo-nos bem da consonância entre você e o papa emérito...

Sim, em Assis, tocou-me muito quando ele afirmou que ninguém é dono da verdade. Essa afirmação de Ratzinger me levou a aprofundar a possibilidade de um trabalho de intercâmbio cultural entre posições diferentes, a partir do qual, depois, nasceu o Círculo Montesquieu.

E o que você acha do Papa Francisco?

O papa atual usa uma linguagem mais popular do que o seu antecessor. Ele vive em um mundo em que os valores éticos estão em sofrimento. E ele também dá a ideia de não ser um dono da verdade. Na desertificação de valores e na fragmentação das interpretações de hoje, eu vejo em Francisco o único líder mundial que goza de simpatia internacional.

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