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Celebração na Universidade de Georgetown pede penitência por venda de 272 pessoas escravizadas em 1838

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20 Abril 2017

“A Companhia de Jesus reza com vocês hoje porque pecamos muito no passado e porque estamos profundamente arrependidos”, disse Timothy Kesicki, SJ, presidente da Conferência Jesuíta do Canadá e Estados Unidos. Kesicki falou em nome da Companhia de Jesus na “Liturgia de Recordação, Contrição e Esperança”, na Universidade de Georgetown, em Washington, DC. A ocasião serviu como um momento de reconhecimento de um pecado institucional cometido tendo em vista angariar fundos para preservar a universidade: a venda de 272 homens, mulheres e crianças que eram “propriedade” da Província Jesuíta de Maryland, em 1838, a donos de plantações na Louisiana, onde muitos dos seus descendentes vivem ainda hoje.

A reportagem é de Kevin Clarke e Teresa Donnellan, publicada por America, 18-04-2017. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

“Ao pensar que juntamente com aquelas 272 pessoas recebemos os mesmos sacramentos, lemos as mesmas Escrituras, rezamos as mesmas rezas, cantamos os mesmos hinos e louvamos o mesmo Deus, me pergunto: Como nós, enquanto Companhia de Jesus, não víamos a todos como um único corpo em Cristo Jesus?”, indagou Kesicki.

“Traímos o próprio nome de Jesus, em cuja pessoa a nossa humilde ordem religiosa recebe o nome”, contou ele a um salão lotado com alguns dos descendentes daquelas 272 pessoas escravizadas, reunidos em Washington, DC, em 18 de abril.

“Hoje, quase 200 anos depois, sabemos que não podemos nos curar desta história trágica sozinhos. Muitos se confessaram e trabalharam para expiar este pecado, a maioria deles dentro dos confins das nossas próprias casas religiosas e obras apostólicas. Por estarmos profundamente arrependidos, nos colocamos agora diante de Deus – e diante de vocês, os descendentes daqueles a quem mantivemos escravizados – e pedimos desculpas pelo que fizemos e pelo que não fizemos”, completou Kesicki.

“Concordando com o poeta e dramaturgo Ntozake Shange em que pedidos de desculpas ‘não abrem portas, não trazem o sol de volta’, pedimos desculpas mesmo assim, na esperança de vislumbrar um futuro novo”.

“Com a dor que jamais nos deixará, resistimos a seguir em frente”, acrescentou, “porém escolhemos continuar nossa caminhada... com esperança”.

Sandra Green Thomas, presidente da “GU272 Descendants Association”, organização representantes dos descendentes das pessoas escravizadas, falou durante a liturgia.

“Faz bastante tempo que estou longe da Universidade de Georgetown. Estou afastada da religião dos meus antepassados, a fé católica, por um período ainda maior”, afirmou, “mas é engraçado como as coisas que nos ensinavam quando criança, e que achávamos que havíamos deixado para trás, voltam de repente e sem avisar”.

“Estes ensinamentos da juventude dão forma às nossas decisões, colorem as nossas percepções, guiam os nossos passos e, às vezes, nos fazem tropeçar”. Que a fé persistente, continuou Sandra Thomas, fosse um testamento da fé católica preservada pelos 272 sob tais circunstâncias poucos poderiam, hoje, imaginar.

Ainda que uma forte discriminação e um grande preconceito continuam presentes na experiência americana, “eu sei que a dor e o sofrimento suportados pelos afro-americanos têm diminuído a cada geração”, disse ela. O sofrimento que ainda vemos hoje “foi reduzido com experiência destas pessoas, que foram arrancadas de suas casas e mandadas para Louisiana” em 1838.

Como outras pessoas escravizadas da época, “a dor delas é incomparável; esta dor ainda está aqui. Ela queima na alma de cada pessoa de descendência africana nos Estados Unidos”, falou. “Ela vive nas pessoas, algumas das quais não têm conhecimento algum de sua origem, mas que lidam com o desejo e a carência sempre presentes que aquela dor causa”.

Os afro-americanos “estiveram famintos e sedentos com a promessa deste país, de igualdade, de busca pela felicidade”, mas só receberam “migalhas”.

Por meio dessa provação histórica, uma fé que transcendia as circunstâncias foi uma “ferramenta necessária no kit de sobrevivência” dos afro-americanos.

“Que grupo neste país demonstrou mais fé, mais crença na promessa americana, mais crença no paraíso, na comunhão final com Deus e os santos, do que os afro-americanos?” perguntou Sandra Thomas.

“Creio que a fé dos 272 escravizados capacitou-os a transcender”, disse ela. “Não importa o tamanho das dificuldades e a incongruência destas pessoas para com o amor e a proteção do Deus dos evangelhos; elas se mantiveram na fé e, quando lhes tiraram a oportunidade de praticá-la, permaneceram fiéis e passaram adiante a sua religiosidade às gerações seguintes”.

Durante a homilia, o Pe. Kesicki falou: “Irmãos e Irmãs: tendo reconhecido o nosso pecado e a nossa tristeza, tendo apresentado um pedido de desculpas, nos atrevemos a pedir – de joelhos ao chão – perdão. Ainda que achemos certo e justo pedir isso, reconhecemos que não temos o direito para tal. O perdão cabe a vocês concederem – no vosso tempo e à vossa maneira”.

Na fala que fez, Sandra Thomas parecia já ter dado uma resposta a este apelo.

“A certeza do perdão em um ato de contrição é um dos aspectos mais esperançosos e alegres da fé e do sacramento da penitência”, disse. “A penitência, embora pessoal e, às vezes, privada, não é autodeterminada; arrepender-se não é fácil; não é um ato egoísta; a penitência não é para demonstração pública. Porém a penitência é necessária”.

“Então eu volto, não, nós os descendentes voltamos, para a casa dos nossos ancestrais, reconhecendo a contrição, oferecendo o perdão, esperando o arrependimento e, o mais importante, buscando justiça para eles e para nós mesmos”.

Os eventos do dia 18 incluem a dedicação de dois prédios do campus da Universidade de Georgetown a duas importantes personalidades. Um deles receberá o nome de Salão Isaac Hawkins, a primeira pessoa escravizada listada nos documentos relacionados à venda de 1838. O outro prédio que a universidade também irá renomear vai se chamar Salão Anne Marie Becraft, em homenagem a uma mulher, livre, de cor que foi uma das primeiras professoras de meninas católicas negras na época em Georgetown. Estes prédios originalmente eram conhecidos pelos nomes de dois jesuítas que estiveram envolvidos com a venda dos escravizados.

No primeiro semestre de 2015, o reitor da Universidade de Georgetown John DeGioia pediu a um grupo de trabalho voltado à escravidão, memória e reconciliação para que fizesse recomendações sobre como melhor reconhecer a relação história da instituição com a escravidão. Em 01-09-2016, o grupo de trabalho publicou um relatório que incluía uma série de recomendações. Desde então, essas têm orientado os esforços em curso. Os eventos do dia 18 resultam destas recomendações assim como de um processo de consulta em andamento entre a comunidade universitária e a comunidade dos descendentes.

“O ato de contrição que oferecemos hoje”, afirmou o reitor John DeGioia, “guia, permeia e anima o trabalho que está sendo feito em busca de justiça. Construímos um mundo mais justo com uma reflexão honesta sobre o nosso passado e com um compromisso com a fé que promove a justiça”.

Um coro esteve presente no evento de terça-feira entoando salmos e hinos comoventes, que incluíram “Precioso Senhor” e “Graça maravilhosa”. Atos de contrição e um convite à lembrança completaram o serviço religioso.

Os participantes do grupo de trabalho da universidade também partilharam suas experiências. Jessica Tillson, descendente de Isaac Hawkins, explicou que, quando criança, foi salva com um por avanço médico financiado pela Georgetown. Ela encontrou neste exemplo um momento de reconciliação entre a dor e o sofrimento de seus ancestrais e as ações da instituição, e manifestou a esperança de uma cura futura.

“A porta se abriu. Deixai-a aberta”, declarou Leon Williams, bisneto de Isaac Hawkins. “Mantenhamos ela aberta, e as coisas vão melhorar”.

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