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O Papa e o Pepe. Entrevista com José "Pepe" Mujica

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08 Novembro 2016

Ovações de estádio para o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica. Constatamos isso em dois momentos romanos: no 3º Encontro Mundial dos Movimentos Populares, convidados pelo papa ao Vaticano, e no Palladium de Garbatella, em uma conferência aos estudantes organizada pelo vice-presidente da região, Massimiliano Smeriglio, também para o lançamento do livro Una pecora nera nel potere [Uma ovelha negra no poder], de Andrés Danza e Ernesto Tulbovitz, publicado pela editora Lumi.

A reportagem é de Geraldina Colotti, publicada no jornal Il Manifesto, 06-11-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Um Mujica messiânico, "filósofo e político", disse Ignacio Ramonet, resumindo a biografia do ex-tupamaro: o perfil coerente de um homem que já percorreu um longo caminho – da guerrilha à prisão, passando pela política legal, pela presidência – sempre fiel a si mesmo. "E assim – brincou o jornalista – agora temos dois papas: o Papa Bergoglio e... Pepe Mujica".

E também no último sábado, durante o encontro de Bergoglio com os movimentos populares na Sala Paulo VI, quando Mujica apareceu no vídeo, as mais de 3.000 pessoas presentes aplaudiram abertamente. E, depois, veio também o tributo do papa, que o saudou e o citou, falando da necessidade da grande Política, da democracia participativa e dos riscos representados pelo uso da política como profissão e não como paixão: "Quem quiser fazer dinheiro com a política – disse –, por favor, não se meta na política... E também não se meta no seminário...".

A coerência em palavras e fatos foi a marca principal do 3º Encontro Mundial dos Movimentos Populares, e Mujica falou precisamente sobre esse tema e sobre a crise da democracia representativa, "sequestrada" – pelos grandes poderes que a esvaziam de conteúdos, acabando por usá-la a despeito dos setores populares.

E, na lectio magistralis proferida aos estudantes, com palavras simples e poéticas, no fim das contas, ele explicou novamente os conceitos básicos do marxismo e da alienação de um indivíduo atomizado e explorado, nas presas das sereias do consumismo.

Eis a entrevista.

Por que o senhor se sente próximo do Papa Bergoglio? O marxismo deve abrir caminho justamente para "terra, teto e trabalho"?

A mensagem do papa é importante também para um não crente como eu, que, mesmo assim, respeita profundamente todas as religiões, a necessidade de transcendência que provém, em diversas formas, do ser humano e que hoje é anestesiado ou pervertido. Ele fala da solidariedade em um mundo que quer construir muros e que devemos recomeçar a praticar: já tivemos um Hitler e poderemos nos encontrar com um Trump, e Clinton também não é propriamente uma senhora de esquerda. Eu sou o filho de migrantes. A minha mãe era italiana, mas agora essa Europa se esquece de onde vem, pensa que se devem construir muros, rejeitar aqueles que chegam à fronteira. A solidariedade não é um ato beneficente, mas entender que o esforço da mulher africana em busca d’água também diz respeito a mim. Hoje, em vez disso, somos prisioneiros de uma teia que nos apresentam as coisas ao contrário, nos torna dependentes da posse compulsiva de objetos.

É preciso colocar limites, viver com sobriedade. Não digo com austeridade, porque a palavra pode levar a pensar na austeridade imposta pelo capitalismo, pelos planos de ajuste estruturais. Estou dizendo, porém, que muitas coisas não nos servem. Precisamos, ao contrário, recuperar o tempo. A política é inerente ao nosso ser social, ao viver em sociedade. E devemos escolher: por paixão, porém, não por dinheiro. Se alguém quer acumular dinheiro, é melhor que se dedique ao comércio, aos negócios. Quem faz política deve viver como vive a maioria do povo. O papa diz essas coisas. A sua mensagem é política. Ele ajuda a nos interrogarmos sobre a globalização, sobre a necessidade de uma mudança estrutural, ele acolhe as razões de uma humanidade dissidente não incluída, que quer ter a sua importância nas decisões. Ele usa a mística e os recursos da Igreja para difundir uma mensagem universal contra as desigualdades, a guerra. O marxismo, é claro. Mas não posso me esquecer daquilo que um companheiro me disse uma vez ao voltar dos países do Leste: "Eles têm o olhar apagado"...

O senhor acaba de voltar da Venezuela, um país que colocou no centro da constituição e dos programas a democracia participativa e o poder popular. O que o senhor acha daquilo que está acontecendo e do papel do Vaticano?

A Venezuela herdou problemas estruturais, que não dependem de Maduro nem dependiam antes de Chávez, e que não podem ser resolvido com uma varinha mágica ou em tempos rápidos: a dependência de um tipo particular de "monocultura", o petróleo, o abandono de outras formas de produção que permitiriam alcançar a soberania alimentar e resistir à chantagem e aos ataques externos, que vemos em toda a América Latina. A Venezuela é uma grande produtora de rum, mas o primeiro importador de uísque... É preciso voltar para a terra, negociar algumas respostas econômicas com o capitalismo e pressionar por outras mais inovadoras. Depois, há o problema da reforma monetária. Para o povo venezuelano, um povo extraordinário que sempre foi capaz de encontrar o seu próprio caminho, vai toda a nossa solidariedade. O papa fez uma coisa boa ao favorecer o diálogo entre as partes. A oposição, embora tivesse um programa, não poderia resolver esses problemas estruturais. De todos os modos, o diálogo é importante. Não se pode passar o tempo se confrontando nas ruas, é preciso trabalhar.

O Uruguai – diz o senhor – é um país pequeno, mas é nos lugares pequenos que se pode experimentar. O que dessa experiência de vocês pode servir ao mundo?

Algumas experiências sociais para evitar que a terra seja tomada pelo mercado. Uma coisa inteligente. O antigo instituto que fez com que o Estado se tornasse o principal proprietário de terras do país: não para que as cultive, mas para que as alugue a um preço justo. A terra não é vendida, mas é dada para trabalhar, e não é possível fazer transações senão pagando uma taxa elevada. O problema da terra e de uma reforma agrária integral é um problema geral, especialmente no Sul: terra, teto e trabalho, e democracia participativa...

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