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Igreja "em saída" e exercício da autoridade: para além de um "lugar comum" do magistério recente. Artigo de Andrea Grillo

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31 Março 2016

O "retorno ao Concílio" do Papa Francisco parece estar marcado pela exigência de "restaurar autoridade" à ação eclesial. Só assim ela poderá sair da "tentação da autorreferencialidade". Mas, para fazer isso, ela deve assumir uma abordagem diferente à tradição. A Igreja não se reconhece como uma "história fechada", como um "museu de verdades a se conservar", mas como um "jardim a se cultivar".

A opinião é do teólogo italiano Andrea Grillo, leigo casado, professor do Pontifício Ateneu S. Anselmo, de Roma, do Instituto Teológico Marchigiano, de Ancona, e do Instituto de Liturgia Pastoral da Abadia de Santa Giustina, de Pádua.

O artigo foi publicado no seu blog Come Se Non, 22-03-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

No debate eclesial que brotou das palavras proféticas do Papa Francisco sobre a "Igreja em saída" e sobre a "superação da autorreferencialidade", talvez ainda não se compreendeu claramente o quanto essa prioridade, que o papa, justamente, enunciou desde os primeiros dias do seu ministério – e que ele já estava claramente presente no seu texto apresentado à Congregação dos Cardeais em conclave –, requer uma profunda revisão do estilo com que a Igreja pensa e age com relação ao tema do "poder" e da "autoridade".

Poderíamos dizer assim: para poder "sair da autorreferencialidade" e se tornar realmente "heterorreferencial" – ou seja, para não colocar a si mesma no centro, mas o Outro e os outros – a Igreja deve, acima de tudo, reconhecer que está investida de uma real e eficaz autoridade. Em outros termos, ele deve poder confiar na possibilidade de intervir com autoridade sobre a própria doutrina e disciplina – sobre o que pensa de si e sobre o que faz de si mesma – sem ceder à tentação de "impedir-se um repensamento", talvez em nome da fidelidade à tradição. Essa via, que muitas vezes é uma escapatória, de fato, continua sendo ainda hoje muito praticada e muito sedutora. Parece uma virtude quase heroica, mas muitas vezes se transforma apenas em uma forma de retórica e em um álibi.

Não se reconhecer uma autoridade: virtude ou álibi?

Se a Igreja pensar que o único modo de ser fiel ao Evangelho é continuar em tudo e por tudo como antes – seja doutrinalmente, seja disciplinarmente –, ela logo se convencerá de que deve permanecer absolutamente imóvel para ser plenamente si mesma. Ele fará do imobilismo – e dos bens imóveis – a sua obsessão. A essa tentação, Francisco quis responder com três anos de uma palavra profética, que quer, acima de tudo, persuadir a Igreja e o mundo de duas coisas:

  • que a fidelidade é mediada pelo movimento, pela conversão, pelo sair pelas ruas, não pela estagnação, pelo medo e pelo fechar-se dentro dos muros;
  • que, para se mover, é preciso se reconhecer a autoridade de estar na história da Igreja e da salvação de modo partícipe e ativo, não como espectadores mudos e passivos ou como simples "notários".

A autoridades necessária para sair da autorreferencialidade

Mas essa consideração encontra mais de uma resistência não só na inevitável inércia do modelo a ser superado, mas também em alguns "lugares comuns", dos quais eu gostaria de considerar aquele que podemos expressar como a redução da autoridade à "renúncia à autoridade".

Trata-se de um lugar comum muito fascinante, que às vezes assume uma notável relevância na experiência eclesial e que o Magistério pode e deve utilizar em passagens complexas. Ele se traduz, formalmente, em uma declaração de "non possumus". Esse é um dos pontos-chave do "magistério negativo", que a tradição antiga, medieval e moderna cultivou com atenção e com cuidado. Trata-se, em última análise, de uma "autolimitação do Magistério". Mas essa autolimitação, que, por si só, é a garantia de "outra coisa" e que, portanto, deveria frear e obstaculizar as formas da autorreferencialidade eclesial, entrou com grande força na experiência eclesial das últimas décadas, particularmente a partir dos anos 1990.

Uma série de documentos, que vão de 1994 a 2007, marcam uma espécie de "baixo contínuo", no qual, mediante essa autolimitação da autoridade eclesial, se deixou em vigor a compreensão e a prática anterior como "única autoridade possível".

Esse, de fato, é o limite de tal "lugar comum" do exercício do Magistério. O Magistério, em todos os casos que agora examinaremos brevemente, ao afirmar "não ter a autoridade", não se despoja da autoridade, mas confirma a autoridade na sua formulação anterior e clássica. E é justamente aqui que a "autolimitação" – mesmo contra as intenções – corre o risco de ter como resultado a "autorreferencialidade" e que a "resistência" autorreferencial do poder eclesiástico se dá a forma cativante de uma renúncia ao poder.

Quatro casos exemplares de "resistência" ao exercício da autoridade

Em alguns documentos, que caracterizaram os últimos anos do pontificado de João Paulo II e o papado de Bento XVI, encontramos a emergência forte e, eu diria, unívoca, de uma possibilidade de "autolimitação" do Magistério, que a história sempre conheceu, mas que raramente assumiu com tanto coerência e com continuidade tão forte. Talvez pode surpreender que essa inclinação apareça tão forte justamente a partir dos anos 1990. Na realidade, ela deriva de uma espécie de "paralisia" que nasceu depois da grande fase "conciliar", que, ao contrário, foi caracterizada por um novo impulso de "magistério positivo", em que o Magistério não só reivindicava uma "autoridade" em todos os campos da experiência de fé, mas também a exercia com riqueza e criatividade. A partir dos anos 1990, sobre uma série de questões relevantes, optou-se por se curvar em direção a uma "autolimitação da autoridade".

Vejamos os casos mais significativos:

  • em 1994, Ordinatio sacerdotalis, sobre o tema da "ordenação das mulheres ao sacerdócio", inaugura com força esse estilo, declarando que "a Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres". Com uma declaração de "não autoridade", quer-se encerrar a questão, embora não excluindo que "outras ordenações" são percorríveis. A negação da autoridade determina a confirmação da forma clássica do poder eclesial.
  • em 2001, Liturgiam authenticam, a V Instrução da Congregação para o Culto Divino para a implementação da Reforma Litúrgica, nega toda autoridade da cultura eclesial "em língua vernácula", atribuindo autoridades apenas ao "texto latino" e, portanto, apenas ao passado. Também nesse caso, à complexa mediação entre cultura moderna e cultura pré-moderna, substitui-se a simples autoridade da segunda sobre a primeira.
  • em 2005, a Nota da Congregação para a Doutrina da Fé sobre o ministro da unção dos enfermos, ao declarar que "só os sacerdotes (Bispos e presbíteros) são Ministros do Sacramento da Unção dos Enfermos", nega toda autoridade à Igreja de poder considerar não só a evolução da definição do sacramento (de extrema unção a unção dos enfermos), mas também a do ministério (com o renascimento de um "diaconato permanente"). A Nota é acompanhada por um "comentário" que oferece uma explicação da Nota pouco convincente, alimentada apenas por uma leitura da história, com os óculos do Direito Canônico e do Catecismo.
  • em 2007, o motu proprio Summorum pontificum, com o qual se cria um paralelismo de formas rituais do mesmo "rito romano", se despoja da autoridade para orientar a liturgia eclesial ao longo das linhas da Reforma Litúrgica e se recolocam em pleno vigor os ritos que a própria Reforma tinha desejado superar. Também neste caso, o Magistério "se autolimita", porque não teria a autoridade para orientar a tradição e as escolhas de ministros ordenados individuais, mas, desse modo, restitui autoridade a formas de experiência pré-conciliar.

Como é evidente, todas essas decisões, ainda que na sua diversidade de contextos e de intenções, recorrem a um "lugar comum" secular do Magistério. Todos têm em comum uma sutil dialética entre "perda de poder" e "tomada de poder": no momento em que o Magistério diz que "não ter autoridade", ele deixa o "status quo" em situação de autoridade. Ele tende a identificar o que é com o que deve ser. E, assim, bloqueia o debate sobre o papel ministerial das mulheres, sobre as formas da inculturação litúrgica, sobre a articulação dos ministérios na Pastoral da Saúde e no caminho orgânico da Reforma Litúrgica. Não é difícil notar que esse "não reconhecimento de autoridade" se identifica com uma conservação do poder adquirido. Muitas vezes, tornando-se princípio e alimento de uma arriscado inclinação à autorreferencialidade.

Francisco: reconhecimento e retomada da autoridade por via colegial

Depois desse longo percurso, o "retorno ao Concílio" do Papa Francisco parece estar marcado pela exigência de "restaurar autoridade" à ação eclesial. Só assim ela poderá sair da "tentação da autorreferencialidade". Mas, para fazer isso, ela deve assumir uma abordagem diferente à tradição. A Igreja não se reconhece como uma "história fechada", como um "museu de verdades a se conservar", mas como um "jardim a se cultivar".

Por isso, seria muito útil reler o pontificado do Papa Francisco, a três anos do seu início, não como uma forma incerta e "soft" de ministério pastoral, mas como um repensamento da forma pela qual a Igreja não renuncia a exercer a autoridade. Francisco assume a exigência de exercício da autoridade que os seus antecessores tinham como suspenso, determinando sempre "paralisias": de fato, em cada um dos campos que consideramos, chegou-se a um "impasse": ministérios femininos, relação com as culturas, Pastoral da Saúde e caminho da Reforma Litúrgica são todos campos da tradição em que experimentamos uma "perda de relevância" em nome da confirmação de uma "autoridade autorreferencial".

Para sair desse modelo "introvertido" de autoridade, Francisco pôs em campo um "estilo" e uma "linguagem", mas também um "procedimento" e uma "consulta" que transformam o exercício da autoridade. Isso envolve uma série de advertências, que podemos ilustrar com dois casos exemplares.

Nesses dois exemplos, a lógica da "tentação autorreferencial" continua usando a linguagem do "non possumus", enquanto a lógica da "misericórdia" descobre caminhos novos e possibilidades inéditas:

  • o lava-pés e as mulheres. Um simples gesto profético, retomado da mais autêntica tradição evangélica joanina, mas libertado da jaula das rubricas, colocou novamente no centro dos ritos da Semana Santa uma "vocação universal" que, de outra forma, teria ficado sufocada, abafada, quase obscurecida pela "obediência" ao regulamento cerimonial. A resistência do "non possumus" e a retomada de autoridade do gesto se manifestaram como uma possibilidade de saída da autorreferencialidade. Agora, também se pode lavar os pés das mulheres. Mesmo que, depois, na existência cristã, será muito mais fácil que as mulheres lavem os pés dos padres, em vez de os padres lavarem os das mulheres...
  • a Igreja e as famílias dos divorciados recasados. Também sobre o tema da "comunhão" dos irmãos que vivem em uma segunda boda, o argumento do "non possumus" é usado indiscriminadamente para alimentar a hipocrisia da competência exclusiva dos tribunais eclesiásticos ou a apologética antidivorcista. Sem considerar o efeito de distorção que um "divórcio por nulidade" determina no sentimento comum e na autoconsciência dos batizados. Tomar a via da "maior misericórdia" significa, para Francisco, inaugurar as estradas pastorais de reconciliação dos sujeitos e dar crédito a novas formas de "vida comum", nas quais se realiza não só a experiência dos homens, mas também a vocação do Evangelho. Não se trata de "dar a comunhão aos divorciados recasados", mas de reconhecer que "batizados em segunda união" se tornam sujeitos de comunhão. A autoridade eclesial passa da perspectiva "legal" à perspectiva "testemunhal".

Fraternidade para a liberdade e a igualdade

Em conclusão, o Papa Francisco e a Igreja que caminha com ele compreenderam – não sem dificuldade e não sem a preocupação de fazer com que todos os outros entendam isso – que o "non possumus", ou seja, a declaração de "impotência" do Magistério manifesta, muitas vezes, além do justo escrúpulo na mediação da tradição, uma veja "vontade de poder", uma "autoafirmação" que cancela o outro e o anula. Tirar os sapatos diante da terra sagrada do outro significa não poder renunciar ao exercício da autoridade: sentir o dever de prover adequadamente.

E o olhar dirigido ao Crucificado e à Sua Páscoa não se torna o álibi para a inércia ou a fonte de palavras consolatórias, mas o fundamento de uma conversão, de um estilo novo e de uma nova e promissora proximidade.

Em uma "fraternidade mística", redescobrimos o coração do evangelho. No mundo que nasceu dos ideais de "liberdade, igualdade e fraternidade", sabemos que podemos esperar da lei liberdade e igualdade. Mas só podemos deixar que a fraternidade seja dada pela benevolência alheia. Uma Igreja que volta a fazer essa experiência e que a comunica a todos saberá que deve contar com a profecia da fraternidade, para promover a justa experiência de liberdade e de igualdade.

E, todas as vezes que disser "non possumus", deixará que o "status quo" determine formas de "iliberdade", de desigualdade e de indiferença. A essa perigosa autorreferencialidade se opõe com decisão todo gesto e toda palavra da visão pastoral deste papado, que pede que formas novas de colegialidade e de comunhão transformem esse estilo e essa linguagem pessoal em patrimônio comum, no rastro do grande repensamento da autoridade promovido pelo Concílio Vaticano II.


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