• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Uma criança no centro

Mais Lidos

  • Prevost, o Papa 'peruano': missionário e político

    LER MAIS
  • Leão XIV: o grande desafio, a desocidentalização e a despatriarcalização da Igreja. Artigo de Leonardo Boff

    LER MAIS
  • “Para a Igreja, a nova questão social é a inteligência artificial”, segundo Leão XIV

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

21 Setembro 2018

“Jesus tomou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a...” (Mc 9,36)

A reflexão bíblica é elaborada por Adroaldo Palaoro, sacerdote jesuíta, comentando o evangelho do 25° Domingo do Tempo Comum - Ciclo B (23/09/2018) que corresponde ao texto bíblico de Marcos 9,30-37.

No evangelho de Marcos, o “caminho” representa o itinerário de formação do discipulado. Jesus não quer um grupo de fanático que lhe entoem vivas a seu nome, mas um grupo de pessoas responsáveis que sejam capazes de assumir Seu projeto, em favor da vida, ou seja, o Reino de Deus. Por esta razão, seus esforços se concentram no ensinamento de seus seguidores. Mas, a instrução parte dos desacertos e das incompreensões que eles vão revelando ao longo do trajeto para Jerusalém.

No evangelho deste domingo, Jesus utiliza uma estratégia pedagógica muito criativa: retoma a discussão dos discípulos que, no caminho, estavam concentrados não em Seu ensinamento, mas na partilha dos cargos burocráticos de um hipotético governo. Jesus reconduz a discussão mediante um exemplo tomado da vida diária: coloca uma criança no meio deles. Tal gesto revela como o presente e o futuro da comunidade dos seus seguidores(as) está em colocar no centro não as próprias ambições, mas as pessoas mais simples e excluídas. Só assim se reverte o sistema social de valores; e só assim, a comunidade torna-se uma alternativa inspirada frente ao mundo, que só sabe colocar no centro as pessoas ricas e poderosas.

A novidade de Jesus consiste em tornar grande quem é pequeno, despojado de poder e prestígio.

Os discípulos queriam construir a Nova Comunidade em bases de poder, a partir do maior e do primeiro.

Mas Jesus não precisa de maiores nem primeiros, busca os últimos e servidores; quer pessoas que saibam se colocar no final, para ajudar os outros a partir desse espaço, superando a lógica do mando. Ao falar assim, não combateu um simples vício de egoísmo, mas inverteu as estruturas mesmas da velha sociedade, edificada a partir dos poderosos.

Ninguém briga para disputar o último lugar. Todos discutimos e buscamos o primeiro lugar. Essa foi também a conversação dos discípulos pelo caminho.

Ninguém estava disposto a ser o último; todos queriam ser os primeiros. E isso porque Jesus acabara de anunciar, de novo, a entrega de sua vida em favor dos outros, em serviço de amor.

Por isso, quando, em casa, lhes pergunta - “O que discutíeis pelo caminho?” -, todos ficaram mudos. Agora ninguém quer dar a cara; todos são inocentes. Com sua pergunta, Jesus quer que tragam à luz seus íntimos e perversos sentimentos, mas guardam silêncio porque sabem que não estão de acordo com o que Ele vinha lhes ensinando. Entre eles, continuam na dinâmica da busca do domínio e do poder.

Os discípulos haviam discutido sobre quem é (ou deve ser) o maior. Como todo grupo humano, também no grupo de Jesus surgiram invejas, desejos de liderança, disputas sobre privilégios. Mas Jesus não é um ditador, não impõe seu domínio pela força; Ele sabe que seu grupo de seguidores tenderá a dividir-se em grupinhos de influência ou prestígio; Ele tem consciência que onde predomina o poder, a vaidade, a força... ali não há possibilidade de uma verdadeira comunidade.

Só superando a lógica do desejo de poder é que se pode edificar o reino da nova humanidade, um mundo onde os mais fracos e vulneráveis possam viver em amor e crescer em vida.

Jesus já tinha apresentado seu projeto em chave de ruptura social e religiosa, investindo toda sua vida em favor dos outros. Ele desencadeou um “movimento humanizador”, onde não há lugar para o domínio, a imposição, mas espaços de gratuidade e de ajuda mútua, abertos aos mais necessitados, a partir de uma perspectiva de entrega da vida. Seu projeto revelou-se luminoso, mas, humanamente falando, parecia inviável, pois todo grupo humano busca organizar-se numa estrutura de poder, e os discípulos de Jesus pretendiam fazer isso, de maneira que alguns pudessem ocupar os lugares-chave da comunidade.

Por isso, para inverter esse modelo e criar uma comunidade diferente, Jesus toma uma criança e realiza um gesto provocativo: coloca-a no centro e a abraça.

Os discípulos conspiram, buscando poder e prestígio; no entanto, Jesus descobre e desmascara tal conspiração, oferecendo amor (abraçando) a uma criança. Dessa forma, a autoridade (colocá-la no meio) se torna ternura: a criança é importante porque está à mercê dos demais e necessita carinho.
Jesus põe a criança no centro de todos. Os discípulos buscam o centro, mas o verdadeiro centro da Vida de Deus está já ocupado pela criança a quem Jesus a coloca de pé, em sinal de autoridade, no meio do círculo onde Ele mesmo havia se situado, convertendo-a em autoridade máxima.

Aqui aparece um Jesus escandaloso, messias de ternura que não só abraça as crianças, senão que propõe esse gesto como sinal de identidade de seu discipulado e reino.

A mesma criança aparece assim como autoridade, sinal do messias (“quem a recebe, a mim me recebe”).

No espaço central da Igreja, abraçada a Jesus, encontramos uma criança; a nova comunidade passa a ser lugar para o abraço. Ambos, Jesus e a criança, formam a verdade messiânica. Com esta imagem desaparecem os modelos de domínio e prestígio (ser maior, ser primeiro, ter mais poder). A criança é a maior e a primeira, não é preciso buscar mais. A partir daí se pode falar de igreja: quem acolhe a criança, oferecendo-lhe espaço para o abraço no centro da casa, esse, sim faz parte da comunidade cristã.

Frente aos discípulos patriarcalistas que buscavam o domínio e o poder (ser grandes, conquistar com risco os primeiros lugares) Jesus elevou aqui o modelo de uma Igreja que é família, lar materno a serviço dos pequenos, lugar da acolhida e do crescimento das crianças.

O Jesus de Marcos superou um modelo de família patriarcalista, entendida como hierarquia de poder; ao iniciar um movimento de vida nas casas, Jesus insiste na necessidade de que toda a comunidade de seus seguidores atue de um modo materno-paterno, acolhendo os mais necessitados, e de um modo especial as crianças, com um gesto de autoridade (a criança é o centro da comunidade) e de ternura (à criança oferece-se o calor da vida e o abraço).

Frente uma sociedade do “descarte”, onde as crianças são as primeiras vítimas da violência, o evangelho de hoje torna-se ocasião privilegiada para repensar a atitude dos cristãos frente à infância desamparada. Também a Igreja, quando está só focada no poder, no ritualismo, na doutrina, no legalismo, no moralismo, no dogmatismo..., deixa de ser mãe terna e carinhosa para com os mais frágeis, para deixar-se contaminar pela “mosca azul” do poder e prestígio.

O que importa para a igreja é oferecer espaço humano à criança que já existe e que ocupa o seu centro. Não é questão de dogmas mais ou menos racionalizados, nem tampouco das grandes estruturas. A igreja deve fazer-se lugar de vida para as crianças!

A comunidade cristã não é (não deveria ser) um grupo dominado por sábios anciãos (uma gerontocracia), não é sociedade de sacerdotes poderosos ou influentes, um sindicado de burocratas do sagrado, funciona-rios que escalam passo a passo os degraus de sua grande pirâmide de influências, poderes, competências (e também incompetências). De acordo com o evangelho deste domingo, a Igreja é, antes de tudo, lar para as crianças, espaço onde encontram acolhida e ajuda para seu crescimento, humano e espiritual.

Para meditar na oração

Há gestos cotidianos que nos ajudam a descobrir em profundidade quem somos realmente. Um abraço, um beijo, uma mão estendida, um olhar sereno..., são gestos que quebram toda pretensão de poder e desmascaram o impulso de querer colocar-se acima dos outros. São gestos que nos recordam que somos seres amados.

Sem dúvida esta é a linguagem de Deus: Ele se des-vela mais nos gestos, que dão conteúdo a tantas palavras já desgastadas.

- Prolongar, no seu cotidiano, o modo terno e carinhoso de ser e de agir de Jesus, sobretudo com os mais frágeis.

Leia mais

  • Uma criança na cátedra da vida
  • Importantes
  • Duas atitudes muito de Jesus
  • O justo provoca o ódio dos poderes do mundo
  • Por que o esquecemos?
  • Evangelho segundo São Marcos 9,30-37
  • A verdade do homem está em sua decisão de servir?
  • A grandeza de uma criança
  • 25º Domingo do Tempo Comum - Ano B - No seguimento de Jesus, servir com amor
  • O poder segundo Bergoglio
  • O Ministério da Palavra na voz das Mulheres 
  • Outros comentários do Evangelho

Notícias relacionadas

  • A grandeza de uma criança

    LER MAIS
  • Uma antecipação do céu!

    Nesta segunda semana de Quaresma, precisamos saborear a experiência da Transfiguração, que é uma antecipação do céu, para m[...]

    LER MAIS
  • A verdade do homem está em sua decisão de servir?

    Não há fé cristã sem o desejo de encontrar o Outro, Aquele que nos irá completar e que nos fará chegar ao tamanho adulto a q[...]

    LER MAIS
  • Os cristãos não podem continuar a reter a força humanizadora do seu Evangelho

    A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 9, 2-10 que corresponde ao Segundo Domi[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados