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"Quer viver muito? Leve em consideração as questões éticas"

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17 Setembro 2018

"A justiça exige que a sociedade subsidie o acesso à extensão de vida na medida em que ela seja capaz disso. Entretanto, a justiça não exige banir a extensão de vida tão somente por não ser possível dá-la para todos", escreve John K. Davis, professor de filosofia da California State University, em artigo publicado por The Conversation, 31-08-2018. A tradução é de Victor D. Thiesen.

John K. Davis é professor de filosofia na California State University, em Fullerton. Sua pesquisa sobre a ética da extensão de vida foi apoiada, em parte, por uma concessão da The Templeton Foundation através do Immortality Project. A editora do MIT financia o The Conversation US.

Eis o artigo.

A extensão de vida - o uso da ciência para desacelerar ou interromper o envelhecimento humano, para que as pessoas vivam por mais tempo do que viveriam naturalmente - deverá ser possível no futuro.

Grandes empresas estão levando essa possibilidade à sério. Em 2013, o Google fundou uma companhia chamada Calico para desenvolver métodos de extensão de vida, e os bilionários do Vale do Silício Jeff Bezos e Peter Thiel investiram na Unity Biotechnology, empresa que tem um valor de mercado de 700 milhões de dólares. A Unity Biotechnology tem como foco principal a prevenção de doenças relacionadas à idade, mas suas pesquisas podem descobrir métodos de desacelerar ou prevenir o próprio envelhecimento.

Da minha perspectiva como filósofo, isso nos propõe duas questões éticas. Primeiro: a vida ser prolongada é uma coisa boa? Segundo: prolongar a vida prejudica os outros?

Viver para sempre é algo bom?

Nem todo mundo está convencido de que prolongar a vida é uma coisa boa. Em 2013, numa pesquisa de opinião realizada pelo projeto Religion and Public Life do Pew Research Center, alguns entrevistados ressaltaram que deve ser algo entediante, ou que se perderiam benefícios de envelhecer, como adquirir sabedoria e aprender a aceitar a morte.

Filósofos como Bernard Williams compartilham desse pensamento. Em 1973, Williams argumentou que a imortalidade se tornaria intoleravelmente chata se a pessoa nunca mudasse. Ele também argumentou que, se as pessoas mudam o suficiente para evitar o tédio intolerável, elas eventualmente mudariam tanto que se tornariam pessoas completamente diferentes.

Por outro lado, nem todo mundo está convicto de que a extensão de vida seria algo ruim. Eu não estou. Mas esse não é o ponto. Ninguém está propondo que se force as pessoas a usarem a extensão de vida, e, ao mesmo tempo - por respeito às liberdades - ninguém deve ser impedido de usá-la.

O filósofo do século XIX John Stuart Mill argumentou que a sociedade deve respeitar as liberdades individuais quando se trata de decidir o que é bom para nós mesmos. Em outras palavras, é errado interferir nas decisões de vida de alguém mesmo quando ele ou ela estiver tomando escolhas ruins.

Entretanto, Mill também sustenta que nosso direito de liberdade está limitado ao “princípio do dano”. O princípio do dano diz que o direito às liberdades individuais está limitado pelo dever de não prejudicar o outro.

Existem muitos danos possíveis: ditadores viveriam por muito mais tempo, a sociedade se tornaria conservadora demais e a aversão ao risco e as pensões teriam que ser limitadas, para citar alguns. Um que se destaca para mim é a injustiça da desigualdade de acesso.

Como seria a desigualdade de acesso à extensão de vida?

Disponível apenas para os ricos?

Muitas pessoas, como o filósofo John Harris e aquelas da pesquisa do Pew Center, preocupam-se com o fato de que a extensão de vida estaria disponível apenas para os ricos e tornaria as desigualdades existentes ainda piores.

De fato, já é injusto que algumas pessoas vivam mais tempo do que os pobres por terem melhor acesso à saúde. Seria ainda mais injusto que os ricos pudessem viver algumas décadas ou séculos a mais que qualquer pessoa e tivessem tempo para consolidar ainda mais suas vantagens.

Alguns filósofos sugerem que a sociedade deve prevenir a desigualdade banindo a extensão de vida. Isso é a igualdade pela recusa: se nem todo mundo pode ter, então que ninguém tenha.

No entanto, como afirma o filósofo Richard J. Arneson, “nivelar por baixo” - atingir a igualdade fazendo com que algumas pessoas piorem de vida, sem com que qualquer outra melhore - é injusto.

De fato, como eu afirmo no meu livro recente sobre a ética da extensão de vida, a maioria de nós rejeita se rebaixar diante de outras situações. Por exemplo, não há órgãos humanos o suficiente para transplante, mas ninguém cogita a ideia de banir os transplantes de órgão.

Além disso, banir ou desacelerar o desenvolvimento da extensão de vida pode simplesmente atrasar a chegada de um tempo onde as tecnologias serão tão baratas a ponto de todo mundo as possuir. As televisões um dia foram brinquedo para os ricos; hoje até as famílias pobres as possuem. Com o tempo, isso poderia acontecer com a extensão de vida.

A justiça exige que a sociedade subsidie o acesso à extensão de vida na medida em que ela seja capaz disso. Entretanto, a justiça não exige banir a extensão de vida tão somente por não ser possível dá-la para todos.

Crise de superpopulação?

Outro dano possível é que o mundo se tornaria muito cheio. Muitas pessoas, incluindo os filósofos Peter Singer e Walter Glannon, estão certos de que estender a vida humana causaria um problema sério de superpopulação, poluição e falta de recursos.

Uma forma de prevenir esse dano, como alguns filósofos propuseram, é limitar o número de crianças após a extensão de vida.

Isso seria politicamente muito difícil e, também, muito difícil para aqueles que querem viver vidas longas. Mas, tentar banir a extensão de vida seria igualmente difícil, e impedir que a pessoas possam viver vidas mais longas seria tão difícil quanto - senão mais. Limitar a reprodução, por mais difícil que isso pareça, é o melhor caminho para que se possa aplicar o princípio do dano.

A morte será pior?

Outro problema é que a difusão da extensão de vida tornaria a morte pior para algumas pessoas.

Todo o resto sendo igual, é melhor morrer aos noventa do que aos nove anos de idade. Aos 90, você não sentirá falta de tantos anos, mas aos nove você perde grande parte do potencial de sua vida. Como argumenta o filósofo Jeff McMahan: quanto mais anos a morte toma de você, pior ela é.

Agora imagine que as pessoas que vivem num bairro rico não precisam mais morrer em torno dos 90 anos. Elas poderiam adquirir a extensão de vida, e viveriam até os 190. Você que não pode comprar, morreria aos 80. Sua morte não seria tão ruim assim por você estar perdendo apenas alguns anos de vida, ou sua morte seria muito pior por saber que - se você tivesse a extensão de vida - poderia viver até os 190? Você estaria perdendo 10 ou 110 anos?

Num mundo em que algumas pessoas têm acesso à extensão de vida e outras não, qual é a medida certa para quantos anos a morte tiraria de você?

O fato de que algumas pessoas poderiam ter sua vida prolongada faz com que sua morte se torne, de alguma forma, pior. Essa é uma forma de dano mais sutil do que viver num mundo superpopuloso, mas ambas são ruins do mesmo jeito.

No entanto, nem todo dano é suficiente para superar a liberdade. No fim das contas, tratamentos médicos novos e caros já podem prolongar uma expectativa de vida normal, e mesmo que isso faça com que a morte seja um pouco pior para aqueles que não têm acesso a esse tipo de tratamento, ninguém sustenta a ideia de que os tratamentos devem ser banidos.

Eu acredito que a extensão de vida seja algo bom, contudo acaba apresentando ameaças à sociedade que devem ser levadas muito a sério.

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